sexta-feira, 20 de junho de 2008

NOVAS SETE MARAVILHAS DO MUNDO

As Novas Sete Maravilhas do Mundo foi uma revisão de caráter informal e recreativo da lista original das sete maravilhas, idealizada por uma organização suíça chamada New Open World Corporation (NOWC). A seleção foi feita mundialmente por votos pela internet gratuitos e ligações telefônicas pagas e apresentada publicamente no dia 7 de Julho de 2007 no Estádio da Luz, em Lisboa, Portugal.

A chamada Muralha da China, ou Grande Muralha, é uma impressionante estrutura de arquitectura militar construída durante a China Imperial. Embora seja comum a idéia de que se trata de uma única estrutura, na realidade consiste em diversas muralhas, construídas por várias dinastias ao longo de cerca de dois milênios. Se, no passado, a sua função foi essencialmente defensiva, no presente constitui um símbolo da China e uma procurada atração turística. As suas diferentes partes distribuem-se entre o Mar Amarelo (litoral Nordeste da China) e o deserto de Góbi e a Mongólia (a Noroeste). A muralha começou a ser erguida por volta de 220 a.C. por determinação do primeiro imperador chinês, Qin Shihuang (também Qin Shi Huangdi, Ch'in Che Huang Ti, Shih Huang-ti ou Shi Huangdi ou ainda Tchi Huang-ti). Embora a Dinastia Qin (ou Ch'in) não tenha deixado relatos sobre as técnicas construtivas que empregou e nem sobre o número de trabalhadores envolvidos, sabe-se que a obra aproveitou uma série de fortificações construídas por reinos anteriores, sendo o aparelho dos muros constituído por grandes blocos de pedra, ligados por argamassa feita de barro. Com aproximadamente três mil quilômetros de extensão, a sua função era a de conter as constantes invasões dos povos ao Norte.Com a morte do imperador Ch'in, iniciou-se na China um período de agitações políticas e de revoltas, durante o qual os trabalhos na Grande Muralha ficaram paralisados. Com a ascensão da Dinastia Han ao poder, por volta de 205 a.C., reiniciou-se o crescimento chinês e os trabalhos na muralha foram retomados ao longo dos séculos até ao seu esplendor na Dinastia Ming, por volta do século XV, quando adquiriu as atuais feições e uma extensão de cerca de sete mil quilômetros, estendendo-se de Shanghai, a leste, a Jiayu, a oeste, atravessando quatro províncias (Hebei, Shanxi, Shaanxi e Gansu) e duas regiões autônomas (Mongólia e Ningxia). A magnitude da obra, entretanto, não impediu as incursões de mongóis, xiambeis e outros povos que ameaçaram o império chinês ao longo de sua história. Por volta do século XVI perdeu a sua função estratégica, vindo a ser abandonada. No século XX, na década de 1980, Deng Xiaoping priorizou a Grande Muralha como símbolo da China, estimulando uma grande campanha de restauração de diversos trechos que, entretanto, foi questionada. A requalificação do monumento para o turismo sem normas para o seu adequado usufruto, aliado à falta de critérios técnicos para a restauração de alguns trechos (como o próximo a Jiayuguan, no Oeste do país, onde foi empregado cimento moderno sobre uma estrutura de pedra argamassada, conduzindo ao desabamento de uma torre de seiscentos e trinta anos), gerou várias críticas por parte de preservacionistas, que estimam que cerca de dois terços do total do monumento estejam em ruínas. Afirma-se que a Grande Muralha é a única estrutura construída pelo Homem a ser vista da Lua. Isso, porém não é verdade. Uma variante deste mito diz que a Grande Muralha é o único objeto que pode ser visto da superfície da Lua. Neste caso, ele é totalmente incorreto. Nenhum objeto construído pelo homem é visível da Lua. Na verdade, para um astronauta na superfície da Lua já é difícil distinguir os continentes. Acredita-se que os trabalhos na muralha ocuparam a mão-de-obra de cerca de um milhão de homens (duzentos e cinqüenta mil teriam perecido durante a sua construção), entre soldados, camponeses e cativos. Calcula-se que a Grande Muralha tenha empregado cerca de trezentos milhões de metros cúbicos de material, o suficiente para erguer cento e vinte pirâmides de Queops ou um muro de dois metros de altura em torno da Linha do Equador.
Petra (do grego "petrus", pedra; árabe: البتراء, al-Bitrā) é um importante enclave arqueológico na Jordânia, situado na bacia entre as montanhas que formam o flanco leste de Wadi Araba, o grande vale que vai do Mar Morto ao Golfo de Aqaba. Em 7 de Julho de 2007 ela foi escolhida uma das Novas sete maravilhas do mundo. A região onde se encontra Petra foi ocupada por volta do ano 1200 a.C. pela tribo dos Edomitas, recebendo o nome de Edom. A região sofreu numerosas incursões por parte das tribos israelitas, mas permaneceu sob domínio edomita até à anexação pelo império persa. Importante rota comercial entre a Península Arábica e Damasco (Síria) durante o século VI a.C., Edom foi colonizada pelos Nabateus (uma das tribos árabes), e eles se mudaram. Entre os anos 64 e 63 a.C., os territórios nabateus foram conquistados pelo general Pompeu e anexados ao Império Romano, na sua campanha para reconquistar as cidades tomadas pelos Hebreus. Contudo, após a vitória, Roma concedeu relativa autonomia a Petra e aos Nabateus, sendo as suas únicas obrigações o pagamento de impostos e a defesa das fronteiras das tribos do deserto. No entanto, em 106 d.C., Trajano retirou-lhes este estatuto, convertendo Petra e Nabateia em províncias sob o controle direto de Roma (Arábia Petrae). Adriano, seu sucessor, rebatizou-a de Hadriana Petrae, em honra de si próprio. Em 313 d.C., o Cristianismo converteu-se na religião oficial do Império Romano, o que teve as suas repercussões na região de Petra. Em 395 d.C., Teodósio I fundou o Império Bizantino, com capital em Constatinopla (atual Istambul).
Petra continuou a prosperar sob o seu domínio até 363, ano em que um terremoto destruiu quase metade da cidade. Contudo a cidade não morreu: após este acontecimento muitos dos edifícios "antigos" foram derrubados e reutilizados para a construção de novos, em particular igrejas e edifícios públicos. Em 551, um segundo terremoto (mais grave que o anterior) destruiu a cidade quase por completo. Petra não conseguiu se recuperar desta catástrofe, pois a mudança nas rotas comerciais diminuíram o interesse neste enclave. As ruínas de Petra foram objeto de curiosidade a partir da Idade Média, atraíndo visitantes como o sultão Baybars do Egito, no princípio do século XIII. O primeiro europeu a descobrir as ruínas de Petra foi Johann Ludwig Burckhardt (1812), tendo o primeiro estudo arqueológico científico sido empreendido por Ernst Brünnow e Alfred von Domaszewski, publicado na sua obra Die Provincia Arabia (1904). A 6 de Dezembro de 1985, Petra foi reconhecida como Património da Humanidade pela UNESCO.
Em 2004, o governo jordano estabeleceu um contrato com uma empresa inglesa para construir uma auto-estrada que levasse a Petra tanto estudiosos como turistas. Com 42 metros de altura e 30 de largura, em sua fachada esculpida com pedra rosada há representações de mulheres, cavalos e soldados... Peritos no domínio da hidráulica, os nabateus dotaram a cidade de um enorme sistema de túneis e de câmaras de água. Um teatro, construído à imagem dos modelos greco-romanos, dispunha de capacidade para 4000 espectadores.
O edifício da Câmara do Tesouro, em Petra, foi utilizado como cenário no filme Indiana Jones e a Última Cruzada. O interior mostrado no filme não corresponde, no entanto, ao interior do dito edifício, tendo sido fabricado em estúdio. Tintim, herói de história em quadrinhos belga, visita Petra no álbum Perdidos no Mar (ou Carvão no Porão). Petra é famosa principalmente pelos seus monumentos escavados na rocha, que apresentam fachadas de tipo helenístico (como o célebre El Khazneh).
O Cristo Redentor é uma estátua de Jesus Cristo localizada na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. Está localizada no topo do morro do Corcovado, a 709 metros acima do nível do mar. De seus 38 metros, oito estão no pedestal. Foi inaugurado às 19:15 do dia 12 de outubro de 1931, depois de cerca de cinco anos de obras. Um símbolo do cristianismo, a estátua se tornou um dos ícones mais reconhecidos internacionalmente de ambos Rio e Brasil. No dia 7 de Julho de 2007, em Lisboa, no Estádio da Luz, foi eleita uma das novas sete maravilhas do mundo.[1] A construção de um monumento religioso no local foi sugerida pela primeira vez em 1859, pelo padre lazarista Pedro Maria Boss, à Princesa Isabel. No entanto, apenas retomou-se efetivamente a idéia em 1921, quando se iniciavam os preparativos para as comemorações do centenário da Independência. A estrada de rodagem que dá acesso ao local onde hoje se situa o Cristo Redentor foi construída em 1824 no Silvestre. Já a estrada de ferro teve seu primeiro trecho (Cosme Velho-Paineiras) inaugurado em 1884. No ano seguinte, 1885, o segundo trecho foi concluido, completando a ligação com o cume. A ferrovia, que tem 3.800 metros de extensão, foi a primeira ser eletrificada no Brasil, em 1906. A construção do Cristo Redentor ainda é considerada um dos grandes capítulos da engenharia civil brasileira. O dono do projeto levou sua vida inteira construindo a estátua, erguida em concreto armado e revestida de pedra-sabão, originária do próprio pico do Corcovado. A pedra fundamental da estátua foi lançada em 4 de abril de 1922, mas as obras somente foram iniciadas em 1926. Dentre as pessoas que colaboraram para a sua realização, podem ser citados o engenheiro Heitor da Silva Costa (autor do projeto escolhido em 1923), o artista plástico Carlos Oswald (autor do desenho final do monumento) e o escultor francês de origem polonesa Paul Landowski (executor da escultura).
Alguns historiadores especulam que o monumento seria um presente da França para o Brasil em resposta a alguma tentativa de invasão.[2]Na cerimônia de inauguração, no dia 12 de outubro de 1931, estava previsto que a iluminação do monumento seria acionada a partir da cidade de Nápoles, de onde o cientista italiano Guglielmo Marconi emitiria um sinal elétrico que seria retransmitido para uma antena situada no bairro carioca de Jacarepaguá, via uma estação receptora localizada em Dorchester, Inglaterra. No entanto, o mau tempo impossibilitou a façanha, e a iluminação foi acionada diretamente do local. O sistema de iluminação original foi substituído duas vezes: em 1932 e no ano 2000. Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (IPHAN) em 1937, o monumento passou por obras de recuperação em 1980, quando da visita do papa João Paulo II, e novamente em 1990. Outro conjunto de obras importantes foi feito em 2003, quando foi inaugurado um sistema de escadas rolantes e elevadores para facilitar o acesso à plataforma de onde se eleva a estátua. O monumento é parte construído com Skånska Cement AB, Skåne e o concreto da parte de dentro da estátua, vem de Limhamn, Malmö, Suécia. E o que é visto externamente é uma cobertura feita de pedra denominada Talco. Antes mesmo de ser construído, o Cristo Redentor é motivo de acaloradas discussões que dividem o país em católicos e protestantes. Apesar de atualmente protestantes de todo o mundo visitarem o Cristo, inicialmente os líderes da Igreja Batista eram contrários à construção do mesmo, chegando a propor que o dinheiro arrecadado fôsse usado na construção de uma obra beneficente. Em 22 de março de 1923, seguidores da Igreja Batista declararam em nota publicada em O Jornal Batista, órgão oficial da Convenção Batista Brasileira, seu desgosto quanto à construção do Cristo Redentor. A nota afirmava que a construção "será a um tempo um atestado eloqüente de idolatria da igreja de Roma e uma afronta a Deus. No dia em que tal crime se consumar, bom seria que todos os verdadeiros cristãos no Brasil se reunissem em culto penitencial, para pedir a Deus que não imputasse a todo o Brasil esse grande pecado, cuja responsabilidade deve recair sobre a Igreja Católica e sobre os governantes que não souberam ou não quiseram fugir à armadilha, preparada por ela com a isca do patriotismo". Afirmaram também que "os que tiveram a infeliz idéia de erigir o monumento a Cristo Redentor, não tiveram a intenção de honrar a Cristo, mas sim a de engrandecer o catolicismo romano. Se tivesse querido honrar a Cristo, procurariam erigir-lhe um monumento não no Corcovado, mas em cada coração. No coração é que Cristo quer reinar. Eles, porém, pretendem honrar a Cristo, desonrando-o, fazendo aquilo que ele terminantemente proibiu — fazendo-lhe uma imagem".[3]Em 21 de novembro de 2007, o superintendente do IBAMA, Rogério Rocco, afirmou que a partir daquela data os católicos poderiam entrar gratuitamente no Cristo Redentor, mas apenas em datas agendadas pela Arquidiocese do Rio de Janeiro[4][5]. A decisão causou desgosto nos admiradores da imagem que seguem outras religiões e naqueles que advocam pelo secularismo do estado. Outra decisão que causou desgosto nos protestantes admiradores da imagem do Cristo, foi a de transformá-lo num santuário católico nas comemorações de seus 75 anos, em 12 de outubro de 2006. Há também, na base da estátua, uma capela católica devotada à Nossa Senhora Aparecida, onde são celebrados ritos católicos como casamentos e batizados.

Machu Picchu, em quíchua Machu Pikchu, "velha montanha", também chamada "cidade perdida dos Incas", é uma cidade pré-colombiana bem conservada, localizada no topo de uma montanha, a 2400 metros de altitude, no vale do rio Urubamba, actual Peru. Foi construída no século XV, sob as ordens de Pachacuti. O local é, provavelmente, o símbolo mais típico do Império Inca, quer devido à sua original localização e características geológicas, quer devido à sua descoberta tardia em 1911. Apenas cerca de 30% da cidade é de construção original, o restante foi reconstruído. As áreas reconstruídas são facilmente reconhecidas, pelo encaixe entre as pedras. A construção original é formada por pedras maiores, e com encaixes com pouco espaço entre as rochas. Consta de duas grandes áreas: a agrícola formada principalmente por terraços e recintos de armazenagem de alimentos; e a outra urbana, na qual se destaca a zona sagrada com templos, praças e maosoléus reais. O lugar foi elevado à categoria de Património mundial da UNESCO, tendo sido alvo de preocupações devido à interacção com o turismo por ser um dos pontos históricos mais visitados do Peru. Há diversas teorias sobre a função de Machu Picchu, porém a mais aceite afirma que foi um assentamento construído com o objetivo de supervisionar a economia das regiões conquistadas e com o propósito secreto de refugiar o soberano Inca e seu séquito mais próximo, no caso de ataque. O Peru é o berço de uma das civilizações mais interessantes e intrigantes da história, os Incas. Atualmente, as marcas desse incrível povo estão espalhadas pelo país, representadas nas sagradas ruínas de Machu Picchu, nos templos grandiosos e na natureza exuberante de Ica. A 7 de Julho de 2007, em Lisboa,estádio da Luz, Portugal, o monumento foi eleito e considerado oficialmente como uma das 7 maravilhas do Mundo. A 2.400 metros de altitude, Machu Picchu está situada no alto de uma montanha, cercada por outras montanhas e circundada pelo rio Urubamba, o que e lhe proporciona uma atmosfera única de segurança e beleza. Isto explica que não foi por acaso que a civilização Inca escolheu esta montanha. Pela obra humana e pela localização geográfica Machu Picchu é considerada patrimônio cultural da humanidade.
A disposição dos prédios, a excelência do trabalho, o grande número de terraços para agricultura são impressionantes destacando a grande capacidade daquela sociedade. No meio das montanhas, os templos, casas e cemitérios estão distribuídos de maneira organizada, abrindo ruas e aproveitando o espaço com escadarias. Segundo a histórica inca, tudo planejado para a passagem do deus sol. É possível chegar à cidade sagrada de trem, mas a opção imperdível para quem gosta de aventura é percorrer a Trilha Inca e chegar em Machu Picchu pela Porta do Sol. Pode-se realizar a Trilha Completa, caminhando os 45 km em 4 dias com pernoites nos acampamentos com total infra-estrutura, ou fazer a Trilha Curta, que pode ser realizada de duas maneiras: em dois dias, com pernoite no alojamento próximo às ruínas de Wina Wayna, chegando à Porta do Sol pela manhã ou caminhar os 12 km num único dia, chegando em Machu Picchu no final da tarde. Foi o professor norte-americano Hiram Bingham quem, à frente de uma expedição da Universidade de Yale, redescobriu e apresentou ao mundo Machu Picchu em 24 de julho de 1911. Este antropólogo, historiador ou simplesmente, explorador aficcionado da arqueologia, realizou uma investigação da zona depois de haver iniciado os estudos arqueológicos. Bingham criou o nome de "a Cidade Perdida dos Incas" através de seu primeiro livro Lost City of the Incas. Porém, naquela época, a meta de Bingham era outra: encontrar a legendária capital dos descendentes dos Incas, Vilcabamba, tida como baluarte da resistência contra os invasores espanhóis, entre 1536 e 1572. Ao penetrar pelo canyon do Urubamba, Bingham, no desolado sítio de Mandorbamba, recebeu do camponês Melchor Arteaga o relato que no alto de cerro Machu Picchu existiam abundantes ruinas. Alcançá-la significava subir por uma empinada ladeira coberta de vegetação. Quando Bingham chegou a cidade pela primeira vez, obviamente encontrou a cidade tomada por vegetação nativa e árvore. E tambêm era infestada de víboras.
Embora céptico, conhecedor dos muitos mitos que existem sobre as cidades perdidas, Bingham insistiu em ser guiado ao lugar. Chegando ao cume, um dos meninos das duas famílias de pastores que residiam no local o conduziu aonde, efetivamente, apareciam imponentes construções arqueológicas cobertas pelo manto verde da vegetação tropical e, em evidente estado de abandono há muitos séculos. Enquanto inspecionava as ruínas, Bingham, assombrado, anotava em seu diário: "Would anyone believe what I have found?" (Acreditará alguém no que encontrei?).Hiram Bingham Depois desta expedição, Bingham voltou ao lugar em 1912 e, nos anos seguintes (1914 e 1915), diversos exploradores levantaram mapas e exploraram detalhadamente o local e os arredores. Suas escavações, não muito ortodoxas, em diversos lugares de Machu Picchu, lhe permitiram reunir 555 vasos, aproximadamente 220 objetos de bronze, cobre, prata e de pedra , entre outros materiais. A cerâmica mostra expressões da arte inca e o mesmo deve dizer-se das peças de metal: braceletes, brincos e prendedores decorados, além de facas e machados. Ainda que não tenham sido encontrados objetos de ouro, o material identificado por Bingham era suficiente para inferir que Machu Picchu remonta aos tempos de esplendor inca, algo que já evidenciava seu estilo arquitetônico. Bingham reconheceu também outros importantes grupos arqueológicos nas imediações: Sayacmarca, Phuyupatamarca, a fortaleza de Vitcos e importantes trechos de caminhos (Caminho Inca), todos eles interessantes exemplos da arquitetura desse império. Tanto os restos encontrados como as evidências arquitetônicas levam os investigadores a crer que a cidade de Machu Picchu terminou de ser construída entre fim do século XV e início do século XVI. Em 1997 aconteceu um desastre histórico na cidade de Machu Picchu, um incêndio destruiu parte da vegetação da cidade.
Chichén Itzá é uma cidade arqueológica maia localizada no estado mexicano de Iucatã. Chichén Itzá, a mais famosa Cidade Templo Maia, funcionou como centro político e económico da civilização maia. As várias estruturas – a pirâmide de Kukulkan, o Templo de Chac Mool, a Praça das Mil Colunas, e o Campo de Jogos dos Prisioneiros – podem ainda hoje ser admiradas e são demonstrativas de um extraordinário compromisso para com a composição e espaço arquitetónico. A pirâmide foi o último e, sem qualquer dúvida, o mais grandioso de todos os templos da civilização maia.
O nome Chichén-Itzá tem raiz maia e significa "na beirada do poço do povo Itza". Estima-se que Chichén-Itzá foi fundada por volta dos anos 435 e 455. Foi declarada Património Mundial da Unesco em 1988.
O Coliseu, também conhecido como Anfiteatro Flaviano, deve seu nome à expressão latina Colosseum (ou Coliseus, no latim tardio), devido à estátua colossal de Nero, que ficava perto a edifícação. Localizado no centro de Roma, é uma excepção de entre os anfiteatros pelo seu volume e relevo arquitectónico. Originalmente capaz de albergar perto de 50 000 pessoas e com 48 metros de altura, era usado para variados espetáculos. Foi construído a Este do Fórum romano e demorou entre 8 a 10 anos a ser construído. O Coliseu foi utilizado durante aproximadamente 500 anos, tendo sido o último registro efetuado no século VI da nossa era, bastante depois da queda de Roma em 476. O edifício deixou de ser usado para entretenimento no começo da era medieval, mas foi mais tarde usado como habitação, oficina, forte, pedreira, sede de ordens religiosas e templo cristão.
Embora esteja agora em ruínas devido a terremotos e pilhagens, o Coliseu sempre foi visto como símbolo do Império Romano, sendo um dos melhores exemplos da sua arquitectura. Actualmente é uma das maiores atrações turísticas em Roma e ainda tem ligações à igreja, com o Papa a lidear a procissão d'"O caminho da Cruz" até ao Coliseu todas as sextas-feiras santas. O coliseu era um local onde seriam exibidos toda uma série de espectáculos, inseridos nos vários tipos de jogos realizados na urbe. Os combates entre gladiadores, chamados muneras, eram sempre pagos por pessoas individuais em busca de prestígio e poder em vez do estado.
Outro tipo de espetáculos era a caça de animais, ou venatio, onde eram utilizados animais selvagens importados de África. Os animais mais utilizados eram os grandes felinos como leões, leopardos e panteras, mas animais como rinocerontes, hipopótamos, elefantes, girafas, crocodilos e avestruzes eram também utilizados. As caçadas, tal como as representações de batalhas famosas, eram efetuadas em elaborados cenários onde constavam árvores e edifícios moviveis. Estas últimas eram por vezes representadas numa escala gigante; Trajano celebrou a sua vitória em Dácia no ano 107 com concursos envolvendo 11 000 animais e 10 000 gladiadores no decorrer de 123 dias. Segundo o documentário produzido pelo canal televisivo fechado, History Channel, o Coliseu também era utilizado para a realização das Naumaquias, ou batalhas navais. O coliseu era inundado por dutos subterrâneos alimentados pelos aquedutos que traziam água de longe. Passada esta fase, foi construida uma estrutura, que é a que podemos ver hoje nas ruínas do Coliseu, com altura de um prédio de dois andares, onde no passado se concentravam os gladiadores, feras e todo o pessoal que organizava os duelos que ocorreriam na arena. A arena era como um grande palco, feito de madeira, e se chama arena, que em italiano significa areia, porque era jogada areia sob a estrutura de madeira para esconder as imperfeições. Os animais podiam ser inseridos nos duelos a qualquer momento por um esquema de elevadores que surgiam em alguns pontos da arena; o filme "Gladiador" retrata muito bem esta questão dos elevadores. Os estudiosos, a pouco tempo, descobriram uma rede de dutos inundados embaixo da arena do Coliseu. Acredita-se que o Coliseu foi construido onde, outrora, foi o lago do Palácio Dourado de Nero; O Imperador Vespasiano escolheu o local da construção para que o mal causado por Nero fosse esquecido por uma construção gloriosa. Sylvae, ou recreações de cenas naturais eram também realizadas no Coliseu. Pintores, técnicos e arquitectos cronstruiriam simulações de florestas com árvores e arbustos reais plantados no chão da arena. Animais seriam então introduzidos para dar vida á simulação. Esses cenários podiam servir só para agrado do público ou como pano de fundo para caçadas ou dramas representando episódios da mitologia romana, tão autênticos quanto possível, ao ponto de pessoas condenadas fazerem o papel de heróis onde eram mortos de maneiras horríveis mas mitologicamente autênticas, como mutilados por animais ou queimados vivos. Embora o Coliseu tenha funcionado até ao século VI da nossa Era, foram proibidos os jogos com mortes humanas desde 404, sendo apenas massacrados animais como elefantes, panteras ou leões. O Coliseu era sobretudo um enorme instrumento de propaganda e difusão da filosofia de toda uma civilização, e tal como era já profetizado pelo monge e historiador inglês Beda na sua obra do século VII "De temporibus liber": "Enquanto o Coliseu se mantiver de pé, Roma permanecerá; quando o Coliseu ruir, Roma ruirá e quando Roma cair, o mundo cairá". A construção do Coliseu, nome foi iniciado por Vespasiano, nos anos 70 da nossa Era, e finalizado pelo seu filho, Domiciano. O edifício será inaugurado por Tito, em 80, embora apenas tivesse sido finalizado poucos anos depois. Empresa colossal, este edifício, inicialmente, poderia sustentar no seu interior cerca de 50 000 espectadores, constando de três andares. Aquando do reinado de Alexandre Severo e Gordiano III, é ampliado com um quarto andar, podendo suster agora cerca de 90 000 espectadores. A grandiosidade deste monumento testemunha verdadeiramente o poder e esplendor de Roma na época dos Flávios. O Arquiteto do Coliseu, segundo a história nos relata fora GAUDÊNCIO, agora muitos não sabem que fora ele devido o mesmo ter sido cristão, então os Romanos para não ressaltar o valor deste projetista preferiram obliterar e ocultar o arquiteto. Pois a glória então somente do Imperador. A história diz que quando acharam a Tumba do Gaudêncio, viram em sua lápide esrito "GAUDÊNCIO o arquiteto do coliseu". Veja mais em Os mártires do Coliseu (CPAD). O Coliseu, como não se encontrava inserido numa zona de encosta, enterrado, tal como normalmente sucede com a generalidade dos teatros e anfiteatros romanos, possuía um “anel” artificial de rocha à sua volta, para garantir sustentação e, ao mesmo tempo, esta substrutura serve como ornamento ao edifício e como condicionador da entrada dos espectadores. Tal como foi referido anteriormente, possuía três pisos, sendo mais tarde adicionado um outro. É construído em mármore, pedra travertina, ladrilho e tufo (pedra calcária com grandes poros). A sua planta elíptica mede dois eixos que se estendem aproximadamente de 190 m por 155 m. A fachada compõe-se de arcadas decoradas com colunas dóricas, jónicas e coríntias, de acordo com o pavimento em que se encontravam. Esta subdivisão deve-se ao facto de ser uma construção essencialmente vertical, criando assim uma diversificação do espaço. Os assentos eram em mármore e a cavea, escadaria ou arquibancada, dividia-se em três partes, correspondentes às diferentes classes sociais: o podium, para as classes altas; as maeniana, sector destinado à classe média; e os portici, ou pórticos, construídos em madeira, para a plebe e as mulheres. A tribuna imperial ou pulvinar encontrava-se situada no podium e era balizada pelos assentos reservados aos senadores e magistrados. Rampas no interior do edifício facilitavam o acesso às várias zonas de onde podiam visualizar o espectáculo, sendo protegidos por uma barreira e por uma série de arqueiros posicionados numa passagem de madeira, para o caso de algum acidente. Por cima dos muros ainda são visíveis as mísulas, que sustentavam o velarium, enorme cobertura de lona destinada a proteger do sol os espectadores e, nos subterrâneos, ficavam as jaulas dos animais, bem como todas as celas e galerias necessárias aos serviços do anfiteatro. O monumento permaneceu como sede principal dos espetáculos da urbe romana até ao período do imperador Honorius, no século V. Danificado por um terremoto no começo do mesmo século, foi alvo de uma extensiva restauração na época de Valentinianus III. Em meados do século XIII, a família Frangipani transformou-o em fortaleza e, ao longo dos séculos XV e XVI, foi por diversas vezes saqueado, perdendo grande parte dos materiais nobres com os quais tinha sido construído. Os relatos romanos referem-se a cristãos sendo martirizados em locais de Roma descritos pouco pormenorizadamente (no anfiteatro na arena), quando Roma tinha numerosos anfiteatros e arenas. Apesar de muito provavelmente o Coliseu não ter sido utilizado para martírios, o papa Bento XIV consagrou-o, no século XVII, marirtólíssimo à Paixão de Cristo e lugar sagrado. Os trabalhos de consolidação e restauração parcial do monumento, já há muito em ruínas, foram feitos sobretudo pelos pontífices Gregório XVI e Pio IX, no século XIX.Muitos crentes foram mortos devido ao seu fiel testemunho e fé em Jesus Cristo.

O Taj Mahal (em hindi ताज महल, persa تاج محل) é um mausoléu situado em Agra, uma cidade da Índia e o mais conhecido[1] dos monumentos do país. Encontra-se classificado pela UNESCO como Património da Humanidade. Foi recentemente anunciado como uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo Moderno em uma celebração em Lisboa no dia 7 de Julho de 2007.
A obra foi feita entre 1630 e 1652 com a força de cerca de 22 mil homens,[2] trazidos de várias cidades do Oriente, para trabalhar no sumptuoso monumento de mármore branco que o imperador Shah Jahan mandou construir em memória de sua esposa favorita, Aryumand Banu Begam, a quem chamava de Mumtaz Mahal ("A jóia do palácio"). Ela morreu após dar à luz o 14º filho, tendo o Taj Mahal sido construído sobre seu túmulo, junto ao rio Yamuna. Assim, o Taj Mahal é também conhecido como a maior prova de amor do mundo, contendo inscrições retiradas do Corão. É incrustado com pedras semi-preciosas, tais como o lápis-lazúli entre outras. A sua cúpula é costurada com fios de ouro. O edifício é flanqueado por duas mesquitas e cercado por quatro minaretes. Supõe-se que o imperador pretendia fazer para ele próprio uma réplica do Taj Mahal original na outra margem do rio, em mármore preto, mas acabou deposto antes do início das obras por um de seus filhos. O imperador Shah Jahan foi um prolífero mecenas, com recursos praticamente ilimitados. Sob a sua tutela construíram-se os palácios e jardins de Shalimar em Lahore, também em honra da sua esposa. Mumtaz Mahal deu ao seu esposo 14 filhos, mas faleceu no último parto e o imperador, desolado, iniciou quase de seguida a construção do Taj como oferta póstuma. Todos os pormenores do edifício mostram a sua natureza romântica e o conjunto promove uma estética esplêndida. Aproveitando uma visita realizada em 1663, o explorador francês François Bernier realizou o seguinte retrato do Taj Mahal e dos motivos do imperador que levaram à sua edificação:
[...] Completarei esta carta com uma descrição dos maravilhosos mausoléus que outorgam total superioridade a Agra sobre Deli. Um destes foi erigido por Jehan-guyre em honra do seu pai Ekbar, e Shah Jahan construiu outro de extraordinária e celebrada beleza, em memória da sua esposa Tage Mehale, de quem de diz que o seu esposo estava tão apaixonado que lhe foi fiel toda a sua vida e, após a sua morte, ficou tão afectado que não tardou em segui-la para a morte.[3] A pouco tempo do término da obra em 1657, Shah Jahan adoeceu gravemente e o seu filho Shah Shuja declarou-se a ele próprio imperador em Bengala, enquanto Murad, com o apoio do seu irmão Aurangzeb, fazia o mesmo em Gujarat. Quando Shah Jahan, caído doente no seu leito, se rendeu aos ataques dos seus filhos, Aurangzeb permitiu-lhe continuar a viver exilado no forte de Agra. A lenda conta que passou o resto dos seus dias observando pela janela o Taj Mahal e, depois da sua morte em 1666, Aurangzeb sepultou-o no mausoléu lado a lado com a esposa, gerando a única ruptura da perfeita simetria do conjunto.
Em finais do século XIX vários sectores do Taj Mahal estavam muito deteriorados por falta de manutenção e durante a época da rebelião hindu, em 1857, foi arrestado por soldados britânicos e oficiais do governo, que lhes arrancavam as pedras embutidas nas paredes e o lápis-lazúli dos seus muros. Em 1908 completou-se a restauração ordenada pelo vice-rei britânico, Lord Curzon, que também incluiu o grande candelabro da câmara interior segundo o modelo de um similar que se encontrava numa mesquita no Cairo. Curzon ordenou a remodelação dos jardins ao estilo inglês que ainda hoje se conservam.
Durante o século XX melhorou o cuidado com o monumento. Em 1942 o governo construiu um andaime gigantesco cobrindo a cúpula, prevendo um ataque aéreo da Luftwaffe e, posteriormente, da força aérea japonesa. Esta protecção voltou a erguer-se durante as guerras indo-paquistanesas, de 1965 a 1971. As ameaças mais recentes provêm da poluição ambiental nas ribeiras do rio Yamuna e da chuva ácida causada pela refinaria de Mathura. Ambos os problemas são objecto de vários recursos ante a Corte Suprema da Justiça da Índia.
Em 1993, foi eleito como Património Mundial da Humanidade pela UNESCO, e é hoje um importante destino turístico. Recentemente, alguns sectores sunitas reclamaram para si a propriedade do edifício, baseando-se de que se trata do mausoléu de uma mulher desposada por um membro deste culto islâmico. O governo indiano rejeitou a reclamação considerando-a mal-fundamentada, já que o Taj Mahal é propriedade de toda a nação indiana. Os elementos formais e decorativos são empregues repetida e consistentemente por todo o complexo, unificando o vocabulário estético. O complexo encontra-se rodeado de um grande chahar bagh[4] que mede 320 x 300 metros e inclui canteiros de flores, caminhos elevados, avenidas de árvores, fontes, cursos de água, e pilares que reflectam a imagem dos edifícios na água.
Cada secção do jardim é dividida por caminhos em 16 canteiros de flores, com um tanque central de mármore a meio caminho entre a entrada e o mausoléu, que devolve a imagem reflectida do edifício. O chahar bagh foi introduzido na Índia por Babur, o primeiro imperador mogol, segundo um desenho inspirado na tradição persa a fim de representar os jardins do paraíso.[5] Nos textos místicos do Islão no período mogol, o paraíso é descrito como um jardim ideal, pleno de abundância. A água tem um papel-chave nestas descrições, já que se referem quatro rios que surgem de uma fonte central, constituida por montanhas, que dividem o Éden em quatro partes segundo os pontos cardeais (norte, sul, este e oeste). A maioria destes jardins mogóis são de forma rectangular, com um pavilhão central. O Taj Mahal é invulgar neste sentido, já que situa o edifício principal, o mausoléu, num dos extremos. Mas a recente descoberta da existência do "Mahtab bagh" (Jardim da Lua) na ribeira oposta do rio Yamuna permite uma interpretação distinta, incorporando o vale no desenho global de tal forma que se converta em um dos rios do paraíso. O traçado dos jardins e as características arquitectónicas principais, como as fontes, caminhos de mármore e azulejo, e canteiros lineares do mesmo material — similares ao jardim de Shalimar — sugerem que podem ter sido desenhados pelo mesmo engenheiro, Ali Mardan.
As descrições mais antigas do jardim mencionam sua profunda vegetação, com abundância de rosas, narcisos e árvores frutíferas. Com a declinação do império mongol também decresceu o mantimento, e quando os britânicos assumem o controle do Taj Mahal, introduzem modificações paisagísticas para refletir melhor o estilo dos jardins de Londres.
No entanto, os visitantes poderão admirar-se ao ver os jardineiros cortar a relva com uma máquina puxada por bois.

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