quarta-feira, 14 de maio de 2008

História das Olimpíadas


Em honra a Zeus, a Grécia se reunia a cada quatro anos no Peloponeso, na confluência dos rios Alfeu e Giadeo, onde se erguia a cidade de Olímpia, que a partir do ano 776 a.C. cedeu seu nome para aquele que viria a ser a maior competição esportiva em toda a história da humanidade, os Jogos Olímpicos - mais tarde, genericamente Olimpíadas - , que teve como primeiro vencedor o atleta Coroebus, cingido por uma coroa trançada por folhas de louro, único prêmio e símbolo da maior vitória.
Invadindo a era cristã (disputava-se a 194a olimpíada, quando nasceu Jesus Cristo), manteve seu espírito esportivo e seu condão mágico de unir homens fazendo-os disputar desafios, até o ano 394 d.C., quando o imperador Teodósio II ordenou sua interrupção, parecendo então condenada ao desaparecimento, a se transformar em um dado histórico apenas. E por quase 1500 anos (exatamente 1492) foi assim, até a intervenção de um idealista francês, o Barão Pierre de Cobertin.
A princípio, apenas homens eram admitidos na disputa, da qual passou a fazer parte, quase como um símbolo, uma homenagem perpétua dos Jogos à Grécia, a Maratona, corrida de fundo na distância de 42 quilômetros e 500 metros, a mesma percorrida por um soldado grego, que a correr levou até Atenas a notícia da vitória de seu exército na batalha Maratona, cidade da Ática, onde se combatiam os persas. Dada a notícia, caiu morto, tornando-se sinônimo da tenacidade.
Atenas foi escolhida pelo Barão de Cobertin com muita propriedade para a retomada dos Jogos Olímpicos em 1896, passando a serem conhecidos como os Jogos da Era Moderna. Uma era que já não dava ao desporto o poder de interromper guerras, mas, ao contrário, era interrompido por elas. Nestes cem anos, o quadriênio olímpico silenciou seu toque de reunir nos anos de 1916, 1940 e 1944, durante a vigência das chamadas Primeira e Segunda Guerras Mundiais.
Dos 13 países que participaram dos Jogos de 1896, em Atenas, aos 187 países e 10.788 atletas presentes em Atlanta, na 26a Olimpíada da Era Moderna, mudaram conceitos, o amadorismo puro foi esquecido, o mercantilismo encontra cada vez mais espaço, os países investem milhões de dólares em suas delegações, os Jogos são a melhor vitrine que os participantes poderiam ter e a máxima do Barão de Cobertin (Importante é competir, não vencer) está cada vez mais esquecida. Mas, após cada Olimpíada, o mundo nunca mais é o mesmo.

Pierre de Fredy, barão de Coubertin ( 1863-1937 ), tornou-se o renovador dos jogos olímpicos, reinstituindo-os 16 séculos depois de sua extinção. Amante dos esportes e admirador dos métodos de pedagogia adotados por Thomas Arnold, na Inglaterra, Coubertin lançou, em 1894, numa reunião na Sorbonne, a idéia de reviver a antiga tradição grega, através da qual esperava unir os povos.
Em 1894, apoiado pelo americano William Sloane e pelo inglês Charles Herbert, e contando com a presença de representantes de 15 países, fundou o C.O.I., organismo que até hoje controla todo o mundo olímpico. Dois anos depois, realizava-se em Atenas e 1ª disputa dos jogos olímpicos da era moderna.

Atenas, 1896. A primeira olimpíada















Os I Jogos Olímpicos da Era Moderna foram realizados em Atenas, Grécia, berço dos jogos da antiguidade, entre os dias 6 e 15 de abril de 1896, com a participação de 241 atletas, todos homens, representando catorze países, graças ao empenho visionário do francês Pierre de Frédy, o Barão de Coubertin, idealizador do renascimento dos jogos existentes na Grécia antiga, mentor do movimento olímpico e fundador do Comitê Olímpico Internacional.
Sem qualquer experiência na organização de semelhante evento, os organizadores dos primeiros jogos quase arruinaram a própria competição, graças a uma diversidade de datas, pois os gregos utilizavam então o antigo calendário juliano paralelo ao convencional usado pela civilização ocidental, fazendo com que ocorresse uma diferença de doze dias entre ambos, o que atrapalhou a inauguração dos Jogos e a chegada dos atletas dos diversos pontos do planeta.
A cerimônia de inauguração acabou acontecendo num domingo de Páscoa, com o discurso de abertura proferido diante de cem mil espectadores pelo próprio Jorge I, da Grécia, após a inauguração de uma estátua – que existe até os dias de hoje – na entrada do Estádio Panathinaiko, principal palco das competições e uma maravilha arquitetônica toda de mármore, em homenagem ao rico financista ateniense Georgius Averoff, responsável pela restauração e modernização do estádio e financiador da organização do evento, o que impediu seu cancelamento antes mesmo de iniciado, devido às penosas condições do cerário real grego.



Paris - 1900

foto de Michel Théato, Paris 1900.


Após a realização da primeira Olimpíada, em Atenas-1896, o Barão de Coubertin pôs em prática a idéia de realizar os Jogos a cada quatro anos. Como presidente do Comitê Olímpico Internacional, o francês escolheu Paris para sediar a competição. O rei George 1º, da Grécia, tentou, no início, que Atenas se tornasse sede do evento novamente em 1900, mas depois acabou desistindo da idéia.
Diferentemente dos primeiros Jogos, quando a população de Atenas participou com entusiasmo de todos os eventos, as Olimpíadas de 1900 passaram despercebidas para os parisienses, principalmente por causa da falta de informação e organização. Além disso, os Jogos concorreram com outros eventos: Paris se preparava para organizar uma grande Feira Mundial (atual Expo) e inaugurava seu maior monumento, a Torre Eiffel.
O acúmulo de eventos fez com que os Jogos Olímpicos acabassem sendo disputados em longos cinco meses. Para piorar e aumentar o desinteresse do público, o programa era muito confuso. O tiro, por exemplo, teve provas realizadas simultaneamente na Ilha de Seguin (a oeste de Paris), no polígono de Tiro de Vincennes e no campo de Tiro de Satory, perto de Versailles.
As péssimas condições das instalações não permitiram grandes façanhas esportivas. No atletismo, as provas foram realizadas no Racing Club da França, onde as pistas eram verdadeiros pântanos e os martelos enroscavam nos galhos das árvores. O campeão do lançamento do disco -o húngaro Rudolf Bauer- fez três fortes lançamentos que caíram no meio do público. Os esportes de quadra foram relegados a salões insalubres. A natação foi disputada no rio Sena sem que, em certas ocasiões, se tenha pensado em interromper o trânsito fluvial. Jogos apagados demais
Outro fato lamentável na organização foi a cerimônia de abertura, que acabou nem acontecendo. O presidente da república francesa, Emile Loubet, fez apenas um breve discurso antes das provas da ginástica.
Nem mesmo a entrega das medalhas aos vencedores foi motivo de festa. Grande parte destes não recebeu suas medalhas, mas, sim, pequenos presentes, como pratos, guarda-chuvas ou carteiras. Alguns, inclusive, tiveram que esperar até 1912 para ganhar as respectivas premiações.
A presença de mulheres nos Jogos (em Atenas-1896 só participaram homens) causou uma grande polêmica no meio intelectual. O célebre Emile Zola defendeu a participação do então "sexo frágil", porém alguns literatos conservadores desaprovaram a inclusão das mulheres.
No contexto esportivo, a França, como era de se esperar, saiu-se como grande vitoriosa nos Jogos de Paris-1900. Como cerca de metade dos 997 competidores eram franceses, o país-sede terminou em primeiro lugar no cômputo geral de medalhas. No total, o país anfitrião conquistou exatamente o dobro de medalhas dos Estados Unidos: 96 contra 48.
Uma inovação nos Jogos de Paris-1900 foi a estréia oficial dos esportes coletivos. O futebol, o pólo aquático e o rúgbi entraram pela primeira vez em Olimpíadas e acabaram ficando no programa.

Os norte-americanos ficaram revoltados com o resultado da prova da maratona, vencida por Michel Theato, cidadão de Luxemburgo que ganhou a medalha para os anfitriões franceses. Arthur Newton estranhou quando cruzou a linha de chegada e foi declarado quinto colocado. Segundo seu relato, o norte-americano havia disparado na frente e não havia sido ultrapassado. Outro norte-americano, Richard Grant, disse que viu o vencedor passar de bicicleta por ele. Theato teria pegado atalhos por fora do traçado original da prova que teriam facilitado o seu caminho até o pódio da mais tradicional prova olímpica.

Os II Jogos Olímpicos da Era Moderna realizaram-se em 1900 , em Paris, França, terra natal de seu criador, o Barão Pierre de Coubertin. Infelizmente, por questões políticas, os Jogos foram integrados à Exposição Universal de Paris, uma grande feira mundial de comércio realizada pela França na época, e por terem sido diluídos ao longo de mais de quatro meses, entre 14 de Maio e 28 de Outubro, não tiveram qualquer relevância, sendo unanimemente considerados um fracasso.
Oficialmente, na França, as olimpíadas do Barão de Coubertin acabaram batizadas de Concurso Internacional de Exercícios Físicos e de Esportes, e os participantes chegaram a imaginar menos que participavam de uma celebração esportiva do que de um grande circo de variedades, tantas eram as atividades paralelas nas artes e no comércio oferecidas pela feira. Além disso, Paris não possuía nenhum complexo desportivo olímpico e as provas de atletismo foram disputadas no meio dos bosques e árvores do Bois de Boulogne e a natação em plena correnteza do rio Sena.
O Comité Olímpico Internacional teve pouca influência na condução destes Jogos, cabendo à organização da Exposição Universal a organização dos eventos. Como a organização considerava o desporto uma atividade secundária, as diferentes modalidades foram dispersas pelos diversos locais da Exposição e muitas vezes com classificações no mínimo curiosas. Nomeadamente, a organização classificou ginástica na secção de "desporto escolar para crianças", esgrima na seção de "cutelaria" e remo na secção de "socorrismo".
Adicionalmente, ao longo da Exposição Universal e concorrentemente com as modalidades olímpicas realizaram-se eventos em muitas outros desportos, tais como motonáutica, corridas em balão, natação sub-aquática, natação com obstáculos e tiro aos pombos, que não foram entretanto reconhecidos como modalidades olímpicas, pelo que esses eventos não são considerados como parte dos Jogos Olímpicos de 1900.
De tanto desgosto e decepção com a falta de organização e desinteresse de seus próprios compatriotas, mais preocupados com a Exposição em si, Coubertin chegou a abandonar a chefia dos organizadores dos Jogos.
Graças à grande confusão que foi a organização dos Jogos da II Olimpíada, o número de participantes (e mesmo de modalidades) varia largamente de acordo com diferentes fontes. De acordo com o Comité Olímpico Internacional participaram 997 atletas, representando 24 nações e competindo em 20 modalidades. No futebol, cabo de guerra, pólo, remo e tênis, competiram equipes mistas, compostas por atletas de diferentes nações.

St. Louis, 1904



Os III jogos olímpicos tiveram 11 países e 496 atletas participantes. Esses números foram sensivelmente inferiores aos da olimpíada anterior em razão das dificuldades de mandar equipes para o outro lado do Atlântico. Além disso, os norte-americanos repetiram o erro dos franceses e fizeram as competições coincidirem com a Feira Mundial de St. Louis. Os jogos ficaram assim em segundo plano, o que não impediu tivessem momentos heróicos e até insólitos. Na maratona , por exemplo, Frei Los, o primeiro a cruzar a linha de chegada, havia utilizado fraudulosamente um automóvel, durante o percurso, o que só foi descoberto pouco antes da entrega dos prêmios.

Os III Jogos Olímpicos foram realizados na cidade de Saint Louis, no estado do Missouri, Estados Unidos. Da mesma maneira que os Jogos anteriores em Paris, eles foram novamente integrados a uma grande exposição e feira de negócios, desta vez a Louisiana Purchase Exhibition, sem nenhuma relação com o esporte. Também como em Paris, os Jogos foram alongados para uma duração de cinco meses, sendo inaugurados em 1 de julho e tendo seu encerramento em 23 de novembro de 1904.
Indignado com a situação, que em tudo repetia a desorganização e o descaso mostrado nos Jogos de Paris quatro anos antes, Pierre de Coubertin, mesmo recebendo uma carta do Presidente Theodore Roosevelt implorando sua presença, recusou-se a comparecer a St. Louis para a cerimônia de abertura e permaneceu na Europa.
Por causa da grande distância transoceânica, vários países da Europa não comparecerem e os países participantes limitaram-se a 12, com 16 modalidades esportivas sendo disputadas, sendo que mais de três quartos dos 651 atletas presentes (645 homens e 6 mulheres) eram dos próprios Estados Unidos, o que explica a grande quantidade de medalhas conquistadas pelo país anfitrião e a enorme diferença no Quadro de Medalhas para o segundo colocado.

Jogos Olímpicos de Verão de 1906

Em 1906 realizou-se uma edição extraordinária dos Jogos Olímpicos, com pretexto de comemorar os 10º aniversário do recomeço dos jogos em 1896, na cidade de Atenas. Esta edição dos Jogos Olímpicos de Verão de 1906, que seria a quarta, não é considerada oficial pelo Comité Olímpico Internacional visto ter sido realizada fora do ciclo de quatro anos denominado Olimpíada.



Londres, 1908




















Os IV jogos olímpicos tiveram 22 países e 2.059 atletas participantes. Muita chuva durante a maior parte das competições e intermináveis discussões sobre os resultados caracterizaram uma festa que, no fim, acabou superando todas as anteriores. Os ingleses exigiram a presença de juizes seus, na maioria das provas de atletismo, e daí as discussões. Dessa feita, o herói dos jogos foi um perdedor, o italiano Pietri Dorando, que entrou errado no estádio à chegada da maratona, teve de voltar para cumprir a reta final, não resistiu ao cansaço, caiu e foi ajudado pelos juizes, chegando assim em primeiro lugar. Embora desclassificado mais tarde, ganharia uma taça de ouro conferida pela rainha Alexandra.
- As mulheres participavam o movimento dos jogos mas em poucas modalidades: arco e flecha, iatismo, patinação e tênis;
Pela primeira vez nos jogos a peça de abertura teve desfile das declarações, cada um levando sua bandeira.

Após a realização dos jogos intermediários de 1906 na Grécia, considerados não-oficiais e que não tiveram seus resultados computados pelo Comitê Olímpico Internacional, os Jogos da IV Olimpíada foram realizados em Londres, Grã-Bretanha, entre 27 de abril e 31 de outubro de 1908. Originalmente deveriam ser realizados em Roma, mas uma erupção do vulcão Vesúvio obrigou as autoridades italianas a usar todos seus recursos econômicos para combater os efeitos da tragédia e a desistir de sediar os Jogos, que acabaram por serem transferidos para a capital britânica.
Considerados os primeiros Jogos realmente bem organizados para um evento deste porte, após os fracassados e improvisados Jogos de Paris e Saint Louis , apesar de terem novamente sua duração alongada por mais de seis meses, eles obtiveram o empenho pessoal do Rei da Inglaterra para sua realização e se desenrolaram no primeiro complexo olímpico construído, o Shepperd’s Bush Stadium, em White City, subúrbio londrino, com capacidade para cem mil espectadores e que constava de estádio de futebol, pista de atletismo, piscina, pista de ciclismo e instalações para a ginástica e a luta.
Inaugurados pelo Rei Eduardo VII , os Jogos tiveram a participação de 22 nações e 2.008 atletas, entre eles 37 mulheres, que disputaram provas em três esportes diferentes: tênis, ginástica e patinação no gelo, embrião dos futuros Jogos de Inverno, do total de 24 modalidades. Foi nestes Jogos que a Grã-Bretanha, a dona da casa, pela primeira e única vez, liderou o quadro de medalhas em uma olimpíada, num total de 145 sendo 56 de ouro, mais do dobro de seus então mais ferrenhos adversários, os norte-americanos.

Estocolmo, 1912












Os V jogos olímpicos tiveram 18 países e 2.541 atletas participantes. Foram os mais bem organizados até então. Os suecos souberam como divulgá-los e cuidaram de todos os detalhes técnicos necessários ao êxito de cada prova. A grande figura do atletismo foi o índio norte-americano Jim Thorpe, campeão do pentatlo e do decatlo, considerado na época o atleta mais completo do mundo. No entanto, dois anos depois, por exigência do próprio Comitê Olímpico dos EUA, suas duas medalhas de ouro tiveram de ser a acusação de ser um profissional, embora tivesse apenas, por ignorância, recebido vinte dólares para jogar por uma equipe de baseball, um ano antes dos jogos.
- A olimpíada de Estocolmo é a primeira a ter países representados em cinco continentes com 2.541 atletas inscritos.
Os suecos introduziram fotógrafo para flagrar a chegada das provas no atletismo, o chamado Photo Finish.

Os Jogos Olímpicos de 1912 realizaram-se em Estocolmo, capital da Suécia, entre 5 de Maio e 27 de Julho com a participação de 2407 atletas (48 mulheres) de 28 nações. Abertos oficialmente pelo Rei Gustavo V, os já bastante concorrridos, prestigiados e famosos Jogos foram um modelo da eficiência sueca e o primeiro a que compareceram atletas de todos os cinco continentes representados na bandeira olímpica.
Dotados de uma estrutura nunca antes vista, estes foram os primeiros Jogos que utilizaram um, na época, moderno sistema de som com alto-falantes espalhados pelo complexo olímpico e pela cidade, para informar sobre os resultados de cada esporte disputado; além disso, Estocolmo usou pela primeira vez um sistema de fotografias e cronometragem semi-eletrônica, para marcação dos tempos na natação e no atletismo.
Foram tambem os primeiros onde houve uma cerimônia coreografada de abertura, antes da entrada da delegações nacionais, realizada por duzentos jovens vestidos de branco no centro do gramado do Estádio Olímpico.
Portugal fez nesta edição a sua estréia nos Jogos Olímpicos, onde um atleta de sua delegação teve a fatalidade de proporcionar a mais triste nota da competição: o jovem fundista Francisco Lázaro, carpinteiro de apenas 21 anos, morreu de desidratação e ataque cardíaco após correr 30 kms da Maratona e abandonar a prova. Os outros pioneiros atletas portugueses participaram de provas no atletismo, luta e esgrima, sem, contudo, obter sucesso.


Jogos Olímpicos de Verão de 1916


Os Jogos da VI Olimpíada da era moderna nunca foram realizados, por causa da primeira guerra mundial. Os jogos seriam realizados em Berlim, Alemanha.
Em Maio de 1912, o Comité Olímpico Internacional escolheu Berlim como cidade organizadora dos Jogos da VI Olímpiada, em detrimento de Alexandria e Budapeste. Quando se iniciou a primeira guerra mundial, em 1914 os preparativos dos jogos não foram interrompidos, pois não se previa que a guerra durasse anos, mas o prolongamento do conflito tornou impossível a realização do evento.
Os jogos deveriam ser realizados em torno do Deutsche Stadion (Estádio Alemão), construído entre 1912 e 1913 especialmente para o evento.



Antuérpia, 1920



















Os VII jogos olímpicos (os sextos teriam sido os de 1916, não realizado por causa da 1ª guerra mundial, mas contados assim mesmo), tiveram 29 países e 2.606 atletas participantes. Pela primeira vez a bandeira olímpica foi hasteada. O juramento olímpico passou a fazer parte da cerimônia de abertura. E tanto quanto possível, levando-se em conta que a Europa acabava de sair de uma guerra, os jogos tiveram êxito. Revelaram o grande fundista finlandês Paavo Nurmi, que em toda a sua carreira haveria de ganhar nada menos de sete medalhas, e o nadador havaiano Duke Kahanamoku. que fixou o estilo crawl.

Os Jogos Olímpicos de 1920 foram realizados em Antuérpia, na Bélgica, numa homenagem do COI ao sofrimento infligido ao povo belga durante a I Guerra Mundial, que inclusive impediu a realização dos Jogos de 1916, anteriormente marcados para Berlim. Atletas de 29 países, num total de 2.561 homens e 65 mulheres participaram de 24 esportes num total de 154 modalidades. Abertos pelo Rei Alberto em 20 de abril, eles duraram até 12 de setembro.
Os Jogos de Antuérpia foram notáveis pelo fato de nele ser hasteada pela primeira vez a bandeira olímpica (branca com cinco anéis no centro representando os cinco continentes), ter havido uma pioneira revoada de pombos simbolizando a paz e sido feito o juramento dos atletas, lido pelo esgrimista e jogador de pólo aquático Victor Boin.
Em Antuérpia o Brasil fez a sua estréia nos Jogos Olímpicos, deixando marcada sua presença ao conquistar tres medalhas, uma delas de ouro, no tiro.



Paris, 1924













Os VIII jogos olímpicos tiveram 44 países e 3.029 atletas participantes. Dessa vez os franceses deram ao acontecimento o destaque que ele merecia, redimindo-se da má organização de 1.900. Paavo Nurmi voltaria a brilhar nas provas de fundo. John, dito Johnny Weissmuller - que nos anos mais tarde seria, como ator, o mais famoso Tarzan do cinema - ganharia suas 3 primeiras medalhas de ouro na natação. E tanto as competições aquáticas como as náuticas seriam pela primeira vez disputadas em condições técnicas ideais.
- A olimpíada de Paris foi a primeira que teve vários eventos transmitidos ao vivo por rádios da Europa e EUA.
Pela primeira vez a expressão "Vila Olímpica" é usada para designar os alojamentos construídos para os participantes.

Os Jogos Olímpicos de 1924 foram realizados em Paris, na França, entre 20 de abril e 27 de julho, com a participação de 2956 atletas, entre eles 136 mulheres, representando 44 países, um recorde até então, para felicidade e glória de Pierre de Coubertin , que via os Jogos voltarem à sua terra natal, após vinte anos, bastante revigorados, com a presença de 1000 jornalistas e a primeira transmissão radiofônica das provas. Estes foram os últimos Jogos organizados sob a presidência do Barão de Coubertin.
Ao contrário dos primeiros e fracassados Jogos na cidade, em 1900, desta vez Paris preparou um suntuoso complexo olímpico para hospedar os diversos esportes, em particular o confortável e moderno Estádio Olímpico de Colombes, com capacidade para 60.000 pessoas, onde os nomes dos campeões olímpicos destes Jogos foram gravados em mármore nas suas paredes. Foi também a primeira vez que os atletas se instalaram numa pequena vila olímpica, formada de várias pequenas casas de madeira.
Foi nesta edição dos Jogos que pela primeira vez foi usado o lema olímpico Citius, Altius, Fortius , ou, mais rápido, mais alto mais forte, cunhado em latim por um monge francês, Frei Henri Didon e que as três bandeiras, olímpica, do país anfitrião e do próximo país a receber os Jogos, foram hasteadas lado a lado na cerimônia de encerramento.

Amsterdã, 1928










Os IX jogos olímpicos tiveram 46 países e 3.015 atletas participantes. Nunca até então, as mulheres tinham representado papel tão importante nas competições. Nas provas de atletismo atraíram tanto a atenção do público como os famosos campeões masculinos. Mas os holandeses organizaram os jogos com dificuldades, dispondo de poucos recursos financeiros. Destaques das competições: os corredores finlandeses ( Nurmi ainda entre eles), mais uma vez Weissmuller e as corredoras canadenses.
- Mikio Oda, vencedor no salto triplo, foi o primeiro oriental a ganhar uma medalha de ouro em olimpíada;
- Amsterdã instituiu a chegada da tocha olímpica e o acender de uma pisa como parte da cerimônia de abertura.

Os Jogos da IX Olimpíada realizaram-se em 1928 na cidade de Amsterdam (Países Baixos), num clima de paz e prosperidade que viria a anteceder vinte anos de guerras e incertezas econômicas, entre 17 de maio e 12 de agosto, com a participação de 3014 atletas, entre eles 290 mulheres, representando 46 países, dois a mais que os Jogos anteriores, disputando dezesseis modalidades esportivas.
Nestes Jogos, as mulheres puderam finalmente passar a competir no Atletismo e a norte-americana Betty Robinson foi a primeira mulher a conquistar uma medalha de ouro neste esporte, na prova dos 100m rasos.
O nível de competividade aumentou, com a volta às Olimpíadas dos países derrotados na Primeira Guerra Mundial e até então proibidos de participarem: Alemanha, Áustria, Hungria e Bulgária.
Os Jogos de Amsterdam marcam os primeiros Jogos sem a presença e a liderança de Pierre de Coubertin, que, doente, não compareceu, permanecendo em seu refúgio na Suíça.
A cerimônia de abertura foi realizada de maneira grandiosa no belo estádio Olympisch, construído para os Jogos, com lugar para 65.000 espectadores, que prestigiaram em massa o evento e o mundo viu pela primeira vez a chama olímpica ser acesa no estádio, trazida de Olímpia especialmente para a ocasião. O revezamento que transportaria a chama da Grécia até o local dos Jogos só seria introduzido em Berlim, oito anos depois.

Los Angeles, 1932



Os X jogos olímpicos tiveram 37 países e 1.408 atletas participantes. O mesmo problema de 1904 - a dificuldade que os europeus tinham para mandar equipes números à América - voltaram a contribuir para que o número de inscrições baixassem. Com tudo isso, o êxito técnico foi indiscutível. Os norte-americanos remodelaram seu belo estádio - o Coliseu de Los Angeles - especialmente para a ocasião. Acusado de profissionalismo, Paavo Nurmi foi impedido de tentar sua 4ª Olimpíada como campeão. E o destaque acabou sendo uma mulher, a norte-americana Babe Didrikson, ganhadora de 2 medalhas de ouro, ambas como recordes mundiais no atletismo.

Os Jogos Olímpicos de 1932 foram realizados em Los Angeles, nos Estados Unidos, entre 30 de julho e 14 de agosto, com a participação de 1332 atletas, sendo 126 mulheres, representando 37 países, em 16 modalidades esportivas.
Após quase três décadas na Europa, os Jogos Olímpicos atravessaram o Atlântico e a América até a ensolarada Califórnia, a única região do país que tinha sobrevivido economicamente à queda na Bolsa de Valores de Nova York. Por causa da distância, o número de participantes foi menor que os anteriores, mas os Jogos tiveram uma grande qualidade técnica, com a quebra de 18 recordes mundiais, e sendo introduzido o limite máximo de três competidores por país nas provas individuais, regra que perdura até nossos dias.
Em Los Angeles foi construída a primeira vila olímpica verdadeira da história, composta de setecentos chalés disposta em área adjacente ao monumental estádio Memorial Colyseum, sede dos Jogos com cento e cinco mil lugares, e onde eram oferecidos também os serviços de hospitais, corpo de bombeiros, refeitórios diversos, correios, ginásio para treinos, lavanderias, etc. Os organizadores também introduziram nestes Jogos os mais modernos serviços de cronometragem e fotografia eletrônica da chegada da época, construíram a mais espetacular e veloz pista de atletismo do mundo, feita com turfa esmagada, e criaram um processo rápido e profissional de divulgação de resultados para a imprensa, além de transmissão simultânea de toda a competição por duas estações de rádio.
E o mais importante: compactaram todos os eventos no prazo de duas semanas, sem interrupção, que a partir dali nortearia o sistema de disputa dos Jogos Olímpicos.

Berlim, 1936


Os XI jogos olímpicos tiveram 49 países e 4.069 atletas participantes. Em pleno apogeu do nazismo na Alemanha, eles foram transformados num gigantesco instrumento de propaganda do regime, com o próprio Hitler acompanhando de perto todos os detalhes da organização. Os alemães superaram em tudo os patrocinadores anteriores. Mas não colheram os melhores resultados, como esperavam. Foram os negros norte-americanos os heróis dos jogos, para frustração do Führer, que viu James Cleveland, dito Jesse Owens, ganhar quatro medalhas de ouro , desmentindo a propala superioridade da raça ariana. Os negros venceram quase todas as provas de atletismo.

Os Jogos Olímpicos de 1936 foram realizados em Berlim, na Alemanha, entre 1 e 16 de agosto, com a participação de 3963 atletas, sendo 328 mulheres, representando 49 países, em 22 modalidades esportivas, tornando-se até então os mais grandiosos, bem realizados, ricos e politicamente explorados Jogos Olímpicos até então.
Abertos com grande pompa no espetacular e moderno Estádio Olímpico de Berlim pelo ditador nazista Adolf Hitler, o Fuehrer do III Reich alemão, os Jogos se propunham, subliminarmente, a demonstrar na prática as teorias de superioridade racial ariana apregoada pelo líder nazista e seus seguidores, que não pouparam tempo, treinamento e recursos para produzir a melhor equipe olímpica nacional já montada para disputar o evento. Infelizmente para o Führer, um pequeno grupo de atletas, os negros norte-americanos, iria demonstrar na prática a falácia das teorias hitleristas, conquistando a maioria das medalhas do atletismo, a modalidade mais importante dos Jogos, liderados por Jesse Owens, um neto de ex-escravos, que ganhou quatro medalhas de ouro nos 100m, 200m, revezamento 4x100 e salto em distância, em pleno estádio de Berlim lotado de arianos loiros e estupefatos, no mais emblemático episódio da história dos Jogos Olímpicos.



Jogos Olímpicos de Verão de 1940

Os Jogos da XII Olimpíada da era moderna nunca foram realizadas, por causa da segunda guerra mundial. Os jogos seriam realizados em Tóquio, Japão. Com o início da Segunda Guerra Sino-Japonesa, em 1937, os jogos foram transferidos para Helsinki, Finlândia, onde foram cancelados completamente em 1939, após o início da guerra. Helsinki sediaria os jogos de verão de 1952, e Tóquio, os jogos de verão de 1964.



Jogos Olímpicos de Verão de 1944


Os Jogos da XIII Olimpíada da era moderna nunca foram realizadas, por causa da Segunda Guerra Mundial. Os jogos seriam realizados em Londres, Reino Unido. A XIV Olimpíada de Verão veio a ser realizada em Londres quatro anos depois, em 1948. Londres sediará os Jogos Olímpicos de Verão de 2012.


Londres, 1948


Os XIIV jogos olímpicos tiveram 59 países e 4.468 atletas participantes. Na opinião da maioria dos observadores, os efeitos da guerra ainda eram muito acentuados para que uma competição esportiva de caráter mundial se realizasse com êxito. Apesar disso, os ingleses esmeraram-se na organização. O jovem decatleta norte-americano Bob Mathias e a veterana corredora holandesa Fanny Blankerskoen foram duas figuras destacadas. Mas pouco resultados técnicos chegaram a ser registrados.

Os Jogos Olímpicos de Verão de 1948, conhecidos oficialmente como Jogos da XIV Olimpíada, foram realizados pela segunda vez em Londres - após doze anos de interrupção devido à II Guerra Mundial - de 29 de julho a 14 de agosto daquele ano. Assim como os Jogos de 1920 tinham acontecido em Antuérpia, como uma homenagem do Comitê Olímpico Internacional ao sofrimento do povo belga durante a Primeira Guerra Mundial, Londres teve a honraria de sediá-los pela segunda vez em virtude do martírio que a cidade havia sofrido durante a guerra, especialmente com os bombardeios perpetrados pela força aérea nazista durante o período de 1940-41, que devastaram a capital inglesa.
Depois de seis anos de um conflito com milhões de vítimas e um custo financeiro impossível de se calcular, tanto a Europa quanto a Grã-Bretanha estavam arrasadas economicamente, o que tornou extremamente árdua a tarefa de organizar os Jogos. De qualquer modo, os organizadores conseguiram fazer um evento digno, restaurando o famoso Estádio de Wembley para servir como palco central dos Jogos Olímpicos, que contou com a participação de 59 nações, com a presença de 4.104 atletas, 370 deles sendo mulheres, em 19 modalidades e foram abertos pelo Rei Jorge VI em pessoa.

Helsinki, 1952















Os XV jogos olímpicos tiveram 69 países e 5.867 atletas participantes. Organização perfeita, assistência técnica moderníssima, hospitalidade e muita ordem caracterizam o trabalho dos finlandeses. Os jogos marcaram o ingresso da URSS no mundo olímpico. E estenderam, até o campo do esporte, a "guerra fria" da política internacional. O maior nome dos jogos foi Emil Zatopek, vencedor de três provas de fundo, excepcional corredor checo apelidado de "a locomotiva humana:".

Os Jogos Olímpicos de 1952 ou Jogos da XV Olimpíada foram realizados em Helsinque, na Finlândia, pátria de alguns dos maiores atletas olímpicos de antes da II Guerra Mundial e de todos os tempos; e foram os maiores deles, Hannes Kolehmainen e Paavo Nurmi, os responsáveis pelo momento mais emocionante da abertura do evento, quando, já homens quase idosos, entraram no estádio conduzindo a tocha olímpica e acendendo a pira sagrada.
Helsinque conquistou o direito de sediar os Jogos no congresso do COI de 1947, derrotando como cidade-candidata as pretensões de Amsterdã, Atenas, Lausanne, Estocolmo e cinco cidades norte-americanas; antes, ela já havia sido escolhida para sediar os Jogos de 1940, cancelados por causa da II Guerra.
Participaram destes Jogos um total de 4.955 atletas, sendo 519 deles mulheres, representando 69 nações, um recorde até então.

Melbourne, 1956




Os XVI jogos olímpicos tiveram 67 países e 3.184 atletas participantes. As provas de hipismo devido à quarentena que as autoridades australianas determinavam para os cavalos vindos do exterior cumpriram-se em Estocolmo. A organização foi, da mesma forma, elogiável, apesar dos sacrifícios que o país teve de suportar para concluí-la segundo os planos. O brasileiro Ademar Ferreira da Silva, que já brilhava em Helsinki, confirmou seu título no salto triplo, tornando-se bi-campeão olímpico.

Os Jogos Olímpicos de Verão de 1956 ou XVI Jogos Olímpicos finalmente atravessaram a linha do Equador e instalaram-se no Hemisfério Sul, mais precisamente no Melbourne Cricket Ground, na cidade de Melbourne, Austrália, que ganhou a indicação para cidade-sede por apenas um voto, entre os dias 22 de novembro e 8 de dezembro, com a participação de 72 nações, representadas por 3314 atletas, sendo 376 mulheres.
Pela primeira vez uma das modalidades esportivas dos Jogos não foram realizadas nem na cidade nem no país anfitrião, com o Hipismo sendo transferido para Estocolmo, Suécia, e disputado cinco meses antes de Melbourne, graças a severas leis australianas relativas à quarentena de animais que impediam a entrada de cavalos estrangeiros no país.
Infelizmente, a política internacional, extremamente tensa naqueles dias de Guerra Fria, foi responsável pelos primeiros boicotes e desistências dos Jogos Olímpicos. A invasão da Hungria por tropas soviéticas naquele ano causou a desistência da Espanha, Países Baixos e Suíça. Os egípcios, iraquianos e libaneses boicotaram o evento em protesto pela presença anglo-francesa, então intervindo com tropas na questão do Canal de Suez. Além disso, uma discussão incontornável entre China e Formosa fez com que a primeira se recusasse a comparecer devido à presença da segunda, num conflito que demoraria 28 anos para ser resolvido.

Roma, 1960
















Os XVII jogos olímpicos tiveram 84 países e 5.396 atletas participantes. Foram um espetacular acontecimento turístico e, como os dois jogos anteriores, um êxito de organização. Pela primeira vez os norte-americanos perderam para os soviéticos no total de medalhas. No entanto, dois atletas dos EUA Wilma Rudolph, sprinter, e Ralph Boston, que bateu o recorde de Jesse Owens no salto em distância foram os heróis dos jogos, assim como o alemão Armin Hary, outro velocista, e as atletas soviéticas.

Os Jogos Olímpicos de Verão de 1960 foram realizados em Roma, a Cidade Eterna, capital da Itália, cinqüenta e dois anos após a cidade ser obrigada a desistir da organização dos Jogos por causa de uma erupção do vulcão Vesúvio, que consumiu a maior parte dos recursos do Estado no atendimento às vítimas da catástrofe. Tendo finalmente sua oportunidade, os romanos aproveitaram para juntar a tradição anciã dos gregos com sua própria antiga e dramática história. As competições de levantamento de peso foram realizadas na Basílica de Maxentius, a ginástica nas Termas de Caracala e o Arco de Constantino, o famoso monumento em homenagem ao primeiro imperador romano cristão, marcou a chegada da maratona.
Abertos em 25 de agosto e se estendendo até 11 de setembro, os Jogos de Roma tiveram a participação de 5.348 atletas, com o número expressivo de 611 mulheres entre eles, representando 83 países dos cinco continentes e foram, pioneiramente, transmitidos ao vivo por mais de cem canais de televisão de 18 países da Europa e mostrados em vídeo tape horas depois nos Estados Unidos, Canadá e Japão.

Tóquio, 1964



















Os XVIII jogos olímpicos tiveram 94 países e 5,565 atletas participantes. Superaram os de Roma em organização e introduziram definitivamente a tecnologia no esporte. O etíope Abebe Bikila tornou-se o primeiro na história a sagrar-se bi-campeão da maratona. A australiana Dawn Fraser, campeã de nado livre, e o jovem norte-americano Don Schollander, que obteve quatro medalhas de ouro, tornaram-se os novos fenômenos da natação universal. Yoshinori Sakai, o atleta japonês que carregou a tocha olímpica na solenidade de abertura, nasceu perto de Hiroshima no exato dia em que ali foi atirada a bomba atômica. Os japoneses o usaram como seu símbolo.

Os Jogos da XVIII Olimpíada foram realizados em Tóquio, no Japão, entre 10 e 24 de outubro de 1964, sendo os primeiros Jogos Olímpicos realizados na Ásia. A cidade já tinha conquistado o direito de realizá-los em 1940, mas a invasão da China pelo Japão os transferiu para Helsinque, na Finlândia. Com a eclosão da II Guerra Mundial em 1939, os Jogos de 1940 foram cancelados.
Em 1958, Tóquio conquistou finalmente o direito de cidade-sede para o ano de 1964, derrotando na votação do Comitê Olímpico Internacional as cidades de Detroit, Bruxelas e Viena.
Abertos pelo Imperador Hirohito em pessoa, com a presença de 5.151 atletas de 93 nações, o momento mais simbólico do evento foi a entrada no estádio, carregando a tocha olímpica, do jovem Yoshinori Sakai, de 19 anos, nascido em Hiroshima no dia 6 de agosto de 1945, o mesmo dia em que a bomba atômica foi detonada sobre a cidade. Sua escolha foi uma homenagem às vítimas do holocausto nuclear e um apelo à paz mundial.

Cidade do México, 1968
















Os XIX jogos olímpicos tiveram 109 países e 6.082 atletas participantes. Organizados pelos mexicanos com tremendas dificuldades financeiras, levaram a um protesto de estudantes. Em vários sentidos os jogos foram tumultuados. Além de manifestações e choques com estudantes nas ruas, com violenta intervenção policial, houve o protesto dos negros norte-americanos, alguns deles do grupo denominado Black Power, que erguiam punhos com luvas negras a cada vitória alcançada. O norte-americano Al Oerter, branco, tornou-se primeiro atleta a sagrar-se tetra-campeão olímpico, no lançamento do disco. Pela primeira vez na história dos jogos olímpicos coube a uma mulher carregar a tocha olímpica: a atleta Norma Enriqueta Basílio.

Os Jogos Olímpicos de 1968 foram realizados na Cidade do México entre 12 e 27 de outubro de 1968. Pela primeira vez os Jogos foram sediados na América Latina e a altitude de 2.300m acima do nível do mar da capital mexicana gerou controvérsias sobre os danos que o ar mais rarefeito poderia causar no desempenho dos atletas. Realmente, a altitude prejudicou o desempenho dos atletas nas provas de resistência e de longa distância, como o ciclismo, a natação e a maratona, mas em compensação ajudou a provocar uma chuva de recordes mundiais e olímpicos nos eventos mais curtos e de esforço mais rápido como as corridas de menos de 800m, halterofilismo, lançamento de dardo e outros.
O ano de 1968 foi um ano bastante confuso e violento, com a guerra do Vietnã, a Revolução Cultural na China, a invasão soviética da Tchecoslováquia acabando com a chamada Primavera de Praga , revoltas estudantis, marchas pelos direitos civis e enfrentamentos raciais por todo o planeta. O México também deu sua contribuição ao clima que marcava esta época, quando tropas federais do governo reprimiram com violência centenas de estudantes durante manifestações na Praça das Três Culturas, dez dias antes da cerimônia de abertura dos Jogos, no que ficou conhecido como o Massacre de Tlatelolco, manchando irremediavelmente o espírito olímpico pregado pelo COI e por seu fundador, o Barão de Coubertin, quase provocando o cancelamento do evento.
Pela primeira vez o número de nações participantes passava da centena, numa demonstração de prestígio, interesse e popularidade inegáveis conquistados pelos Jogos Olímpicos, que atraíram o comparecimento de 112 países, num total de 5.516 atletas, sendo 781 do sexo feminino.
Estes Jogos, que começaram com o percurso da tocha olímpica sendo feito nos rastros da viagem de Cristóvão Colombo, saindo da Espanha através do Atlântico e das ilhas descobertas pelo pioneiro navegador até a costa mexicana e tiveram um grande momento quando pela primeira vez na história uma mulher – a barreirista Norma Enriqueta Basílio – teve a honra de entrar no estádio lotado carregando a tocha para acender a pira com o fogo de Olímpia, acabaram ficando conhecidos como os Jogos dos atletas negros americanos, tanto pela sua performance espetacular nos eventos que participaram, quanto pelos protestos políticos e raciais que trouxeram para dentro do apolítico movimento olímpico.

Munique, 1972






















A célebre foto do chefe dos terroristas de Munique


Os XX jogos olímpicos tiveram 121 países e 8.500 atletas participantes. Os alemães voltaram a dar exemplo de organização gigantesca. Instalações perfeitas, gastos fantásticos, alojamentos de primeira ordem. Destacado de todos os outros com o recorde de sete medalhas de ouro, o nadador norte-americano Mark Spitz foi o campeão entre os campeões. Houve algumas surpresas, como a vitória soviética no basquete e a Polônia n futebol. e mais um registro trágico: o sequestro e assassinato de 11 atletas de Israel por membros do grupo terrorista árabe Setembro Negro.





Foto dos 11 atletas israelenses assassinados


Os Jogos Olímpicos de Munique foram realizados entre 26 de agosto e 10 de setembro de 1972 e até o começo de setembro estavam sendo considerados os melhores, mais pacíficos e tecnicamente perfeitos de todos os tempos, quando foram transformados no maior pesadelo já ocorrido na história das Olimpíadas.
Com a participação recorde de 121 nações e 7.134 atletas, foram organizados pelos alemães para celebrar a paz e nos seus primeiros dez dias a competição esportiva de alto nível ali realizada maravilhava o mundo. Mas na madrugada do dia 5 de setembro, cinco árabes do grupo terrorista Setembro Negro invadiram a vila olímpica, mataram dois membros da equipe de Israel e fizeram outros nove de reféns. O que se seguiu, com a paralisação temporária dos Jogos e a morte de todos os reféns israelenses, ficou conhecido como o Massacre de Munique.
Com todas as bandeiras dos países participantes a meio pau e uma missa no estádio olímpico em honra das vítimas, após 34 horas de interrupção os Jogos voltaram a acontecer, após a insistência e a célebre frase – para uns realista, para outros polêmica e para muitos, infame – do Presidente do COI, Avery Brundage: “Os Jogos devem continuar!”
Todos os outros detalhes que possa haver sobre estes Jogos perdem a significância frente a este ato brutal de terrorismo e morte, acontecido num grande festival esportivo feito para celebrar a vida, mas mesmo assim eles tiveram seus grandes momentos.

Montreal, 1976












O Estádio Olímpico (francês: Le Stade Olympique). O prejuízo financeiro marcou os Jogos de Montreal


Os XXI jogos olímpicos tiveram 89 países e 9.564 atletas participantes, com destaque para as exibições da ginasta romena Nadia Comaneci e da equipe de ginastas russas lideradas por Ludmila Turischeva. Na natação masculina dominaram os norte-americanos, em todos os títulos; na feminina, as representantes da Alemanha oriental. como os jogos de Munique, também os de Montreal foram afetados por problemas políticos, relacionados com República da China e com a Nova Zelândia, contra cuja participação se opuseram as grandes nações negras e norte-africanas, além do Iraque e da Guiana.

Os Jogos Olímpicos de Montreal, no Canadá, realizados entre 17 de julho e 1 e agosto de 1976, com a participação de 6.804 atletas de 92 nações competindo em 21 esportes, foram os primeiro marcados por um grande boicote de nações integrantes do movimento olímpico. Lideradas pela Republica do Congo, 26 nações africanas, o Iraque e a Guiana recusaram-se a participar dos Jogos, em protesto pela recusa do COI em impedir a participação neles da Nova Zelândia, que havia mandando um famoso time de rugby local em excursão pela África do Sul, país banido da comunidade esportiva internacional pela sua política racial do Apartheid, fazendo com que o nível de diversas provas do atletismo ficasse bem abaixo do se poderia esperar, já que os africanos dominavam essas provas.
Montreal, que havia conquistado o direito de sediar os Jogos contra cidades importantes como Los Angeles e Moscou, não foi feliz no seu evento, apesar da boa organização e total segurança – reflexos do pesadelo dos Jogos de Munique em 1972.
Economicamente, os Jogos foram um fracasso, causando o maior prejuízo financeiro da história da competição, mais de 2 bilhões de dólares americanos, levando o Canadá a passar décadas até conseguir quitar os débitos contraídos para a organização do evento. Seu ousado e caríssimo estádio olímpico permanece hoje como um monumento estático do enorme prejuízo financeiro causado pelos altos custos da organização nos mais caros Jogos já realizados. No campo esportivo, mais uma grande decepção. Pela primeira e única vez na história, o país anfitrião terminaria a competição sem conseguir conquistar uma única medalha de ouro.

Moscou, 1980



Os XXII jogos olímpicos tiveram 81 países e 5.748 atletas participantes. Foram marcados por um fato extra-esportivo, o boicote proposto pelos EUA em protesto contra a invasão do Afeganistão pelos soviéticos. Além dos EUA, não compareceram a Moscou delegações da Alemanha ocidental, Japão e vários outros países. Com isso, o panorama esportivo foi denominado pela URSS e Alemanha oriental, que arrebanharam 320 das 629 medalhas. O Brasil conquistou duas medalhas de ouro, no iatismo e duas medalhas de bronze no salto triplo e revezamento 4 X 200 m, na natação.

Os XXII Jogos Olímpicos abertos em Moscou, União Soviética, pelo presidente Leonid Brejnev em 19 de julho de 1980, contaram com a participação de 5.179 atletas de 80 nações, o mais baixo comparecimento aos Jogos desde Melbourne, em 1956, devido ao maior boicote já realizado na história olímpica, quando a ingerência da política no esporte chegou a seu ponto mais alto e decisivo.
No começo de 1980, como protesto contra a invasão soviética do Afeganistão, o presidente norte-americano Jimmy Carter anunciou o boicote de sua nação aos Jogos Olímpicos de Moscou no ano seguinte, conclamando seus aliados pelo mundo a darem o mesmo exemplo; 69 nações, o triplo das nações africanas que se recusaram a participar dos Jogos anteriores em Montreal por questões raciais, seguiram o caminho dos Estados Unidos, levando estes Jogos a um esvaziamento que afetou bastante o nivel técnica de diversas modalidades. Mesmo assim, algumas marcas e desempenhos excepcionais foram produzidos e até atletas de países que apoiaram a ação americana acabaram participando individualmente sob a bandeira olímpica.
Este começo dos anos 80 representou o pior momento vivido pelos Jogos Olímpicos e pelo Comitê Olímpico Internacional em toda a sua existência, com o, obviamente, já esperado boicote a ser feito em troca pela URSS e seus aliados aos Jogos seguintes em Los Angeles, fazendo com que seus dirigentes temessem pela própria extinção das Olimpíadas.

Los Angeles, 1984


Os XXIII jogos olímpicos tiveram cerca de 7.800 atletas participantes e um número recorde de 140 países. No entanto foram prejudicados pelo boicote soviético, que afastou 15 países socialistas das competições. A URSS alegou que a autoridades norte-americanas estavam fazendo dos jogos uma arena política e não garantiam a segurança dos atletas. Os EUA foram os grandes vencedores, com 174 medalhas, seguidos pela Alemanha ocidental, com 59. O atleta que mais se destacou foi o norte americano Carl Lewis, que ganhou quatro medalhas de ouro. O Brasil conquistou uma medalha de ouro, cinco de prata e duas de bronze, no judô.

Os XX Jogos Olímpicos foram realizados na cidade de Los Angeles, EUA, entre 28 de julho e 12 de agosto de 1984, sem a participação de muitos dos países da Europa Oriental, liderados pela URSS, além de países comunistas como Cuba, Coréia do Norte e Etiópia, em retaliação ao boicote liderado pelos norte-americanos aos Jogos de Moscou, realizados quatro anos antes.
Apesar do boicote, que mais uma vez prejudicou o nível técnico de várias modalidades dominadas pelos europeus do leste e pelos cubanos, Los Angeles – candidata única à realização destes Jogos, devido ao receio geral provocado pelos grandes prejuízos econômicos sofridos por Montreal em seus Jogos de 1976 - recebeu a presença de um número recorde de atletas, 6.829 (1566 mulheres, outro recorde) de 140 países e foi coberto por mais de 9.000 jornalistas de todo mundo.
A rica e imponente cerimônia de abertura, oficialmente feita pelo presidente Ronald Reagan, um nativo do estado da Califórnia, local dos Jogos, ocorreu no mesmo estádio olímpico, o Los Angeles Memorial Coliseum completamente remodelado, onde foram realizadas as primeiras Olimpíadas de Los Angeles em 1932 e contou com a emoção da entrada da chama olímpica carregada pela neta de Jesse Owens, o mais emblemático dos heróis olímpicos americanos e grande nome dos Jogos de 1936 em Berlim, além da inesquecível participação do homem-foguete, numa demonstração da tecnologia dos anfitriões.
Mas o mais importante fato destes Jogos foi o anúncio, feito pelo Presidente do Comitê Organizador Peter Ueberroth meses após seu término, de que eles haviam dado um lucro de 200 milhões de dólares, além do lucro indireto à própria cidade, o que sinalizava que, desde que organizados com competência organizacional, parceria com a iniciativa privada e bom senso na administração financeira, os Jogos Olímpicos poderiam ser economicamente viáveis, afastando a sombra de uma extinção provocada pela impossibilidade econômica que pairava sobre eles.

Seul, 1988









Os XXIV jogos olímpicos realizaram-se de 17 de setembro a 2 de outubro, e tiveram mais de 9.600 atletas participantes, provenientes da nada menos de 160 países. Em solidariedade à Coréia do Norte, que se afastou dos jogos por não lhe ser permitindo sediar parte deles, Cuba boicotou o evento, enquanto o Nicarágua declinou do convite devido à sua situação política interna. Os países que mais ganharam medalhas foram a URSS, a República Democrática Alemã e os EUA. Ao brasil couberam seis medalhas, sendo uma de ouro, duas de prata e três de bronze.s, que ganhou quatro medalhas de ouro. O Brasil conquistou uma medalha de ouro, cinco de prata e duas de bronze, no judô.

Os XXI Jogos Olímpicos , oficialmente chamados de Jogos da XXIV Olimpíada, foram realizados em Seul, capital da Coréia do Sul, entre 17 de setembro e 2 de outubro de 1988, com a participação recorde de 159 países e 8.391 atletas, entre eles 2.194 mulheres.
Após os boicotes ocorridos nos jogos anteriores em Montreal, Moscou e Los Angeles, estes Jogos tiveram a presença de nações de todo o planeta, à exceção da Coréia do Norte, sua vizinha comunista, que não teve atendido seu pedido para uma co-participação como sede olímpica e de Cuba.
Países como Etiópia, Ilhas Seychelles e Nicarágua também não participaram devido a dificuldades econômicas para enviarem suas equipes.
Os Jogos de Seul serão sempre lembrados pelo seu fato mais marcante, o escândalo com o velocista canadense Ben Johnson, que teve sua medalha de ouro e seu recorde mundial na prova dos 100 metros rasos cassados por ter corrido dopado, mas alguns de seus principais momentos são inesquecíveis pela emoção e nele foram conquistadas algumas das maiores performances olímpicas da história.

Barcelona, 1992




Seleção brasileira leva o ouro no Vôlei.















A história do esporte mudou definitivamente nos Jogos Olímpicos de Barcelona. A máscara do amadorismo, que exigia dos atletas a hipocrisia de fingir não ter patrocínios e profissão, enfim caiu.
O Comitê Olímpico Internacional admitiu a presença de atletas profissionais de todas as modalidades e permitiu o surgimento do Dream Team, o time de basquete masculino americano que ganhou o ouro com Michael Jordan e Magic Johnson.
Barcelona bateu todos os recordes de participação. Foram 7.108 homens e 2.851 mulheres, de 172 países. Os Jogos também viram o último capítulo da União Soviética, batizada de CEI, que ainda terminaram em segundo lugar, com 102 medalhas (45 de ouro). Os norte-americanos somaram 108, mas com apenas 37 vitórias. O Brasil levou 198 atletas e voltou a ganhar duas medalhas de ouro, além de uma outra de prata.
Pela primeira vez em 40 anos, os Jogos foram realizados sem problemas políticos, ainda que encontrasse um país-sede dividido entre espanhóis e catalães, o que exigiu o hasteamento de duas bandeiras e o entoar de dois hinos diferentes na cerimônia de abertura. Nenhum atleta fez protesto político.

Os XXII Jogos Olímpicos foram realizados em Barcelona, Espanha, terra natal do então presidente do Comitê Olímpico Internacional, Juan Antonio Samaranch, entre 25 de julho e 9 de agosto de 1992 com a participação de todos os países filiados ao COI, 169 nações, pela primeira vez desde os Jogos de Munique em 1972. Num total de 9.356 atletas.
Desde os Jogos anteriores, em 1988, o mundo testemunhou importantes mudanças políticas. O apartheid foi abolido na África do Sul, o que permitiu o retorno deste país aos Jogos, depois de 32 anos de ausência. Com a queda do Muro de Berlim em 1989, a Alemanha voltou a participar como uma só nação, assim como o Iêmen. A União Soviética foi dividida em quinze países independentes após o colapso do comunismo que participaram sob uma só bandeira, a CEI, Comunidade dos Estados Independentes. As repúblicas bálticas da Estônia, Letônia e Lituânia, sob domínio soviético desde a II Guerra Mundial, participaram sob sua própria bandeira como nações independentes, a primeira vez desde 1936.
O desmembramento da Iugoslávia levou a Croácia, a Bósnia e Herzegovina e a Eslovênia a participarem com suas próprias equipes nacionais. A Iugoslávia remanescente não foi aceita nos Jogos, por causa de sua agressão militar aos vizinhos, mas atletas iugoslavos participaram individualmente, sob a bandeira olímpica.
A marcante cerimônia de abertura dos Jogos, feita pelo Rei Juan Carlos em pessoa, emocionou a multidão de espanhóis presentes ao estádio, com a entrada da delegação nacional trazendo à frente como porta-bandeira o próprio Príncipe das Astúrias, herdeiro do trono espanhol, Dom Felipe de Bourbon, integrante da equipe espanhola de vela, 32 anos após a participação de sua mãe, a Rainha Sofia, grega de nascimento, na equipe de vela da Grécia nos Jogos de Roma em 1960. A pira olímpica, num efeito visual espetacular, foi acesa por uma flecha em fogo disparada pelo arqueiro paraplégico Antonio Rebollo.

Atlanta, 1996




Os 100 anos do Movimento Olímpico não poderiam ter sido comemorados de forma mais contraditória. Embora Atlanta tenha tido o privilégio de sediar as maiores e mais sofisticadas Olimpíadas da história, a submissão dos membros do Comitê Olímpico Internacional à máquina norte-americana da Coca-Cola foi um capítulo nebuloso.
Não bastasse isso, os Jogos viveram seu segundo ato de "terrorismo", com a explosão de uma bomba no superlotado Parque Olímpico, que matou duas pessoas e trouxe o medo de volta ao cenário olímpico.
Atlanta ultrapassou a barreira e organizou 17 dias de Jogos, que reuniram o recorde absoluto de 10.750 atletas e 197 países. A previsível vitória norte-americana no quadro geral de medalhas, com 101 de ouro, misturou-se à incrível confusão gerada por falhas constantes em todo o sistema de informática. Pela primeira vez, 52 diferentes nações chegaram à medalha de ouro. Costa Rica, Equador e Síria enfim subiram no lugar mais alto do pódio. Hong Kong faturou sua primeira e última medalha de ouro, já que passou a integrar a China em 97.
Não faltaram estrelas e emoções. A final dos 100m foi tão extraordinária que o namíbio Frankie Fredericks, derrotado pelo jamaicano Donovan Bailey, fez um tempo suficiente para levar o ouro em quaisquer outras Olimpíadas.
O mesmo aconteceu nos 800 metros, onde o quarto colocado, o cubano Norberto Tellez, fez tempo superior a todos os antigos campeões olímpicos. No campo dos fenômenos, certamente o velocista norte-americano Michael Johnson conseguiu ser mais rápido do que Donovan Bailey. O jamaicano correu com velocidade média de 36,26 km/h para marcar o novo recorde mundial dos 100 metros, enquanto Johnson chegou à incrível média de 37,23 km/h para vencer os 200.
Johnson tornou-se o primeiro atleta da história a faturar o ouro olímpico nos 200 e 400 metros nos mesmos Jogos. E ainda por cima com recordes mundiais nas duas corridas. Cinco semanas antes de Atlanta, Michael conseguira quebrar o recorde dos 200m do italiano Pietro Menea, o mais antigo do atletismo, ao correr em 19s72. Nas Olimpíadas, cravou 19s66 e deixou adversários boquiabertos. "Eu achava que o homem mais veloz do mundo era o campeão dos 100m, mas hoje acredito que ele está sentado ao meu lado", declarou Ato Boldon, durante a entrevista coletiva.
O atletismo produziu ainda duas estrelas. A francesa Marie-José Pérec, que também faturou o ouro nos 200 e 400 metros, e o veterano Carl Lewis, vencedor do salto aos 35 anos. Foi sua nona vitória olímpica em quatro Olimpíadas consecutivas.
Curiosa façanha veio com a também jamaicana Merlene Ottey. Ao chegar em terceiro no revezamento 4x100, ela se tornou a primeira mulher a ganhar cinco medalhas de bronze (em quatro Jogos). Outra atleta, a nadadora norte-americana Jenny Thompson, somou cinco medalhas de ouro em sua carreira e igualou o feito da esquiadora Bonnie Blair como a atleta dos Estados Unidos com maior número de vitórias olímpicas.
Os Jogos evidenciaram supremacias bem conhecidas. Os oito primeiros colocados nos 10 mil metros masculinos foram africanos. Nada menos que 11 dos 12 medalhistas do tênis de mesa eram asiáticos.
No campo das emoções, nada mais ilustrativo do que o então recordista mundial do salto em extensão, o norte-americano Mike Powell. Ele se contundiu na quinta tentativa e foi para o último salto mancando. Fez um esforço para embalar e caiu de rosto na caixa de areia, entre lágrimas de dor e decepção. "Nunca me senti mais ferido na mente, no corpo e no coração",avaliou ele, que nunca mais competiu. Outra decepção ficou para o britânico Linford Christie, que queimou duas vezes a largada na final dos 100m, acabou eliminado e se recusou a abandonar a raia.
Fora das pistas e quadras, um certo Richard Jewell virou duas vezes notícia. Quando a bomba de fabricação caseira explodiu no Parque Olímpico, resultando na morte de duas pessoas, o policial se transformou numa celebridade por salvar centenas de outras vítimas. Dias depois, Jewell terminou como o vilão da história, responsabilizado por ele próprio ter colocado a bomba.
Para o Brasil, Atlanta só teve boas recordações. Pela primeira vez, a equipe brasileira somou 15 medalhas numa única edição e pela primeira vez saímos com três novos campeões olímpicos. O iatismo confirmou Robert Scheidt e a dupla Torben Grael/Marcelo Ferreira como as melhores do mundo e o estreante vôlei de praia deram uma inédita medalha de ouro para o esporte feminino nacional. Melhor ainda, realizou a primeira final olímpica totalmente verde-e-amarela da história, já que Jacqueline e Sandra venceram na decisão Mônica e Adriana.
A prata coroou as carreiras de Hortência e Paula no basquete, com direito a idolatria até dos norte-americanos. Gustavo Borges também garantiu um segundo lugar nos 200m e, com outro bronze nos 100m, saiu de Atlanta como o atleta nacional que mais subiu ao pódio olímpico em todos os tempos.
O bronze foi uma surpresa para o 4x100m do atletismo, para o judoca Henrique Guimarães e para a equipe de saltos do hipismo. Confirmou, por seu lado, a competência de Lars Grael no iatismo, do judoca Aurélio Miguel, do nadador Fernando Scherer e do ascendente vôlei feminino. Mas não evitou a frustração do futebol masculino, que perdeu talvez a maior chance de conquistar o único triunfo que lhe falta. Na semifinal contra a Nigéria, vencíamos por 3 a 1, antes de ceder o empate e perder a vaga na final na "morte súbita". O tabu fica para ser vencido em Sydney.

Os Jogos Olímpicos de 1996 em Atlanta marcaram os 100 anos dos Jogos Olímpicos da Era Moderna e foram abertos pelo Presidente dos Estados Unidos Bill Clinton. Foram realizados entre 19 de julho e 4 de agosto de 1996, com a presença de todas as 196 nações filiadas ao Comitê Olímpico Internacional, num total de 10.318 atletas, sendo 3.512 deles, mulheres, competindo em 26 esportes.
A comunidade olímpica internacional acreditava ser direito de Atenas, uma das cidades-candidatas e berço dos Jogos tanto na antiguidade quanto na Era Moderna, de sediar os Jogos da centenária data; entretanto, os delegados do COI, no Congresso de 1990 em Tóquio, elegeram Atlanta como sede para 1996, com 51 votos contra 35 para Atenas.
A escolha provocou protestos, acreditando-se que os executivos do Comitê Organizador de Atlanta haviam usado o poder financeiro da cidade – sede mundial da Coca Cola, principal patrocinador do evento, e da CNN um dos principais canais de televisão do mundo. – para pressionar os membros da entidade a conceder-lhes a honra de sediar a Olimpíada secular, em detrimento da verdadeira cidade que representava o espírito olímpico, Atenas.
Acusações de suborno aos membros do COI foram inclusive veiculadas, sem provas. O Comitê Olímpico justificou sua escolha pelo fato de que acreditavam que a Grécia não teria condições de organizar os Jogos em prazo tão curto, por falta de infraestrutura. De toda maneira, ficou na comunidade atlética e na opinião pública internacional a impressão de serem estes Jogos realizados pelo peso do poder financeiro e super comercializados, o que lhes deu uma áurea de antipatia.
Além disso, os Jogos de Atlanta, que se esperava seriam perfeitos, pelos vultosos recursos investidos em sua organização, apresentaram vários percalços, como um inesperado problema nos transportes, com engarrafamentos monstruosos pela cidade no período dos Jogos dificultando a locomoção entre os locais de competição e o mais grave deles, um atentado cometido com a explosão de uma bomba no Centennial Olympic Park, que resultou na morte de uma pessoa e ferimentos em outras 111.
Em seu discurso de encerramento, o Presidente do COI, Juan Antonio Samaranch, referiu-se aos Jogos recém-terminados com um “Bom trabalho, Atlanta” ao invés do costumeiro “Estes foram os melhores de todos os Jogos Olímpicos” , usados ao final da maioria dos Jogos anteriores.

Sydney, 2000





Com obras grandiosas em estilo futurista, a Austrália mostrou que é muito mais do que um lugar exótico e remoto, habitado por surfistas, aborígenes e cangurus. Some-se a isso o esforço do Comitê Olímpico Internacional para apagar da memória o fiasco dos últimos Jogos, em Atlanta, onde os computadores pifaram e a organização virou um caos. Os australianos conseguiram nada menos que a perfeição.
Para isso, os australianos começaram cedo. Ao todo foram nove anos de preparação - dois quando Sydney ainda era um das cidades candidatas a sediar os Jogos Olímpicos e mais sete depois que ela venceu a disputa - e um investimento de 3,4 bilhões de dólares.
A Olimpíada de 2000, realizada em Sydney, aproveitou toda a beleza da cidade e hospitalidade do povo australiano para fazer uma grande festa. O triatlon fez sua estréia em olimpíadas num belíssimo percurso. Os australianos fizeram bonito não só na organização. mas também na performance de seus atletas, principalmente com Ian Thorpe, na natação, e Cathy Freeman, no atletismo. A delegação brasileira conquistou o expressivo número de 12 medalhas, porém faltou o Ouro. No atletismo, o revezamento 4x100 metros melhorou a participação na Olimpíada anterior e conquistou a medalha de prata. O revezamento 4x100 metros também deu medalha ao Brasil na natação, desta vez a de bronze. No hipismo, a medalha de ouro parecia certa com Rodrigo Pessoa, porém seu cavalou refugou e foi eliminado. Ainda assim os cavaleiros brasileiros obtiveram a medalha de bronze na competição por equipes. No iatismo, Robert Scheidt também era franco favorito para o Ouro, mas ficou com a medalha de prata. O Comitê Olímpico Internacional permitiu a participação de atletas sem índice olímpico representando nações com pouco desenvolvimento esportivo. Mas também não precisava exagerar! A exibição do "nadador" Eric Moussambani, da Guiné Equatorial, nos 100 metros livre foi a cena mais bizarra da Olimpíada. Ele havia aprendido a nadar apenas meses antes dos Jogos e nunca tinha entrado numa piscina oficial antes. Quase se afogou na eliminatória e completou os 100 metros no tempo de 1:52.72, o pior da história. A 24ª Olimpíada da era Moderna foi a primeira realizada parte no inverno, pois foi a segunda no hemisfério sul _a primeira, também na Austrália, em Melbourne-1956, foi em novembro. Livre de boicote e atentado, o maior problema do evento foi o fuso horário, que prejudicou o maior público mundial, o Ocidente. Os EUA, por exemplo, não transmitiram nenhuma prova ao vivo, muito também pela decisão da NBC, que detinha os direitos de transmissão no país. Os brasileiros não se empolgaram tanto, mas não só pela diferença de horário (14 horas durante as competições), mas também pelo fracasso de vários favoritos. Os prometidos protestos aborígenes e ecológicos ficaram restritos ao período pré-Olimpíada. Durante os Jogos, um manifesto chegou a ocupar a ponte da baía de Sydney, pedindo desculpas públicas de autoridades pelas arbitrariedades dos colonizadores ao longo da história. Mas acabou ignorado.

Os Jogos Olímpicos de 2000 em Sydney, Austrália, realizados entre 15 de setembro e 1 de outubro do ano 2000 e também conhecidos como Jogos do Novo Milênio , foram os maiores já organizados até então, com 10.651 atletas de 199 países competindo em 300 eventos esportivos. Apesar de seu gigantismo, ocorreram em atmosfera pacífica e foram perfeitamente organizados, renovando a fé de todos no movimento olímpico.
A Austrália, país anfitrião, preparou-se para seus Jogos com a intenção de tornar-se uma potência olímpica e conquistou a espetacular marca de 58 medalhas, sendo 16 de ouro, ficando na quarta posição no ranking final dos Jogos, a melhor participação de sua história.

Atenas - 2004







Realizada sob o medo do terrorismo, a 28ª Olimpíada da era Moderna, a primeira realizada após os fatídicos ataques de 11 de Setembro nos EUA, foi a que mais se preocupou com segurança na história. Formam gastos US$ 1,5 bilhão com segurança, nada menos do que cinco vezes o valor de Sydney-2000.Os Jogos, no entanto, correram em tranqüilidade. As hostilidades em relação aos norte-americanos, em grande parte devido à invasão do Iraque, ficaram restritas a vaias de torcedores.No aspecto esportivo, a Olimpíada viu a ameaça chinesa aos EUA. Com 32 medalhas, os asiáticos, que vão organizar os Jogos de 2008, em Pequim, ficaram em segundo no quadro, três conquistas atrás dos norte-americanos, e jogaram os russos para o terceiro lugar. Outra surpresa também veio da Ásia. O Japão pulou dez posições no quadro e apareceu em quinto, com 16 ouros --contra apenas cinco quatro anos antes.Com sua maior delegação na história, com 247 atletas, o Brasil viu também seu melhor desempenho, com o recorde de quatro ouros, ultrapassando o feito de Atlanta-96 (três). Em total de medalhas, no entanto, houve retrocesso pela segunda vez seguida: foram dez, contra 12 em Sydney e 15 em Atlanta.Na capital grega, o Brasil fez cinco novos bicampeões olímpicos, que se juntaram a Adhemar Ferreira da Silva, até então o único. Conquistaram o segundo ouro Torben Grael e Marcelo Ferreira, Robert Scheidt, Giovane e Maurício. Torben se tornou também o maior atleta olímpico do Brasil, com dois ouros, uma prata e dois bronzes.

Em 2004 os Jogos Olímpicos voltaram para casa, 108 anos após os I Jogos da Era Moderna em Atenas. Para lá, onde os Jogos se iniciaram, tanto na antiguidade quanto na era moderna, dirigiram-se pela primeira vez na história todos os países do mundo com um comitê nacional olímpico, no total de 201 nações e mais de 11.000 atletas, durante o período de 13 a 29 de agosto de 2004, disputando 28 esportes.
Após um difícil período de controvérsias, sobre e capacidade da Grécia de realizar os Jogos, causado pelo atraso nas obras planejadas pela organização do evento, Atenas contou com uma popularidade nunca antes observada nos Jogos Olímpicos. Mais de três bilhões e setecentos milhões de pessoas através de todo o mundo acompanharam as competições ao vivo, através dos mais modernos meios digitais de rádio e tele-difusão, além da novidade da transmissão também ao vivo pela Internet em alta velocidade, realizada por algumas grandes redes de comunicação.
Jamais em alguma Olimpíada do período pós-guerra o espírito olímpico esteve mais forte entre os atletas que disputaram o arremesso de peso nas ruínas conservadas de Olímpia, no mesmo lugar de disputas de 3.000 anos atrás ou os arqueiros acertando seus alvos em pleno Estádio Panathinaikos, o pioneiro local dos I Jogos de Atenas, completamente


Olimpíadas 2008 - Pequim




As Olimpíadas de Pequim 2008 (Jogos Olímpicos de Beijing - China) nem começaram e já estão mexendo com o mundo. Já é de praxi o mundo inteiro voltar os olhas às Olimpíadas quando o acontecimento se aproxima. O mundo inteiro disputa jogos em nome da paz, da integração da união. No ano de 2008, ocorrerão, na cidade chinesa de Pequim (Beijing), os XXIX Jogos Olímpicos. A abertura será no dia 08 de agosto (cerimônia às 20 horas) e dera durar 3 horas e meia. A cerimônia de encerramento ocorrerá no dia 24 do mesmo mês. O lema dos jogos será "Nova Beijing (Pequim), Grandes Olimpíadas". Serão cinco mascotes (Beibei, Jingjing, Huanhuan, Yingying e Nini) representando, com suas cores, os cinco continentes e arcos do símbolo dos Jogos Olímpicos. As Olimpíadas acontecerão num momento de grande desenvolvimento da economia da China. Milhões de dólares estão sendo investidos na construção de complexos esportivos, sistemas de transporte, alojamentos para atletas, entre outros.
Grupos que defendem a independência do Tibet, como "Estudantes pelo Tibet Livre", iniciaram uma campanha de protestos para Pequim 2008. O "Movimento do Povo Tibetano" também exigiu que o Tibet fosse representado por sua própria bandeira durante Pequim 2008. O ator Richard Gere, em sua posição como presidente da "Campanha Internacional para o Tibet" pediu um boicote das Olimpíadas Pequim 2008 como forma de pressionar a China fazer o Tibet independente. A organização pela liberdade de imprensa "Reporters Without Borders" tem defendido o boicote da Olimpíada Pequim 2008, expressando sua preocupação com a violação da liberdade de expressão e direitos humanos na China. Ela espera que a pressão internacional e petição possa ter efeito na liberação dos prisioneiros de consciência.

Os Jogos Olímpicos de Verão de 2008, oficialmente conhecidos como os Jogos da XXIX Olimpíada, serão realizadas em Pequim na República Popular da China de 8 a 24 de Agosto de 2008, com a cerimônia de abertura marcada para acontecer às 8:08 da noite em 8 de Agosto de 2008 (o número 8 tem significado de prosperidade na cultura chinesa). Alguns eventos serão realizados em instalações construídas em cidades vizinhas e na cidade litorânea de Qingdao. Os eventos eqüestres serão sediados em Hong Kong, tornando-se a segunda vez na história que os Jogos Olímpicos serão realizados em dois Comitês Olímpicos Nacionais (CON) diferentes.



Jogos Olímpicos de 2012





As Olimpíadas de Verão de 2012, Jogos Olímpicos de 2012 ou ainda Olimpíadas de 2012, oficialmente chamada de XXX Jogos Olímpicos, será realizada na cidade de Londres, de 27 de Julho a 12 de Agosto de 2012, seguido pelos Jogos Paraolímpicos de 2012 de 29 de Agosto a 9 de Setembro.
Londres passará a ser a primeira cidade a sediar os Jogos Olímpicos modernos, três vezes, tendo anteriormente o feito em 1908 e 1948.



Jogos Olímpicos de 2016


As Olimpíadas de Verão de 2016, Jogos Olímpicos de 2016 ou ainda Olimpíadas de 2016 (oficialmente chamada de XXXI Jogos Olímpicos) é o maior festival internacional cultural e de esportes celebrado em tradição aos Jogos Olímpicos, coordenados pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). Enquanto a cidade sede não é definida, várias cidades pelo mundo declararam seu interesse em sediar o evento. A cidade sede será anunciada na 121ª Sessão do COI em Copenhagen, Dinamarca, em 2 de Outubro de 2009. As Paraolimpíadas de 2016 serão realizadas após o evento principal na mesma cidade. As candidaturas são: Azerbaijão (Baku), EUA (Chicago), Qtar (Doha), Espanha (Madrid), República Checa (Praga), Brasil (Rio de Janeiro), e Japão (Tóquio).



Jogos Olímpicos de 2020


A sede dos Jogos Olímpicos de Verão de 2020 será anunciada em 2013. Especula-se sobre várias candidaturas em potencial como Brasil, Argentina, Canadá, México, EUA, Portugal, Dinamarca, etc.


Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jogos_Ol%C3%ADmpicos
fonte: http://www.birafitness.com/histdasolimpiadas.htm#stlouis1904

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