O Prefeito, a revolução política do ano, derrota a até então imbatível candidata do PT, Marta Suplicy. Confira aqui no blog esta vitória e também as do Rio de Janeiro e Belo Horizonte
Está confirmada a reeleição de Gilberto Kassab (DEM) para a Prefeitura de São Paulo. Com 86,57% das urnas apuradas, o prefeito paulistano tem 61,40% dos votos válidos contra 38,6% de Marta Suplicy (PT) e não pode mais ser superado pela petista no segundo turno das eleições municipais. Votos brancos somam 2,62% e nulos, 5,05%. O índice de abstenção até aqui é de 17,67%. Em entrevista que concedeu logo após saber dos resultados das pesquisas de boca-de-urna, Kassab agradeceu à população paulistana e disse dividir a alegria com o governador de São Paulo, José Serra (PSDB). Mais tarde, após divulgação de parcial com 82% da urnas apuradas, mesmo antes de a vitória de Kassab se confirmar matematicamente, Marta Suplicy admitiu a derrota. Ela falou por apenas 41 segundos e deixou a entrevista coletiva chorando.Marta agradeceu aos eleitores, à militância, aos sindicatos e partidos que a apoiaram e disse que "agora cabe ao povo de São Paulo fiscalizar e cobrar os compromissos assumidos pelo novo prefeito". "Da minha parte, eu desejo o melhor para nossa cidade", concluiu.Até há pouco tempo desconhecido dos paulistanos, o prefeito Gilberto Kassab (DEM), que substituiu o governador José Serra (PSDB) em 2006, torna-se, com a vitória na disputa pela prefeitura da maior cidade do país, uma das maiores lideranças do antigo PFL. O prefeito cresceu ao longo da campanha e abocanhou o lugar de Geraldo Alckmin (PSDB) no 2º turno com Marta Suplicy (PT). Chegou inclusive a ficar à frente dela no dia 5, ao contrário do que diziam as pesquisas. No primeiro turno, o prefeito teve 33,61% dos votos, contra 32,79% da petista.Apesar dos ataques de Marta à sua vida pessoal, em uma peça publicitária na qual perguntava se o eleitor sabia se Kassab era casado e tinha filhos, e a seu passado como secretário do ex-prefeito Celso Pitta (1997-2000), o prefeito reeleito soube aproveitar-se dos altos índices de aprovação a seu governo. Nem mesmo a vinculação de Marta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que vem batendo recordes de popularidade, foi suficiente para derrotar o político do DEM.Mesmo antes de terminada a apuração oficial dos votos, a candidata Marta Suplicy (PT) reconheceu sua derrota em São Paulo, assim como o candidato Fernando Gabeira (PV), no Rio de Janeiro.Por volta das 19 horas, Marta falou com a imprensa. Na frente de sua residência, e em companhia do deputado federal Aldo Rebelo (PC do B), Marta disse que já havia telefonado para o adversário Gilberto Kassab (DEM) para cumprimentá-lo pela vitória."Acabei de telefonar ao prefeito Kassab para parabenizá-lo e quero agradecer aos milhões de eleitores que tiveram confiança e votaram em mim. E à militância do PT, que foi muito aguerrida", disse Marta, que apareceu à porta da sua casa ao lado do candidato a vice, o deputado federal Aldo Rebelo (PC do B). "Agora cabe ao povo de São Paulo apoiar e fiscalizar os compromissos assumidos pelo novo prefeito", completou a petista.
Quem é Kassab, prefeito reeleito de SP?
Engenheiro e economista formado pela USP, Gilberto Kassab, 48 anos, é filho de um médico e uma professora. Nasceu no bairro de Pinheiros e estudou no tradicional colégio Liceu Pasteur.
O prefeito começou na política aos 24 anos participando do Fórum de Jovens Empreendedores da Associação Comercial de São Paulo (FJE-ACSP), criado em 1984 pelo empresário e presidente da ACSP, Guilherme Afif Domingos. Cinco anos depois, trabalhou na campanha de Afif à Presidência da República. Foi diretor do Sindicato dos Corretores de Imóveis e vice-presidente da ACSP.Em 1992, foi eleito vereador em São Paulo pelo PL, partido do padrinho Afif na época. Dois anos depois, chegou à Assembléia Legislativa e, em 1998, à Câmara dos Deputados, onde foi reeleito com a nona maior votação de São Paulo (230.796 votos). Em 2004, foi eleito vice-prefeito na chapa de José Serra, que deixou o cargo em 2006 para disputar o governo estadual.
Antes de ser indicado pelo PFL a vice na chapa de Serra, Kassab chegou a ser cogitado em 2002 como candidato ao governo estadual pelo partido, que apostava na candidatura de Roseana Sarney à Presidência. Com a verticalização das coligações imposta pelo TSE, o PFL não poderia se coligar com o PSDB pela reeleição de Alckmin no Estado se tivesse nome para o Palácio do Planalto. Em maio, o partido voltou atrás e declarou apoio ao tucano, com a concordância de Kassab, na época membro da direção da legenda. O partido também desistiu de lançar nome próprio à Presidência.Em 2004, o PFL paulista pressionou os tucanos a definirem um nome para disputar a prefeitura da capital – preferencialmente Serra –, sob a ameaça de lançarem candidatura própria. À frente do movimento estava Kassab.Os pefelistas lançaram o deputado federal José Aristodemo Pinotti como pré-candidato e Kassab chegou a dizer que a decisão do partido era “irreversível”. Quinze dias depois, o partido já admitia a possibilidade de aliança com o PSDB, quando Kassab passou a ser cotado como vice de Serra. O hoje prefeito dizia não ter interesse. “Um dia quero ser vice, mas não agora”, disse em junho de 2004. A indicação não agradou a vários membros do PSDB pela relação de Kassab com o ex-prefeito Celso Pitta. Ele havia sido secretário municipal de Planejamento do ex-aliado de Paulo Maluf entre 1997 e 1998. Kassab também não agradava a Serra no início. O tucano preferia outros nomes, mas o PFL não concordou.Kassab então comparou a situação com a do ex-ministro José Dirceu e seu assessor Waldomiro Diniz, acusado de receber propina de um empresário. "Assim como o José Dirceu não aceitaria ter o Waldomiro Diniz de volta como assessor, eu não seria secretário do Pitta de novo", disse o hoje prefeito. De 1994 a 1998, seu patrimônio cresceu 316%, descontada a inflação, de R$ 102 mil para R$ 985 mil. Nesse período, Kassab foi secretário de Pitta e deputado estadual. A Promotoria de Justiça da Cidadania de São Paulo chegou a abrir inquérito civil em julho para investigar eventual enriquecimento ilícito de Kassab e de seu sócio, o hoje secretário municipal Rodrigo Garcia (DEM). Kassab alegou que sua atividade empresarial havia crescido. Em dezembro, a Justiça autorizou a quebra de sigilo do vice-prefeito eleito, mas a liminar foi derrubada logo depois. O prefeito declarou patrimônio ao TSE neste ano de R$ 5.107.628,31.A um mês do 1º turno, Serra disse que só deixaria prefeitura antes de terminar o mandato “se Deus lhe tirasse a vida”. Naquela campanha, Marta já insistia em vincular os adversários a Pitta, como fez na eleição de 2008. “É a turma do Pitta de volta na cidade de São Paulo", disse a petista no debate de 2º turno em 2004 na TV Bandeirantes. Quando começaram os rumores da candidatura de Serra à Presidência, em 2006, os aliados de Alckmin criticaram o abandono da prefeitura com um ano e meio de mandato. No dia 31 de março, Serra deixou a prefeitura para disputar o governo estadual. Sobre Kassab, o tucano falou: “Muda o maestro, mas permanece a orquestra”.O prefeito começou seu mandato com uma greve de professores da rede municipal em curso. Kassab mantinha uma administração discreta até o surgimento do projeto Cidade Limpa, polêmico porque ameaçava os lucros das agências de publicidade. O episódio que o tornou menos desconhecido da população ocorreu em razão do projeto. Em fevereiro do ano passado, chamou de “vagabundo” a um homem que protestava contra o serviço de saúde e a Lei Cidade Limpa na inauguração de uma AMA na zona norte.
Como foi a campanha
A ex-prefeita Marta liderou as pesquisas desde o início da campanha. Ela começou com 38% em levantamento feito pelo Datafolha em 5 de julho, contra 31% de Alckmin e apenas 13% de Kassab. Assim que o horário eleitoral na TV e no rádio começou, em 19 de agosto, uma nova rodada registrou a queda do tucano. Marta aparecia com 41%, contra 24% de Alckmin e 14% do prefeito. Em 6 de setembro, o Datafolha já identificava o empate entre os candidatos do PSDB e do DEM. No dia 30, o instituto divulgava a ultrapassagem de Kassab. Enquanto Alckmin mostrava suas realizações como governador, Marta e Kassab comparavam gestões na prefeitura. A polarização da discussão entre os candidatos do PT e do DEM durante toda a eleição já prenunciava o 2º turno. O tucano ficou sem discurso definido, já que não era oposição e poderia ser considerado parcialmente situação – o PSDB integra a administração de Kassab.A ex-prefeita insistiu em várias ocasiões que Kassab teria feito muito menos com orçamento quase duas vezes maior. O prefeito respondia que Marta teria deixado a prefeitura com milhões em dívidas e quase nenhum dinheiro em caixa. Marta apoiou sua campanha nas realizações de sua gestão na área de transportes (bilhete único e corredores de ônibus) e educação (CEUs), e sua principal bandeira foi o projeto de internet banda larga sem fio e gratuita para todos. Já o prefeito exibiu a criação das AMAs, a lei Cidade Limpa, a expansão dos CEUs, a construção de dois hospitais e o investimento no metrô. A forte identificação de Marta com o bilhete único, criado em sua administração, levou Kassab a ampliar o prazo de duração do benefício de duas para três horas. A medida foi tomada em julho, em plena campanha eleitoral, mas o prefeito negou as acusações de interesse eleitoral.
PSDB x DEM
As brigas no PSDB paulistano sobre lançar candidatura própria ou apoiar o prefeito tomaram conta do noticiário político desde o início do ano. A ala dos tucanos que fazia parte da administração Kassab ficou com o DEM e foi acusada de infidelidade partidária pelos aliados de Alckmin. Alguns dos principais líderes nacionais dos tucanos, como o governador José Serra e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, defenderam o apoio ao prefeito e pouco se empenharam na campanha de Alckmin. Mais tarde, formalmente, disseram aderir a Alckmin. No início da campanha, Alckmin chegou a dizer que Kassab não era seu adversário e que ele, Alckmin, teria o apoio de todo o PSDB no 2º turno. Quando o prefeito o ultrapassou nas pesquisas, o tucano mudou de idéia, trocou de marqueteiro e adotou um tom mais agressivo. Na propaganda na TV, lembrava sua história de “coerência” no PSDB e associava Kassab ao ex-prefeito Celso Pitta.
Quem é Marta
Kassab derrotou a petista Marta Suplicy, 63 anos, que perdeu a segunda eleição sucessiva para e prefeitura (em 2004, José Serra venceu a candidata). Formada em psicologia pela PUC-SP, Marta tem mestrado nos Estados Unidos e especialização em psicanálise. Foi casada por 37 anos com o senador Eduardo Suplicy (PT), de quem se separou em 2001. Tornou-se conhecida na década de 80 ao apresentar um quadro sobre sexologia no programa TV Mulher, da Rede Globo. A sexóloga filiou-se ao PT em 1983 e foi eleita deputada federal onze anos depois. Disputou o governo estadual em 1998 e dois anos depois foi eleita prefeita. Em 2004, foi derrotada por José Serra na disputa pela reeleição. No início de junho, Marta deixou o cargo de ministra do Turismo, que ocupava desde março de 2007.
UM TRIUNFO TAMBÉM PARA JOSÉ SERRA
Um dos grandes beneficiados com a vitória de Kassab é o governador de São Paulo, José Serra (PSDB). Discípulo do tucano, Kassab é presidente do Conselho Político do Democratas, instância partidária responsável por orientar a articulação de alianças. Ele deve se tornar o principal defensor do apoio do partido à candidatura presidencial de Serra.O governador se manteve distante da campanha em São Paulo no primeiro turno. Após a decisão do PSDB em lançar candidatura própria, Serra encontrou na discrição a melhor estratégia. O tucano gravou apenas um único depoimento para a propaganda de Alckmin e apareceu num jantar que reuniu a cúpula tucana na capital paulista.Sem a existência de duas candidaturas com a mesma base de apoio, Serra pôde figurar sem constrangimento ao lado de Kassab. Numa cerimônia oficial, o prefeito deixou-se fotografar ao lado do governador segurando um cheque simbólico de R$ 198 milhões, valor referente aos recursos municipais destinados às obras do metrô. O PT acusou Kassab de utilizar a máquina pública e entrou com um pedido de cassação da candidatura. A Justiça rejeitou a impugnação, mas atribuiu uma multa de R$ 5 mil ao democrata.
RIO DE JANEIRO
Eduardo Paes (PMDB) tornou-se o novo prefeito do Rio de Janeiro neste domingo, com 50,78% dos votos válidos, após uma acirrada disputa com Fernando Gabeira (PV), que terminou com 49,22%. A diferença de votos entre os dois foi de 50.000. Durante a apuração, a liderança chegou a trocar de mãos quatro vezes, mas na reta final o peemedebista assumiu a liderança.
Gabeira já concedeu uma entrevista coletiva para admitir a derrota. Ele agradeceu ao povo do Rio de Janeiro pelos votos recebidos e manteve seu compromisso de ajudar a cidade, mesmo sem o governo. Gabeira afirmou que vai articular com a iniciativa privada medidas na campanha contra a dengue.Até o dia da votação, as pesquisas de intenção de voto apontavam um empate técnico entre os candidatos. Paes aparecia com 51% das intenções, enquanto Gabeira tinha 49%, segundo a pesquisa divulgada no sábado pelo Ibope. Até mesmo no domingo a pesquisa de boca-de-urna do instituto apontava o mesmo empate técnico.Gabeira saiu da lanterninha para o segundo lugar com uma campanha que conquistou a rica e escolarizada Zona Sul e, depois, contagiou a Zona Norte. Graças a esse desempenho, ele conseguiu reduzir a vantagem de Paes a apenas 6 pontos no primeiro turno, quando mesmo as pesquisas mais favoráveis a Gabeira apontavam 12 pontos de diferença entre os dois candidatos. Paes fechou a votação com 31,98% e Gabeira com 25,61%, derrotando o senador Marcelo Crivella (PRB), que teve 19,06% dos votos. Crivella chegou a liderar as primeiras pesquisas de intenção de voto.Já Eduardo Paes sofreu um processo de impugnação movido pela adversária Solange Amaral (DEM), que o acusou de ter deixado o cargo de secretário estadual após o prazo legal para a desincompatibilização. O processo chegou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Paes saiu vitorioso. Sua arrancada começou com o apoio do governador do Rio, Sérgio Cabral, que também é do PMDB.No segundo turno, a disputa acirrou-se ainda mais. A batalha mais emblemática entre Paes e Gabeira teve palco na Zona Oeste do Rio, a mais pobre da cidade. Gabeira perdeu votos nessa área ao chamar a vereadora Lucinha, a mais votada da cidade e sua aliada, de "analfabeta política, com uma visão suburbana". Na reta final, Paes conseguiu ainda sublinhar que o conhecimento de Gabeira sobre o Rio é falho. A partir de então a campanha do PV começou a perder fôlego.Diante do quadro, os candidatos tomaram o cuidado de não fazer qualquer tipo de comemoração antecipada. Neste domingo, logo após votar, Gabeira admitiu que o pleito seria decidido voto a voto. "Essa eleição é uma corrida de cavalos. Vai ser uma decisão apertada, mas como tenho nariz grande, quem sabe eu saia na frente", afirmou. Paes deixou claro que as últimas pesquisas de intenção de voto impediam qualquer tipo de "já ganhou" de ambas as partes. "O importante é que o Rio de Janeiro saia unido após a eleição. Esta é uma cidade que tem muitos contrastes, mas que tem seu charme na união das diferenças", disse. Gabeira concedeu uma entrevista coletiva para admitir a derrota. Ele agradeceu ao povo do Rio de Janeiro pelos votos recebidos e manteve seu compromisso de ajudar a cidade, mesmo sem o governo. Gabeira afirmou que vai articular com a iniciativa privada medidas na campanha contra a dengue. Ele aproveitou para criticar o que considerou uma "campanha suja" de seu adversário. Gabeira disse que desviar material de merenda escolar para fazer boca-de-urna é algo "além do aceitável".
BELO HORIZONTE
Fruto da polêmica dobradinha delineada pelo governador Aécio Neves (PSDB) e pelo prefeito Fernando Pimentel (PT) em Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB) sai do anonimato político para comandar uma das capitais mais importantes do país, a partir de 2009.
Pesquisa boca-de-urna deste domingo (26) apontava a vitória de Lacerda com 56%. Levantamento realizado pelo Datafolha de 21 e 22 de outubro, o último destas eleições, também mostrou o candidato na frente, com 45%, ultrapassando o adversário. No último debate da eleição, transmitido pela TV Globo, Lacerda disse ser muito difícil concluir as obras somente com recursos públicos e sinalizou com parceria público-privada. O socialista prometeu dez mil novas moradias para pessoas que vivem em áreas de risco. Com a vitória, o novo prefeito cacifa os idealizadores da sua candidatura - Aécio e Pimentel - para a disputa do pleito de 2010 (os dois são possíveis nomes a concorrer à Presidência da República e ao governo de Minas, respectivamente).A despeito de angariar opositores ao processo de união entre PT e PSDB dentro e fora do Estado, o governador e o prefeito conseguiram, apesar dos percalços, salvar a imagem política empenhada na eleição de Marcio Lacerda.Mineiro de Leopoldina, o novo prefeito de Belo Horizonte tem 62 anos, é casado e pai de três filhos. Iniciou sua carreira política nos movimentos estudantis e passou quatro anos preso durante o regime militar. Ao sair, conseguiu construir trajetória bem-sucedida como empresário do setor de telecomunicações (anunciou patrimônio ao TRE-MG de cerca de R$ 55 milhões).Foi secretário-executivo do Ministério da Integração, durante a gestão de Ciro Gomes (considerado seu padrinho político), no primeiro mandato do presidente Lula. Em 2007, a convite de Aécio, assumiu a Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Recém-admitido no PSB, Lacerda foi exonerado este ano para concorrer ao pleito majoritário. O ex-secretário encabeçou a chapa Aliança por BH, com o vice do PT, deputado estadual Roberto Carvalho.Apesar de cotado para vencer ainda no primeiro turno, Lacerda foi obrigado a confrontar Leonardo Quintão (PMDB), que empreendeu arrancada surpreendente na reta final da primeira etapa e forçou a realização de segundo turno. O peemedebista encostou e quase emparelhou a disputa ao conseguir 41% dos votos, contra 43% de Lacerda. Além da surpresa causada pelo insucesso do primeiro turno, Lacerda partiu ao ataque motivado por pesquisas de intenção de voto que anunciaram sua retirada da liderança, conquistada agora por Quintão no reinício da disputa.Lacerda adotou tom bem mais agressivo na campanha e passou a trocar constantes acusações contra Leonardo Quintão (PMDB), adversário do segundo turno.A campanha assim atingia seu clímax de animosidade. De um lado, Quintão pedia proteção à PF (Polícia Federal) por suposta ameaça de morte recebida. Coordenadores de campanha do peemedebista atribuíram ao novo comandante da campanha de Lacerda no segundo turno, o deputado federal Virgílio Guimarães (PT), a conclamação de militantes para atos de agressão ao concorrente. O petista negou as acusações.Por sua vez, Lacerda foi ao STF (Supremo Tribunal Federal) com interpelação para que o adversário se retratasse de comentário dado a um jornal de Belo Horizonte no qual Quintão havia minimizado a resistência de Lacerda durante a ditadura militar. O peemedebista declarou que Lacerda foi um detento comum e não preso político durante o regime.A campanha de Lacerda ainda incorporou nas inserções veiculadas na TV vídeo no qual Quintão conclama vitória e dizia ainda que iria "chutar a bunda" dos adversários. As imagens foram capturadas durante convenção do PMDB na cidade de Ipatinga, administrada pelo pai, Sebastião Quintão (PMDB), que tentava a reeleição, mas foi derrotado por candidato do PT.
Na reta final da campanha no segundo turno, para aumentar o clima de tensão, hackers invadiram o site de campanha do socialista, que ficou 12 horas fora do ar.
Outro reforço de peso no segundo turno foi a incorporação do marqueteiro político Duda Mendonça, que foi chamado para ser uma espécie de "consultor" da campanha de Lacerda.
fontes: http://eleicoes.uol.com.br/2008/belo-horizonte/lacerda_eleito.jhtm
http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/eduardo-paes-eleito-50-78-votos-395055.shtml
domingo, 26 de outubro de 2008
domingo, 19 de outubro de 2008
Morre Eloá!
Eloá tem morte cerebral confirmada por médicos; família definirá doação de órgãos
Em nome de minha família e do Brasil, solidarizo-me com a família desta jovem que perde a vida de uma maneira tão horrível. O Brasil está de luto, com certeza.
SÃO PAULO - A jovem Eloá, de 15 anos, sequestrada por mais de 100 horas pelo ex-namorado, Lindembergue Alves, de 22 anos, teve morte cerebral, informou a equipe médica do Centro Hospitalar Santo André. A adolescente é mantida viva por ajuda de aparelhos. A equipe médica aguardará a morte natural, já que a eutanásia, o ato de desligar os aparelhos, é proibida pela legislação brasileira. Os médicos informam que é impossível prever uma data para morte caso a família não permita a doação dos órgãos. Ela entrou em coma irreversível na tarde deste sábado. Se o aval for confirmado, uma equipe especializada nesse tipo de intervenção já foi enviada ao Centro Hospitalar de Santo André. Antes de confirmar a morte cerebral, os médicos informaram que foram realizados exames específicos, mas Eloá não apresentou nenhuma atividade cerebral. A confirmação do estado da jovem veio às 23h30. O Secretário de Saúde de Santo André, Dr. Homero Duarte, já afirmara que a sobrevivência de Eloá era improvável. Segundo Duarte, para avaliar uma morte encefálica são necessárias duas equipes médicas. Os pais das jovens estão em observação no hospital, auxiliados por psicólogos e psiquiatras.
Exame mostra onde bala ficou alojada no cérebro da jovem Eloá
A diretora do Centro Médico Hospitalar de Santo André, Rosa Aguiar, explicou que a bala não pode ser retirada. O projétil entrou pelo lado direito da testa e ficou alojado no lado direito da nuca, o que prejudica o quadro da jovem. A lesão no cérebro foi agravada pelos fragmentos da bala, causando um quadro chamado lesão térmica, que contribui com o aumento do edema. O outro disparo, que atingiu a virilha de Eloá, foi retirado. Baleada na cabeça, ela perdeu muito sangue e massa encefálica. A outra jovem, Nayara, que levou um tiro no rosto, passa bem, segundo informações do cirurgião buco-maxilo-facial, Gabriel Pastore. Nayara, internada na unidade de terapia semi-intensiva, não deve ter sequelas e a previsão é que seja liberada em sete dias. Ela ainda não foi informada da morte cerebral da amiga. "Ela está tendo uma melhora progressiva", afirmou o médico. A jovem apresenta muita sonolência, mas, de acordo com o médico, isso "é normal". O maior risco para a jovem é o perigo de infecção.
Serra foi ao Centro Hospitalar
O governador de São Paulo, José Serra, foi ao centro hospitalar para visitar as jovens durante a madrugada. O prefeito de Santo André, João Avamileno, também compareceu ao hospital por volta de 9h da manhã para prestar solidariedade à família das vítimas.
Amigo se emociona diante do hospital
O caso
O sequestro começou na segunda-feira (13). Lindemberg invadiu o apartamento de Eloá por volta das 13h30, por estar inconformado com o fim do relacionamento com a estudante. Na terça-feira, ele libertou a amiga da ex-namorada, Nayara, que foi rendida novamente na manhã de quinta-feira. Seu retorno foi pedido pelo sequestrador como condição para a libertação de Eloá, mas, quando a menina entrou no apartamento, se tornou refém de novo. Apesar de amigos dizerem que Lindemberg é uma pessoa “tranqüila”, o coronel disse que durante toda a operação o comportamento do sequestrador variou muito entre o agressivo e o compreensivo. Félix ainda afirmou que, segundo Nayara, o adolescente agredia a ex-namorada. Ele defendeu a atuação da polícia no caso, afirmando que tentaram preservar a vida de todos, mas que a ocorrência era de “alto risco”. “Do mesmo jeito que estão questionando agora, poderiam estar aplaudindo”, afirmou.
fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br
Em nome de minha família e do Brasil, solidarizo-me com a família desta jovem que perde a vida de uma maneira tão horrível. O Brasil está de luto, com certeza.
SÃO PAULO - A jovem Eloá, de 15 anos, sequestrada por mais de 100 horas pelo ex-namorado, Lindembergue Alves, de 22 anos, teve morte cerebral, informou a equipe médica do Centro Hospitalar Santo André. A adolescente é mantida viva por ajuda de aparelhos. A equipe médica aguardará a morte natural, já que a eutanásia, o ato de desligar os aparelhos, é proibida pela legislação brasileira. Os médicos informam que é impossível prever uma data para morte caso a família não permita a doação dos órgãos. Ela entrou em coma irreversível na tarde deste sábado. Se o aval for confirmado, uma equipe especializada nesse tipo de intervenção já foi enviada ao Centro Hospitalar de Santo André. Antes de confirmar a morte cerebral, os médicos informaram que foram realizados exames específicos, mas Eloá não apresentou nenhuma atividade cerebral. A confirmação do estado da jovem veio às 23h30. O Secretário de Saúde de Santo André, Dr. Homero Duarte, já afirmara que a sobrevivência de Eloá era improvável. Segundo Duarte, para avaliar uma morte encefálica são necessárias duas equipes médicas. Os pais das jovens estão em observação no hospital, auxiliados por psicólogos e psiquiatras.
Exame mostra onde bala ficou alojada no cérebro da jovem Eloá
A diretora do Centro Médico Hospitalar de Santo André, Rosa Aguiar, explicou que a bala não pode ser retirada. O projétil entrou pelo lado direito da testa e ficou alojado no lado direito da nuca, o que prejudica o quadro da jovem. A lesão no cérebro foi agravada pelos fragmentos da bala, causando um quadro chamado lesão térmica, que contribui com o aumento do edema. O outro disparo, que atingiu a virilha de Eloá, foi retirado. Baleada na cabeça, ela perdeu muito sangue e massa encefálica. A outra jovem, Nayara, que levou um tiro no rosto, passa bem, segundo informações do cirurgião buco-maxilo-facial, Gabriel Pastore. Nayara, internada na unidade de terapia semi-intensiva, não deve ter sequelas e a previsão é que seja liberada em sete dias. Ela ainda não foi informada da morte cerebral da amiga. "Ela está tendo uma melhora progressiva", afirmou o médico. A jovem apresenta muita sonolência, mas, de acordo com o médico, isso "é normal". O maior risco para a jovem é o perigo de infecção.
Serra foi ao Centro Hospitalar
O governador de São Paulo, José Serra, foi ao centro hospitalar para visitar as jovens durante a madrugada. O prefeito de Santo André, João Avamileno, também compareceu ao hospital por volta de 9h da manhã para prestar solidariedade à família das vítimas.
Amigo se emociona diante do hospital
O caso
O sequestro começou na segunda-feira (13). Lindemberg invadiu o apartamento de Eloá por volta das 13h30, por estar inconformado com o fim do relacionamento com a estudante. Na terça-feira, ele libertou a amiga da ex-namorada, Nayara, que foi rendida novamente na manhã de quinta-feira. Seu retorno foi pedido pelo sequestrador como condição para a libertação de Eloá, mas, quando a menina entrou no apartamento, se tornou refém de novo. Apesar de amigos dizerem que Lindemberg é uma pessoa “tranqüila”, o coronel disse que durante toda a operação o comportamento do sequestrador variou muito entre o agressivo e o compreensivo. Félix ainda afirmou que, segundo Nayara, o adolescente agredia a ex-namorada. Ele defendeu a atuação da polícia no caso, afirmando que tentaram preservar a vida de todos, mas que a ocorrência era de “alto risco”. “Do mesmo jeito que estão questionando agora, poderiam estar aplaudindo”, afirmou.
fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Tragédia em Santo André
O mais longo caso de cárcere privado da história do País acaba em tragédia!!!
A jovem Eloá, de 15 anos, que foi mantida refém durante quatro dias pelo ex-namorado, Lindemberg Alves, 22 anos, está internada em estado grave após ter sido baleada na cabeça e na virilha esquerda. Ela passa por cirurgia no Centro Hospitalar de Santo André. A amiga da adolescente, Nayara, que voltou a ser mantida em cárcere privado nesta quinta-feira e é atendida no mesmo hospital, foi baleada na face, mas está consciente e consegue falar. As informações são da diretora do centro hospitalar, Rosa Maria Pinto. A imprensa chegou a noticiar que a assessoria do Palácio dos Bandeirantes havia informado que Eloá tinha morrido, pouco depois de chegar ao hospital. Procurada pelo Último Segundo, tanto a assessoria do Palácio dos Bandeirantes como a da Secretaria de Segurança Pública e do hospital de Santo André não confirmaram a morte da jovem.Lindemberg saiu do apartamento algemado e aparentemente sem ferimentos. Após fazer exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), ele foi encaminhado para o 6° DP de Santo André.O sequestro chegou ao fim na tarde desta sexta-feira, depois de a polícia invadir o apartamento onde as jovens estavam. Segundo o coronel Eduardo Félix de Oliveira, comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar (PM), a decisão de entrar no local foi tomada após uma equipe próxima ter ouvido um disparo. Uma bomba foi utilizada para abrir a porta do imóvel, por onde entraram alguns oficiais. Outros utilizaram uma escada e pularam a janela do apartamento.O sequestro começou na segunda-feira (13). Lindemberg invadiu o apartamento de Eloá por volta das 13h30, por estar inconformado com o fim do relacionamento com a estudante. Na terça-feira, ele libertou a amiga da ex-namorada, Nayara, que foi rendida novamente na manhã de quinta-feira. Seu retorno foi pedido pelo sequestrador como condição para a libertação de Eloá, mas, quando a menina entrou no apartamento, se tornou refém de novo.Apesar de amigos dizerem que Lindemberg é uma pessoa “tranqüila”, o coronel disse que durante toda a operação o comportamento do sequestrador variou muito entre o agressivo e o compreensivo. Félix ainda afirmou que, segundo Nayara, o adolescente agredia a ex-namorada.Ele defendeu a atuação da polícia no caso, afirmando que tentaram preservar a vida de todos, mas que a ocorrência era de “alto risco”. “Do mesmo jeito que estão questionando agora, poderiam estar aplaudindo”, afirmou.O governo do Estado de São Paulo ainda não se pronunciou sobre a ação da polícia. É o fim de um drama de mais de 100 horas.
fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2008/10/17
A jovem Eloá, de 15 anos, que foi mantida refém durante quatro dias pelo ex-namorado, Lindemberg Alves, 22 anos, está internada em estado grave após ter sido baleada na cabeça e na virilha esquerda. Ela passa por cirurgia no Centro Hospitalar de Santo André. A amiga da adolescente, Nayara, que voltou a ser mantida em cárcere privado nesta quinta-feira e é atendida no mesmo hospital, foi baleada na face, mas está consciente e consegue falar. As informações são da diretora do centro hospitalar, Rosa Maria Pinto. A imprensa chegou a noticiar que a assessoria do Palácio dos Bandeirantes havia informado que Eloá tinha morrido, pouco depois de chegar ao hospital. Procurada pelo Último Segundo, tanto a assessoria do Palácio dos Bandeirantes como a da Secretaria de Segurança Pública e do hospital de Santo André não confirmaram a morte da jovem.Lindemberg saiu do apartamento algemado e aparentemente sem ferimentos. Após fazer exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), ele foi encaminhado para o 6° DP de Santo André.O sequestro chegou ao fim na tarde desta sexta-feira, depois de a polícia invadir o apartamento onde as jovens estavam. Segundo o coronel Eduardo Félix de Oliveira, comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar (PM), a decisão de entrar no local foi tomada após uma equipe próxima ter ouvido um disparo. Uma bomba foi utilizada para abrir a porta do imóvel, por onde entraram alguns oficiais. Outros utilizaram uma escada e pularam a janela do apartamento.O sequestro começou na segunda-feira (13). Lindemberg invadiu o apartamento de Eloá por volta das 13h30, por estar inconformado com o fim do relacionamento com a estudante. Na terça-feira, ele libertou a amiga da ex-namorada, Nayara, que foi rendida novamente na manhã de quinta-feira. Seu retorno foi pedido pelo sequestrador como condição para a libertação de Eloá, mas, quando a menina entrou no apartamento, se tornou refém de novo.Apesar de amigos dizerem que Lindemberg é uma pessoa “tranqüila”, o coronel disse que durante toda a operação o comportamento do sequestrador variou muito entre o agressivo e o compreensivo. Félix ainda afirmou que, segundo Nayara, o adolescente agredia a ex-namorada.Ele defendeu a atuação da polícia no caso, afirmando que tentaram preservar a vida de todos, mas que a ocorrência era de “alto risco”. “Do mesmo jeito que estão questionando agora, poderiam estar aplaudindo”, afirmou.O governo do Estado de São Paulo ainda não se pronunciou sobre a ação da polícia. É o fim de um drama de mais de 100 horas.
fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2008/10/17
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
A guerra entre Kassab e Marta
KASSAB, UM DOS FENÔMENOS POLÍTICOS DA DÉCADA, E MARTA SUPLICY, TRAVAM DUELO CRUCIAL EM DEBATE NA BAND.
Os candidatos à Prefeitura de São Paulo Gilberto Kassab (DEM) e Marta Suplicy (PT) participaram neste domingo do primeiro debate do segundo turno em São Paulo. A presença de apenas dois concorrentes fez a disputa ficar mais acirrada e a troca de ataques começou na chegada à TV Bandeirantes e se estendeu até o final do debate. Antes mesmo do debate, no momento em que chegaram à sede da TV, Kassab e Marta já trocavam farpas. Como fez durante praticamente todo o debate, logo na chegada, a candidata tentou comparar as biografias. "O que é importante nesse debate é que as pessoas possam acreditar no que vai ser proposto e aí tem a ver com a trajetória de cada um e com as promessas cumpridas de cada um”.Marta deu o tom da campanha no 2º turnoMarta aproveitou para atacar o seu adversário ao dizer que "muitos eleitores não conhecem a associação com o (ex-prefeito da capital) Celso Pitta". A candidata ainda alfinetou o atual prefeito ao associá-lo às gestões de Pitta e Paulo Maluf. "A minha biografia todo mundo conhece", disse Marta. Frase praticamente idêntica usou Kassab para definir seu passado e mostrando que está disposto a discutir esse assunto com a petista. "A minha vida todos conhecem", afirmou. O prefeito disse não se preocupar com a entrada de dois grandes cabos eleitorais na campanha de Marta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Questionado sobre como enfrentaria essa tropa de choque, respondeu: "Da mesma maneira que estamos enfrentando até agora. Apresentando propostas, realizações e comparando a minha gestão com a dela. Nada mudará o nosso plano de governo." Marta minimizou uma inserção de sua campanha veiculada hoje na televisão, que questionava a vida pessoal de Kassab, que é solteiro e não tem filhos. A petista disse não ter visto a propaganda e emendou: "Se não é casado, não tem tanta importância." Visivelmente incomodado, Kassab respondeu à investida de Marta: "Tenho muita tranquilidade de discutir qualquer questão da minha vida. Formação, profissão e administração”.Quem também criticou a propaganda foi o ex-marido da candidata, o senador Eduardo Suplicy. "Me surpreende muito. A Marta sempre defendeu que não se discuta questões de comportamento em campanha" disse Suplicy.
Debate
O candidato do DEM teve um direito de respostaQuando o debate começou, os dois candidatos trataram de partir para o ataque. Marta usou a estratégia de ler textos de vetos de projetos que Kassab apresentou sobre a licença-maternidade e a criação de cursos–técnicos em escolas municipais. Kassab se defendeu dizendo que os dois vetos foram por problemas na execução dos projetos.O atual prefeito usou o programa para falar dos projetos da sua gestão. Cidade Limpa, construção de CEUs, hospitais e investimentos no Metrô foram sempre usados por Kassab para tentar conquistar o eleitor. Marta contra-atacou dizendo que o prefeito não criou corredores de ônibus e afirmou que com o atual orçamento poderia fazer muito mais.A candidata do PT insistiu em todos os blocos em associar a imagem de Kassab a Pitta e Maluf. Também criticou o DEM dizendo que é o que sobrou do PFL, "partidos do coronéis do Nordeste", e que esteve "ao lado da ditadura militar". Marta também disse que Kassab se "veste de Tucano", comentando sua proximidade com Serra.Kassab também atacou o partido de Marta. "A candidata faz um debate pequeno, talvez seja o desespero pelas pesquisas. Ela vem aqui falar sobre companhias, mas esquece que está ao lado do Delúbio, que a esposa dele é sua principal assessora e ainda vem aqui agredir".Os constante troca de ataques entre os candidatos gerou três pedidos de direito de resposta. Kassab fez um pedido e foi atendido por ter sido chamada de "mentiroso" por Marta. A candidata do PT fez dois pedidos e os dois foram negados. Após o debate, o deputado estadual do PT Rui Falcão protestou e disse que "o departamento jurídico da Band deve ser um advogado de porta de cadeia".A crise finaceira internacional também foi debatida. Kassab afirmou que tem tranquilidade em dizer que cidade está preparada, mesmo enfrentando crise mundial. "São Paulo é voltada a serviços, crise vai afetar indústrias e tenho tranquilidade de dizer que estamos preparados”.Para a candidata do PT, se a crise chegar, ela saberá administrar a cidade. “Eu quero dizer que acredito que Lula está tomando as medidas necessárias. Acho que a crise vai chegar ao Brasil, mas sem muitos efeitos. Mas se ocorrer, eu já provei que sei administrar com menos”.
fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/eleicoes
Os candidatos à Prefeitura de São Paulo Gilberto Kassab (DEM) e Marta Suplicy (PT) participaram neste domingo do primeiro debate do segundo turno em São Paulo. A presença de apenas dois concorrentes fez a disputa ficar mais acirrada e a troca de ataques começou na chegada à TV Bandeirantes e se estendeu até o final do debate. Antes mesmo do debate, no momento em que chegaram à sede da TV, Kassab e Marta já trocavam farpas. Como fez durante praticamente todo o debate, logo na chegada, a candidata tentou comparar as biografias. "O que é importante nesse debate é que as pessoas possam acreditar no que vai ser proposto e aí tem a ver com a trajetória de cada um e com as promessas cumpridas de cada um”.Marta deu o tom da campanha no 2º turnoMarta aproveitou para atacar o seu adversário ao dizer que "muitos eleitores não conhecem a associação com o (ex-prefeito da capital) Celso Pitta". A candidata ainda alfinetou o atual prefeito ao associá-lo às gestões de Pitta e Paulo Maluf. "A minha biografia todo mundo conhece", disse Marta. Frase praticamente idêntica usou Kassab para definir seu passado e mostrando que está disposto a discutir esse assunto com a petista. "A minha vida todos conhecem", afirmou. O prefeito disse não se preocupar com a entrada de dois grandes cabos eleitorais na campanha de Marta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Questionado sobre como enfrentaria essa tropa de choque, respondeu: "Da mesma maneira que estamos enfrentando até agora. Apresentando propostas, realizações e comparando a minha gestão com a dela. Nada mudará o nosso plano de governo." Marta minimizou uma inserção de sua campanha veiculada hoje na televisão, que questionava a vida pessoal de Kassab, que é solteiro e não tem filhos. A petista disse não ter visto a propaganda e emendou: "Se não é casado, não tem tanta importância." Visivelmente incomodado, Kassab respondeu à investida de Marta: "Tenho muita tranquilidade de discutir qualquer questão da minha vida. Formação, profissão e administração”.Quem também criticou a propaganda foi o ex-marido da candidata, o senador Eduardo Suplicy. "Me surpreende muito. A Marta sempre defendeu que não se discuta questões de comportamento em campanha" disse Suplicy.
Debate
O candidato do DEM teve um direito de respostaQuando o debate começou, os dois candidatos trataram de partir para o ataque. Marta usou a estratégia de ler textos de vetos de projetos que Kassab apresentou sobre a licença-maternidade e a criação de cursos–técnicos em escolas municipais. Kassab se defendeu dizendo que os dois vetos foram por problemas na execução dos projetos.O atual prefeito usou o programa para falar dos projetos da sua gestão. Cidade Limpa, construção de CEUs, hospitais e investimentos no Metrô foram sempre usados por Kassab para tentar conquistar o eleitor. Marta contra-atacou dizendo que o prefeito não criou corredores de ônibus e afirmou que com o atual orçamento poderia fazer muito mais.A candidata do PT insistiu em todos os blocos em associar a imagem de Kassab a Pitta e Maluf. Também criticou o DEM dizendo que é o que sobrou do PFL, "partidos do coronéis do Nordeste", e que esteve "ao lado da ditadura militar". Marta também disse que Kassab se "veste de Tucano", comentando sua proximidade com Serra.Kassab também atacou o partido de Marta. "A candidata faz um debate pequeno, talvez seja o desespero pelas pesquisas. Ela vem aqui falar sobre companhias, mas esquece que está ao lado do Delúbio, que a esposa dele é sua principal assessora e ainda vem aqui agredir".Os constante troca de ataques entre os candidatos gerou três pedidos de direito de resposta. Kassab fez um pedido e foi atendido por ter sido chamada de "mentiroso" por Marta. A candidata do PT fez dois pedidos e os dois foram negados. Após o debate, o deputado estadual do PT Rui Falcão protestou e disse que "o departamento jurídico da Band deve ser um advogado de porta de cadeia".A crise finaceira internacional também foi debatida. Kassab afirmou que tem tranquilidade em dizer que cidade está preparada, mesmo enfrentando crise mundial. "São Paulo é voltada a serviços, crise vai afetar indústrias e tenho tranquilidade de dizer que estamos preparados”.Para a candidata do PT, se a crise chegar, ela saberá administrar a cidade. “Eu quero dizer que acredito que Lula está tomando as medidas necessárias. Acho que a crise vai chegar ao Brasil, mas sem muitos efeitos. Mas se ocorrer, eu já provei que sei administrar com menos”.
fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/eleicoes
A seleção reage e massacra a Venezuela
Está restabelecida a normalidade dos confrontos entre Brasil e Venezuela. Neste domingo de Dia das Crianças, a equipe de Dunga se vingou da inédita derrota para o adversário, por 2 a 0, em amistoso realizado em junho nos Estados Unidos. Com uma vitória por 4 a 0 (Kaká, Robinho [2] e Adriano marcaram os gols) em San Cristóbal, a seleção brasileira ainda ganhou de presente a vice-liderança das Eliminatórias para a Copa do Mundo. O Brasil se igualou à Argentina na tabela de classificação, com 16 pontos ganhos, porém tem maior saldo de gols – o líder é o Paraguai, que totaliza 20 e segue inalcançável pelo menos na próxima rodada. Já a Venezuela, derrotada pela quarta vez seguida nas Eliminatórias, está na penúltima colocação com os mesmos 7 pontos do lanterna Peru. Brasil e Venezuela voltarão a campo na quarta-feira, quando enfrentarão Colômbia e Equador, respectivamente. Para a partida no Maracanã, o técnico Dunga não contará com o centroavante Adriano, que recebeu mais um cartão amarelo neste domingo. Provavelmente pela primeira vez na história, os venezuelanos realmente acreditavam que poderiam vencer o Brasil. O clima era de euforia nas arquibancadas do estádio Monumental de Pueblo Novo. Houve quem obrigasse torcedores com camisas amarelas a tirá-las, ameaçados por palavrões e arremessos de copos plásticos. Mal foi possível ouvir a execução do Hino Nacional Brasileiro. Os jogadores da Venezuela partilhavam do entusiasmo. A equipe dirigida por César Farías era ousada em campo, pressionando os visitantes. Melhor para o Brasil. Com espaços para o contra-ataque, Kaká foi acionado aos cinco minutos na ponta direita. Avançou, invadiu a área, clareou e chutou forte: 1 a 0, na primeira boa jogada do meia após quase um ano afastado da seleção brasileira. Robinho não deixou por menos. Quatro minutos depois, quando a Venezuela ainda se recuperava do primeiro gol, o atacante do Manchester City acertou uma bela finalização de longa distância no ângulo. Ampliou o marcador e ultrapassou Kaká como artilheiro do Brasil sob o comando de Dunga. Adriano era o único jogador ofensivo da seleção brasileira que ainda não havia aproveitado a fragilidade da defesa adversária. Até os 18 minutos, quando Elano recebeu a bola na esquerda e cruzou rasteiro para o Imperador completar para as redes: 3 a 0. Placar natural em confrontos anteriores com os venezuelanos, desta vez parecia surpreendente. A torcida da Venezuela, no entanto, não se abalou. Continuou a cantar nas arquibancadas, a vaiar a troca de passes do Brasil (que diminuiu o ritmo) e até a provocar quando Elano não conseguiu dominar a bola na lateral esquerda e caiu sentado no gramado. Os comandados de César Farías também retomaram o ímpeto inicial. Com a categoria de um brasileiro, Alejandro Guerra aplicou um elástico sobre Maicon. Mas não chegou a incomodar o goleiro Júlio César. A tranqüilidade era tamanha que Dunga resolveu poupar o zagueiro Juan do segundo tempo. Colocou Thiago Silva em campo. Finalmente, porém, a defesa do Brasil passou a ser exigida. O goleiro Júlio César se saiu bem, com duas intervenções seguidas à queima-roupa em cabeçada e chute de Giancarlo Maldonado. O mesmo venezuelano obrigou o brasileiro a espalmar uma conclusão forte na seqüência. Mas a paciência dos torcedores locais já havia se esgotado. Antes otimistas, agora eles se revoltavam ao ver César Farías trocar Ronald Vargas por Luis Manuel Seijas. A tarde era mesmo brasileira. Até o criticado lateral-esquerdo Kleber, que reconhece atravessar uma das piores fases na carreira, conseguiu fazer um lançamento primoroso aos 21 minutos. Livre de marcação dentro da área, Robinho transformou a vitória em goleada. Nos minutos finais, o Brasil novamente diminuiu o ritmo. Dunga aproveitou para observar pela primeira vez Alex, do Internacional, e Mancini, que substituíram Kaká e Josué. Os venezuelanos, então, passaram a acompanhar com gritos de “olé” a troca de passes da seleção pentacampeã mundial, que garantiu os 4 a 0 no jogo.
Golaço de Kaká no seu retorno à seleção canarinho foi destacado em vários jornais esportivos no mundo
SAN CRISTÓBAL (Venezuela) - A facilidade com que o Brasil venceu a Venezuela por 4 a 0 em San Cristóbal, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2010, e a atuação do meia Kaká foram destaques nos principais jornais pelo mundo. No seu site oficial, a Fifa afirmou que o jogador do Milan mostrou porque é vital para a seleção de Dunga. “Precisou de apenas seis minutos para Kaká lembrar todo mundo porque ele é tão importante para o Brasil. Fora de um jogo internacional por 11 meses, o meia do Milan não demorou para mostrar seu jogo contra a Venezuela com um impressionante ataque com o pé direito”.Além de destacar a partida de Kaká, o jornal italiano Gazzetta dello Sport, ressalta a presença de seis brasileiros que atuam na Itália entre os titulares. “São seis os jogadores do campeonato italiano que Dunga manda a campo. Além de Kaká e Adriano, também estão os interistas Júlio César, Maicon e Mancini e o romanista Juan”.O jornal também destacou o gol de Adriano, que voltou a marcar pela seleção após quase dois anos. O espanhol As preferiu criticar os jogadores da seleção brasileira. Para o diário, Adriano foi "egoísta", Robinho "falhou em lances de gol" e o defesa do time verde e amarelo contou com "a sorte do goleiro Júlio César, que parou Maldonado quatro vezes".domingo, 12 de outubro de 2008
A festa da Padroeira Santíssima
Aparecida espera 170 mil romeiros para a Festa da Padroeira
O CAVALEIRO SEM FÉ - Um cavaleiro de Cuiabá, passando por Aparecida, ao se dirigir para Minas Gerais, viu a fé dos romeiros e começou a zombar, dizendo, que aquela fé era uma bobagem. Quis provar o que dizia, entrando a cavalo na igreja. Não conseguiu. A pata de seu cavalo se prendeu na pedra da escadaria da igreja ( Basílica Velha ), e o cavaleiro arrependido, entrou na igreja como devoto.
MENINO NO RIO - O Pai e o filho foram pescar, durante a pescaria a correnteza estava muito forte e por um descuido o menino caiu no rio e não sabia nadar, a correnteza o arrastava cada vez mais rápido e o pai desesperado pede a Nossa Senhora Aparecida para salvar o menino. De repente o corpo do menino para de ser arrastado, enquanto a forte correnteza continua e o pai salva o menino.
Católicos comemoram Dia Nacional de Nossa Senhora Aparecida, a padroeira do Brasil
Cerca de 170 mil pessoas são esperadas nesta domingo (12) em Aparecida, dia da Festa da Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida.Os eventos estão programados para acontecer no Santuário Nacional de Nossa Senhora aparecida, e o volume de pessoas que devem ir ao local poderá ser até 18% maior do que em igual período, no ano passado.Em 2007, o Santuário recebeu 140 mil fiéis, segundo a assessoria de imprensa da basílica. A missa solene, comandada por Dom Jacinto Furtado de Brito Sobrinho, começa às 10h.Já a procissão, principal evento do dia, está marcada para às 16h.
Cerca de 170 mil pessoas são esperadas nesta domingo (12) em Aparecida, dia da Festa da Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida.Os eventos estão programados para acontecer no Santuário Nacional de Nossa Senhora aparecida, e o volume de pessoas que devem ir ao local poderá ser até 18% maior do que em igual período, no ano passado.Em 2007, o Santuário recebeu 140 mil fiéis, segundo a assessoria de imprensa da basílica. A missa solene, comandada por Dom Jacinto Furtado de Brito Sobrinho, começa às 10h.Já a procissão, principal evento do dia, está marcada para às 16h.
História
Há duas fontes sobre o achado da imagem, que se encontram no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida (anterior a 1743) e no Arquivo Romano da Companhia de Jesus, em Roma. A sua história tem o seu início em meados de 1717, quando chegou a Guaratinguetá a notícia de que o conde de Assumar, D. Pedro de Almeida e Portugal, governador da então Capitania de São Paulo e Minas de Ouro, iria passar pela povoação a caminho de Vila Rica (atual cidade de Ouro Preto), em Minas Gerais.Desejosos de obsequiá-lo com o melhor pescado que obtivessem, os pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves lançaram as suas redes no rio Paraíba do Sul. Depois de muitas tentativas infrutíferas, descendo o curso do rio chegaram a Porto Itaguaçu, a 12 de Outubro. Já sem esperança, João Alves lançou a sua rede nas águas e apanhou o corpo de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição sem a cabeça. Em nova tentativa apanhou a cabeça da imagem. Envolveram o achado em um lenço e, animados pelo acontecido, lançaram novamente as redes com tanto êxito que obtiveram copiosa pesca.Durante quinze anos a imagem permaneceu na residência de Felipe Pedroso, onde as pessoas da vizinhança se reuniam para orar. A devoção foi crescendo entre o povo da região e muitas graças foram alcançadas por aqueles que oravam diante da imagem. A fama dos poderes extraordinários de Nossa Senhora foi se espalhando pelas regiões do Brasil. Diversas vezes as pessoas que à noite faziam diante dela as suas orações, viam luzes de repente apagadas e depois de um pouco reacendidas sem nenhuma intervenção humana. Logo, já não eram somente os pescadores os que vinham rezar diante da imagem, mas também muitas outras pessoas das vizinhanças. A família construiu um oratório, que logo se mostrou pequeno. Por volta de 1734, o vigário de Guaratinguetá construiu uma capela no alto do morro dos Coqueiros, aberta à visitação pública em 26 de Julho de 1745. Diante do aumento no número de fiéis, em 1834 foi iniciada a construção de uma igreja maior - a atual Basílica Velha.Em 6 de Novembro de 1888, a Princesa Isabel visitou pela segunda vez à basílica e ofertou à santa uma coroa de ouro cravejada de diamantes e rubis, juntamente com um manto azul. No ano de 1894, chegou a Aparecida um grupo de padres e irmãos da Congregação dos Missionários Redentoristas, para trabalhar no atendimento aos romeiros que acorriam aos pés da imagem para rezar com a Senhora "Aparecida" das águas.A 8 de Setembro de 1904, a imagem foi coroada, solenemente, por D. José Camargo Barros, com a presença do Núncio Apostólico, muitos bispos, o Presidente da República e numeroso povo. Depois da coroação o Santo Padre concedeu ao santuário de Aparecida mais outros favores: Ofício e missa própria de Nossa Senhora Aparecida, e indulgências para os romeiros que vêm em peregrinação ao Santuário. No dia 29 de Abril de 1908, a igreja recebeu o título de Basílica Menor, sagrada a 5 de setembro de 1909 e recebendo os ossos de São Vicente Mártir, trazidos de Roma com permissão do Papa. Quase vinte anos depois, a 17 de Dezembro de 1928, a vila que se formara ao redor da igreja no alto do Morro dos Coqueiros tornou-se Município. E, em 1929, Nossa Senhora foi proclamada Rainha do Brasil e sua Padroeira Oficial, por determinação do Papa Pio XI.Em 1967, ao completar-se 250 anos da devoção, o Papa Paulo VI ofereceu ao Santuário a “Rosa de Ouro”, reconhecendo a importância da santa devoção.Em 4 de julho de 1980 o Papa João Paulo II, em sua histórica visita ao Brasil, consagrou a Basílica de Nossa Senhora Aparecida em solene missa celebrada, revigorando a devoção à Santa Maria, Mãe de Deus.No mês de maio de 2004 o Papa João Paulo II concedeu indulgências aos devotos de Nossa Senhora Aparecida, por ocasião das comemorações do centenário da coroação da imagem e proclamação de Nossa Senhora como Padroeira do Brasil
Há duas fontes sobre o achado da imagem, que se encontram no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida (anterior a 1743) e no Arquivo Romano da Companhia de Jesus, em Roma. A sua história tem o seu início em meados de 1717, quando chegou a Guaratinguetá a notícia de que o conde de Assumar, D. Pedro de Almeida e Portugal, governador da então Capitania de São Paulo e Minas de Ouro, iria passar pela povoação a caminho de Vila Rica (atual cidade de Ouro Preto), em Minas Gerais.Desejosos de obsequiá-lo com o melhor pescado que obtivessem, os pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves lançaram as suas redes no rio Paraíba do Sul. Depois de muitas tentativas infrutíferas, descendo o curso do rio chegaram a Porto Itaguaçu, a 12 de Outubro. Já sem esperança, João Alves lançou a sua rede nas águas e apanhou o corpo de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição sem a cabeça. Em nova tentativa apanhou a cabeça da imagem. Envolveram o achado em um lenço e, animados pelo acontecido, lançaram novamente as redes com tanto êxito que obtiveram copiosa pesca.Durante quinze anos a imagem permaneceu na residência de Felipe Pedroso, onde as pessoas da vizinhança se reuniam para orar. A devoção foi crescendo entre o povo da região e muitas graças foram alcançadas por aqueles que oravam diante da imagem. A fama dos poderes extraordinários de Nossa Senhora foi se espalhando pelas regiões do Brasil. Diversas vezes as pessoas que à noite faziam diante dela as suas orações, viam luzes de repente apagadas e depois de um pouco reacendidas sem nenhuma intervenção humana. Logo, já não eram somente os pescadores os que vinham rezar diante da imagem, mas também muitas outras pessoas das vizinhanças. A família construiu um oratório, que logo se mostrou pequeno. Por volta de 1734, o vigário de Guaratinguetá construiu uma capela no alto do morro dos Coqueiros, aberta à visitação pública em 26 de Julho de 1745. Diante do aumento no número de fiéis, em 1834 foi iniciada a construção de uma igreja maior - a atual Basílica Velha.Em 6 de Novembro de 1888, a Princesa Isabel visitou pela segunda vez à basílica e ofertou à santa uma coroa de ouro cravejada de diamantes e rubis, juntamente com um manto azul. No ano de 1894, chegou a Aparecida um grupo de padres e irmãos da Congregação dos Missionários Redentoristas, para trabalhar no atendimento aos romeiros que acorriam aos pés da imagem para rezar com a Senhora "Aparecida" das águas.A 8 de Setembro de 1904, a imagem foi coroada, solenemente, por D. José Camargo Barros, com a presença do Núncio Apostólico, muitos bispos, o Presidente da República e numeroso povo. Depois da coroação o Santo Padre concedeu ao santuário de Aparecida mais outros favores: Ofício e missa própria de Nossa Senhora Aparecida, e indulgências para os romeiros que vêm em peregrinação ao Santuário. No dia 29 de Abril de 1908, a igreja recebeu o título de Basílica Menor, sagrada a 5 de setembro de 1909 e recebendo os ossos de São Vicente Mártir, trazidos de Roma com permissão do Papa. Quase vinte anos depois, a 17 de Dezembro de 1928, a vila que se formara ao redor da igreja no alto do Morro dos Coqueiros tornou-se Município. E, em 1929, Nossa Senhora foi proclamada Rainha do Brasil e sua Padroeira Oficial, por determinação do Papa Pio XI.Em 1967, ao completar-se 250 anos da devoção, o Papa Paulo VI ofereceu ao Santuário a “Rosa de Ouro”, reconhecendo a importância da santa devoção.Em 4 de julho de 1980 o Papa João Paulo II, em sua histórica visita ao Brasil, consagrou a Basílica de Nossa Senhora Aparecida em solene missa celebrada, revigorando a devoção à Santa Maria, Mãe de Deus.No mês de maio de 2004 o Papa João Paulo II concedeu indulgências aos devotos de Nossa Senhora Aparecida, por ocasião das comemorações do centenário da coroação da imagem e proclamação de Nossa Senhora como Padroeira do Brasil
Descrição da Imagem
A imagem, tal como se encontra no interior da Catedral.
A imagem retirada das águas do rio Paraíba em 1717, é de terracota e mede quarenta centímetros de altura. Em estilo seiscentista, como atestado por diversos especialistas que a analisaram (Dr. Pedro de Oliveira Ribeiro Neto, os monges beneditinos do Mosteiro de São Salvador, na Bahia, Dom Clemente da Silva-Nigra e Dom Paulo Lachenmayer), acredita-se que originalmente apresentaria uma policromia, como era costume à época, embora não haja documentação que o comprove. A argila utilizada para a confecção da imagem é oriunda da região de Santana do Parnaíba, na Grande São Paulo. Quando foi recolhida pelos pescadores, o corpo estava separado da cabeça e, muito provavelmente, sem a policromia original, devido ao período em que esteve submersa nas águas do rio.A cor de canela com que se apresenta hoje deve-se à exposição secular à fuligem produzida pelas chamas das velas, lamparinas e candeeiros, acesas pelos seus devotos.Em 1978, após sofrer um atentado que a reduziu a quase duzentos fragmentos, foi encaminhada ao Prof. Pietro Maria Bardi (à época diretor do Museu de Arte de São Paulo - MASP), que a examinou, juntamente com o Dr. João Marinho, colecionador de imagens sacras brasileiras. Foi então totalmente restaurada, no MASP, pelas mãos da artista plástica Maria Helena Chartuni.Embora não seja possível determinar o autor ou a data da confecção da imagem, através de estudos comparativos concluiu-se que ela pode ser atribuída a um discípulo do monge beneditino frei Agostinho da Piedade, ou, segundo Silva-Nigra e Lachenmayer, a um do seu irmão de Ordem, frei Agostinho de Jesus. Apontam para esses mestres as seguintes características: forma sorridente dos lábios; queixo encastoado, tendo, ao centro, uma covinha; penteado e flores nos cabelos em relevo; broche de três pérolas na testa; e porte corporal empinado para trás.
Coroa comemorativa
Catedral basílica de Nossa Senhora Aparecida, Brasil.
Para celebrar o centenário da Coroação da Imagem da Padroeira do Brasil, a Associação de Joalheiros e Relojoeiros do Noroeste Paulista (Ajoresp), com apoio técnico do Sebrae (São Paulo), promoveu um Concurso Nacional de Design, visando selecionar uma nova Coroa comemorativa do evento.O Júri Institucional do evento selecionou, por consenso, o projeto da designer Lena Garrido, em parceria com a designer Débora Camisasca, de Belo Horizonte (Minas Gerais). A nova peça foi confeccionada em ouro e pedras preciosas especialmente para a solenidade do Centenário da Coroação de Nossa Senhora Aparecida, no dia 8 de Setembro de 2004.
A imagem, tal como se encontra no interior da Catedral.
A imagem retirada das águas do rio Paraíba em 1717, é de terracota e mede quarenta centímetros de altura. Em estilo seiscentista, como atestado por diversos especialistas que a analisaram (Dr. Pedro de Oliveira Ribeiro Neto, os monges beneditinos do Mosteiro de São Salvador, na Bahia, Dom Clemente da Silva-Nigra e Dom Paulo Lachenmayer), acredita-se que originalmente apresentaria uma policromia, como era costume à época, embora não haja documentação que o comprove. A argila utilizada para a confecção da imagem é oriunda da região de Santana do Parnaíba, na Grande São Paulo. Quando foi recolhida pelos pescadores, o corpo estava separado da cabeça e, muito provavelmente, sem a policromia original, devido ao período em que esteve submersa nas águas do rio.A cor de canela com que se apresenta hoje deve-se à exposição secular à fuligem produzida pelas chamas das velas, lamparinas e candeeiros, acesas pelos seus devotos.Em 1978, após sofrer um atentado que a reduziu a quase duzentos fragmentos, foi encaminhada ao Prof. Pietro Maria Bardi (à época diretor do Museu de Arte de São Paulo - MASP), que a examinou, juntamente com o Dr. João Marinho, colecionador de imagens sacras brasileiras. Foi então totalmente restaurada, no MASP, pelas mãos da artista plástica Maria Helena Chartuni.Embora não seja possível determinar o autor ou a data da confecção da imagem, através de estudos comparativos concluiu-se que ela pode ser atribuída a um discípulo do monge beneditino frei Agostinho da Piedade, ou, segundo Silva-Nigra e Lachenmayer, a um do seu irmão de Ordem, frei Agostinho de Jesus. Apontam para esses mestres as seguintes características: forma sorridente dos lábios; queixo encastoado, tendo, ao centro, uma covinha; penteado e flores nos cabelos em relevo; broche de três pérolas na testa; e porte corporal empinado para trás.
Coroa comemorativa
Catedral basílica de Nossa Senhora Aparecida, Brasil.
Para celebrar o centenário da Coroação da Imagem da Padroeira do Brasil, a Associação de Joalheiros e Relojoeiros do Noroeste Paulista (Ajoresp), com apoio técnico do Sebrae (São Paulo), promoveu um Concurso Nacional de Design, visando selecionar uma nova Coroa comemorativa do evento.O Júri Institucional do evento selecionou, por consenso, o projeto da designer Lena Garrido, em parceria com a designer Débora Camisasca, de Belo Horizonte (Minas Gerais). A nova peça foi confeccionada em ouro e pedras preciosas especialmente para a solenidade do Centenário da Coroação de Nossa Senhora Aparecida, no dia 8 de Setembro de 2004.
PRIMEIROS MILAGRES
MILAGRE DAS VELAS - Estando a noite serena, repentinamente as duas velas que iluminavam a Santa se apagaram. Houve espanto entre os devotos, e Silvana da Rocha, querendo acendê-las novamente, nem tentou, pois elas acenderam por si mesmas. Este foi o primeiro milagre de Nossa Senhora.
CAEM AS CORRENTES - Em meados de 1850, um escravo chamado Zacarias, preso por grossas correntes, ao passar pelo Santuário, pede ao feitor permissão para rezar à Nossa Senhora Aparecida. Recebendo autorização, o escravo se ajoelha e reza contrito. As correntes, milagrosamente, soltam-se de seus pulsos deixando Zacarias livre.
MILAGRE DAS VELAS - Estando a noite serena, repentinamente as duas velas que iluminavam a Santa se apagaram. Houve espanto entre os devotos, e Silvana da Rocha, querendo acendê-las novamente, nem tentou, pois elas acenderam por si mesmas. Este foi o primeiro milagre de Nossa Senhora.
CAEM AS CORRENTES - Em meados de 1850, um escravo chamado Zacarias, preso por grossas correntes, ao passar pelo Santuário, pede ao feitor permissão para rezar à Nossa Senhora Aparecida. Recebendo autorização, o escravo se ajoelha e reza contrito. As correntes, milagrosamente, soltam-se de seus pulsos deixando Zacarias livre.
O CAVALEIRO SEM FÉ - Um cavaleiro de Cuiabá, passando por Aparecida, ao se dirigir para Minas Gerais, viu a fé dos romeiros e começou a zombar, dizendo, que aquela fé era uma bobagem. Quis provar o que dizia, entrando a cavalo na igreja. Não conseguiu. A pata de seu cavalo se prendeu na pedra da escadaria da igreja ( Basílica Velha ), e o cavaleiro arrependido, entrou na igreja como devoto.
A MENINA CEGA - Mãe e filha caminhavam às margens do rio Paraíba, quando surpreendentemente a filha cega de nascença comenta surpresa com a mãe : "Mãe como é linda esta igreja" (Basílica Velha).
MENINO NO RIO - O Pai e o filho foram pescar, durante a pescaria a correnteza estava muito forte e por um descuido o menino caiu no rio e não sabia nadar, a correnteza o arrastava cada vez mais rápido e o pai desesperado pede a Nossa Senhora Aparecida para salvar o menino. De repente o corpo do menino para de ser arrastado, enquanto a forte correnteza continua e o pai salva o menino.
sábado, 11 de outubro de 2008
Crise: o derretimento do mercado financeiro
A queda da Bovespa e seu impacto
A Bolsa de Valores de São Paulo chegou a cair 15% nesta segunda-feira. A negociação de ações foi parada por duas vezes ao longo do dia. A queda das ações no Brasil acompanhou o movimento dos mercados internacionais, que caíram fortemente tanto nos Estados Unidos como na Europa. Mas, no final do dia, o mercado se recuperou um pouco e as perdas ficaram em 5,43%.
A seguir, a BBC Brasil reuniu algumas perguntas e repostas sobre o que está ocorrendo no mercado de ações no Brasil.
A seguir, a BBC Brasil reuniu algumas perguntas e repostas sobre o que está ocorrendo no mercado de ações no Brasil.
Por que a bolsa brasileira chegou a cair tanto?
O principal motivo apontado pela maioria dos especialistas para a queda forte das ações no Brasil se resume a uma palavra: pânico. De acordo com os analistas, o movimento do mercado no Brasil não pode ser explicado unicamente pela lógica dos investimentos. “Estamos vendo reações muito emocionais dos investidores”, afirma Antonio Castro, presidente da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca). O pânico teria sido motivado por um conjunto de fatores: a percepção de que a crise está atingindo mais fortemente a Europa, a dúvida sobre a eficácia do pacote de ajuda americano e o aumento da aversão ao risco de maneira generalizada. Em tese, esses fatores levaram muitos investidores a vender seus papéis e derrubam os preços das ações.
Na opinião dos analistas, o fato das ações terem recuperado parte de seu valor rapidamente no final do dia seria uma demonstração da falta de racionalidade na venda de várias ações.
Por que a Bovespa se mostra mais volátil do que a maioria das grandes bolsas?
Um estudo do presidente da Abrasca mostra que, nas últimas décadas, a variação do principal índice da Bolsa de Nova York – o Dow Jones – esteve sempre entre uma banda anual máxima em torno de 30% para cima ou para baixo. No Brasil, essa banda de variação para o Ibovespa tem sido historicamente muito maior. Em 1990, por exemplo, a queda na bolsa foi de mais de 70%, sendo que em 1991 a recuperação foi de mais de 200%. Alguns motivos explicam essas variações tão grandes. Uma é que apenas algumas empresas representam a maioria das negociações na Bovespa. Apenas a Petrobras e a Vale do Rio Doce representam em média 40% dos negócios diários. Isso significa que se essas empresas caem de valor rapidamente, elas derrubam o índice geral. Além disso, cerca de 50% das empresas que atuam na bolsa brasileira são companhias que vendem commodities, principalmente minerais e grãos. O valor dessas empresas tende a variar junto com o valor dos produtos que elas vendem, o que aumenta ainda mais a variação de preço das ações. Outro motivo é a alta participação de estrangeiros como investidores – elas são cerca de 70%. Esses investidores tendem a sair da bolsa brasileira quando temem que a situação pode se deteriorar para colocar seu dinheiro em investimentos mais seguros.
O principal motivo apontado pela maioria dos especialistas para a queda forte das ações no Brasil se resume a uma palavra: pânico. De acordo com os analistas, o movimento do mercado no Brasil não pode ser explicado unicamente pela lógica dos investimentos. “Estamos vendo reações muito emocionais dos investidores”, afirma Antonio Castro, presidente da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca). O pânico teria sido motivado por um conjunto de fatores: a percepção de que a crise está atingindo mais fortemente a Europa, a dúvida sobre a eficácia do pacote de ajuda americano e o aumento da aversão ao risco de maneira generalizada. Em tese, esses fatores levaram muitos investidores a vender seus papéis e derrubam os preços das ações.
Na opinião dos analistas, o fato das ações terem recuperado parte de seu valor rapidamente no final do dia seria uma demonstração da falta de racionalidade na venda de várias ações.
Por que a Bovespa se mostra mais volátil do que a maioria das grandes bolsas?
Um estudo do presidente da Abrasca mostra que, nas últimas décadas, a variação do principal índice da Bolsa de Nova York – o Dow Jones – esteve sempre entre uma banda anual máxima em torno de 30% para cima ou para baixo. No Brasil, essa banda de variação para o Ibovespa tem sido historicamente muito maior. Em 1990, por exemplo, a queda na bolsa foi de mais de 70%, sendo que em 1991 a recuperação foi de mais de 200%. Alguns motivos explicam essas variações tão grandes. Uma é que apenas algumas empresas representam a maioria das negociações na Bovespa. Apenas a Petrobras e a Vale do Rio Doce representam em média 40% dos negócios diários. Isso significa que se essas empresas caem de valor rapidamente, elas derrubam o índice geral. Além disso, cerca de 50% das empresas que atuam na bolsa brasileira são companhias que vendem commodities, principalmente minerais e grãos. O valor dessas empresas tende a variar junto com o valor dos produtos que elas vendem, o que aumenta ainda mais a variação de preço das ações. Outro motivo é a alta participação de estrangeiros como investidores – elas são cerca de 70%. Esses investidores tendem a sair da bolsa brasileira quando temem que a situação pode se deteriorar para colocar seu dinheiro em investimentos mais seguros.
Quanto a Bovespa já caiu?
Desde o começo do ano, o principal índice da bolsa já caiu em mais de 30%. Esse número, porém, tem variado muito ao longo do ano. Desde o pico do ano, que ocorreu em maio, a queda já é de mais de 40%.
Desde o começo do ano, o principal índice da bolsa já caiu em mais de 30%. Esse número, porém, tem variado muito ao longo do ano. Desde o pico do ano, que ocorreu em maio, a queda já é de mais de 40%.
Até onde a bolsa pode cair?
Os especialistas dizem que é muito difícil fazer qualquer aposta, porque a situação atual da economia é nova. Segundo Maurício Carvalho, professor de finanças do Ibmec São Paulo, um estudo recente produzido por ele mostra que historicamente quedas de 45% têm se mostrado com um piso (apesar de existirem algumas variações fora da regra). Isso significaria que a barreira dos 40 mil pontos seria um limite para este ano. O pico deste ano ocorreu quando a bolsa chegou aos 73 mil pontos. Na segunda-feira, o índice da bolsa chegou a ficar em 37 mil pontos, para depois se recuperar. “O problema é que essas conclusões são tiradas olhando para o passado e não sabemos se elas vão funcionar na situação atual”, afirma Carvalho.
Os especialistas dizem que é muito difícil fazer qualquer aposta, porque a situação atual da economia é nova. Segundo Maurício Carvalho, professor de finanças do Ibmec São Paulo, um estudo recente produzido por ele mostra que historicamente quedas de 45% têm se mostrado com um piso (apesar de existirem algumas variações fora da regra). Isso significaria que a barreira dos 40 mil pontos seria um limite para este ano. O pico deste ano ocorreu quando a bolsa chegou aos 73 mil pontos. Na segunda-feira, o índice da bolsa chegou a ficar em 37 mil pontos, para depois se recuperar. “O problema é que essas conclusões são tiradas olhando para o passado e não sabemos se elas vão funcionar na situação atual”, afirma Carvalho.
Como a queda afeta a economia em geral?
A bolsa brasileira ainda é relativamente pequena em importância para a economia brasileira quando comparada às bolsas nos Estados Unidos ou na Europa. A Bovespa conta com cerca de 500 mil investidores como pessoas físicas e 397 companhias listadas, contra 2.365 na Bolsa de Valores de Nova York, por exemplo. Apesar disso, as quedas afetam diretamente todos os investidores que têm alguma participação em fundos de investimentos ou fundos de pensão, o que é uma base maior dos que os investidores diretos. Além disso, em períodos de queda, a bolsa deixa de ser uma fonte de financiamento para as companhias, o que pode atrapalhar planos de investimento.
A bolsa brasileira ainda é relativamente pequena em importância para a economia brasileira quando comparada às bolsas nos Estados Unidos ou na Europa. A Bovespa conta com cerca de 500 mil investidores como pessoas físicas e 397 companhias listadas, contra 2.365 na Bolsa de Valores de Nova York, por exemplo. Apesar disso, as quedas afetam diretamente todos os investidores que têm alguma participação em fundos de investimentos ou fundos de pensão, o que é uma base maior dos que os investidores diretos. Além disso, em períodos de queda, a bolsa deixa de ser uma fonte de financiamento para as companhias, o que pode atrapalhar planos de investimento.
As principais bolsas de valores da Europa e da Ásia voltaram a registrar nesta sexta-feira quedas acentuadas.
Em Londres, o Índice FTSE encerrou o dia em -8,85%; em Paris, o Cac ficou em -7,73 e, em Frankfurt, o Dax fechou com um recuo de 7,01%. Mais cedo, a bolsa de Tóquio fechou com o índice Nikkei em -9,62%, e o índice Hang Seng, da bolsa de Hong Kong, teve perdas de 7,19%.
Estas quedas ocorreram apesar de uma ação coordenada global dos Bancos Centrais, de corte nas taxas de juros, no começo da semana. A seguir a BBC Brasil responde a uma série de perguntas para explicar a razão destas quedas nos mercados.
Em Londres, o Índice FTSE encerrou o dia em -8,85%; em Paris, o Cac ficou em -7,73 e, em Frankfurt, o Dax fechou com um recuo de 7,01%. Mais cedo, a bolsa de Tóquio fechou com o índice Nikkei em -9,62%, e o índice Hang Seng, da bolsa de Hong Kong, teve perdas de 7,19%.
Estas quedas ocorreram apesar de uma ação coordenada global dos Bancos Centrais, de corte nas taxas de juros, no começo da semana. A seguir a BBC Brasil responde a uma série de perguntas para explicar a razão destas quedas nos mercados.
Por que as bolsas registraram estas quedas?
De certa forma, é como se as bolsas estivessem brincando de “siga o líder”, de olho no mercado americano.O índice Dow Jones de Nova York fechou com uma queda de 7,3% na quinta-feira. E, o mais preocupante, o índice caiu 20,9% em sete dias. A tendência passou para a Ásia, onde o índice Nikkei em Tóquio fechou em queda de quase 10% e o Hang Seng, de Hong Kong, caiu 7,2%. E o mesmo aconteceu com as ações na Europa.
De certa forma, é como se as bolsas estivessem brincando de “siga o líder”, de olho no mercado americano.O índice Dow Jones de Nova York fechou com uma queda de 7,3% na quinta-feira. E, o mais preocupante, o índice caiu 20,9% em sete dias. A tendência passou para a Ásia, onde o índice Nikkei em Tóquio fechou em queda de quase 10% e o Hang Seng, de Hong Kong, caiu 7,2%. E o mesmo aconteceu com as ações na Europa.
O que preocupa os investidores?
Nas últimas semanas, em algumas ocasiões, foram vistos sinais de otimismo nos mercados, especialmente quando o pacote de resgate do governo americano, de US$ 700 bilhões, foi aprovado nos Estados Unidos. Mas momentos de pessimismo têm sido mais comuns. Analistas apontam uma série de fatores para explicar isso. Um deles é que persiste o problema de liquidez - os bancos ainda estariam com muita aversão ao risco e não começaram a emprestar dinheiro uns para os outros. "Apesar dos grandes esforços dos Bancos Centrais do mundo todo, ainda não vimos nenhuma movimentação de empréstimos entre os bancos, e isto está causando a maior preocupação no momento", disse o corretor de mercados da CMC Matt Buckland.
Os investidores também estariam preocupados com a própria eficiência do pacote aprovado dos Estados Unidos e temendo que a crise seja mais profunda do que se previa.
Nas últimas semanas, em algumas ocasiões, foram vistos sinais de otimismo nos mercados, especialmente quando o pacote de resgate do governo americano, de US$ 700 bilhões, foi aprovado nos Estados Unidos. Mas momentos de pessimismo têm sido mais comuns. Analistas apontam uma série de fatores para explicar isso. Um deles é que persiste o problema de liquidez - os bancos ainda estariam com muita aversão ao risco e não começaram a emprestar dinheiro uns para os outros. "Apesar dos grandes esforços dos Bancos Centrais do mundo todo, ainda não vimos nenhuma movimentação de empréstimos entre os bancos, e isto está causando a maior preocupação no momento", disse o corretor de mercados da CMC Matt Buckland.
Os investidores também estariam preocupados com a própria eficiência do pacote aprovado dos Estados Unidos e temendo que a crise seja mais profunda do que se previa.
Os mercados poderão cair mais?
Descobrir quando os mercados atingiram o fundo do poço é um processo arriscado e complicado.
Muitos corretores acreditam na idéia de “capitulação” ou “rendição” do mercado. Isso aconteceria quando os investidores tentarem sair do mercado a qualquer preço, após perderem toda a esperança de fazer algum dinheiro com suas ações.
Esta rendição dos mercados seria marcada por vendas precipitadas e um volume alto de transações.Isso continuaria até o ponto em que o último investidor, desesperado para se livrar de suas ações e migrar para investimentos menos arriscados, tenha vendido tudo.
Uma vez que haja uma crença de que os mercados chegaram ao fundo, os que procuram um bom negócio entrariam em ação e o mercado se recuperaria.
Descobrir quando os mercados atingiram o fundo do poço é um processo arriscado e complicado.
Muitos corretores acreditam na idéia de “capitulação” ou “rendição” do mercado. Isso aconteceria quando os investidores tentarem sair do mercado a qualquer preço, após perderem toda a esperança de fazer algum dinheiro com suas ações.
Esta rendição dos mercados seria marcada por vendas precipitadas e um volume alto de transações.Isso continuaria até o ponto em que o último investidor, desesperado para se livrar de suas ações e migrar para investimentos menos arriscados, tenha vendido tudo.
Uma vez que haja uma crença de que os mercados chegaram ao fundo, os que procuram um bom negócio entrariam em ação e o mercado se recuperaria.
Mas é possível que as bolsas já tenham chegado ao fundo do poço?
É muito difícil afirmar isto. Algumas pessoas avaliam que já se chegou neste ponto, no começo da semana. Alguns acham que os mercados chegaram ao seu ponto mais baixo na semana passada.
E também existem aqueles que afirmam que a capitulação foi alcançada no dia 15 de setembro, quando o índice Dow Jones caiu 504 pontos em um único dia. "Nós tivemos o estágio da capitulação, onde as pessoas estão tendo a combinação de um sistema bancário em crise e a economia global que está desacelerando de forma dramática", afirmou Justin Urquhart-Stewart, da empresa de gerenciamento de Investimentos Seven.
É muito difícil afirmar isto. Algumas pessoas avaliam que já se chegou neste ponto, no começo da semana. Alguns acham que os mercados chegaram ao seu ponto mais baixo na semana passada.
E também existem aqueles que afirmam que a capitulação foi alcançada no dia 15 de setembro, quando o índice Dow Jones caiu 504 pontos em um único dia. "Nós tivemos o estágio da capitulação, onde as pessoas estão tendo a combinação de um sistema bancário em crise e a economia global que está desacelerando de forma dramática", afirmou Justin Urquhart-Stewart, da empresa de gerenciamento de Investimentos Seven.
Em um breve discurso realizado na manhã deste sábado em Washington após uma reunião com os ministros das Finanças dos países do G7 (o grupo dos sete países mais ricos do mundo), o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse que todos concordam que é necessária uma "resposta global séria" à crise financeira."Todos nós reconhecemos que esta é uma séria crise global e por isso precisa de uma resposta global séria para o bem de nossas populações", afirmou Bush. O presidente acrescentou que todos estão determinados a "continuar os grandes esforços para levar suas economias de volta ao caminho da estabilidade e do crescimento de longo prazo". De acordo com Bush, os Estados Unidos têm um papel especial a desempenhar na liderança da resposta à crise, por isso ele convocou a reunião deste sábado com os ministros das finanças na Casa Branca. "E é por isso que o nosso governo vai continuar utilizando todos os instrumentos à disposição para resolver a crise", explicou o presidente americano.
Intervenção americana
A reunião com Bush vem após um encontro nesta sexta-feira dos ministros das Finanças do G7 com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Henry Paulson. Após a reunião, Paulson disse que que o governo americano irá comprar ações de bancos.''Estamos desenvolvendo estratégias para usar a autoridade de comprar e garantir bens hipotecários e de comprar ações em instituições financeiras, consideradas necessárias para promover a estabilidade do mercado financeiro'', afirmou Paulson. Muitos analistas já diziam que a guinada intervencionista do governo dos Estados Unidos representaria o fim do modelo americano de capitalismo, marcado pela não-intervenção estatal e pela plena liberdade do mercado. A ação anunciada nesta sexta-feira por Paulson leva ainda mais longe a intervenção do Estado americano no sistema financeiro do país. É a primeira vez que o governo dos Estados Unidos anuncia uma medida dessa natureza desde a Grande Depressão.
A reunião com Bush vem após um encontro nesta sexta-feira dos ministros das Finanças do G7 com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Henry Paulson. Após a reunião, Paulson disse que que o governo americano irá comprar ações de bancos.''Estamos desenvolvendo estratégias para usar a autoridade de comprar e garantir bens hipotecários e de comprar ações em instituições financeiras, consideradas necessárias para promover a estabilidade do mercado financeiro'', afirmou Paulson. Muitos analistas já diziam que a guinada intervencionista do governo dos Estados Unidos representaria o fim do modelo americano de capitalismo, marcado pela não-intervenção estatal e pela plena liberdade do mercado. A ação anunciada nesta sexta-feira por Paulson leva ainda mais longe a intervenção do Estado americano no sistema financeiro do país. É a primeira vez que o governo dos Estados Unidos anuncia uma medida dessa natureza desde a Grande Depressão.
Papel do G7
Além de anunciar um aprofundamento da recente guinada intervencionista americana, Paulson frisou também o papel dos demais países para conter a atual crise. O secretário do Tesouro afirmou ainda que o G7 está comprometido a encontrar soluções coletivas para garantir a estabilidade financeira global e resgatar a saúde da economia mundial. ''Os eventos recentes mostraram que a turbulência dos mercados é um evento global'', afirmou Paulson.
O secretário do Tesouro acrescentou que os países do G7 estão buscando um plano internacional e abrangente de regulamentação do sistema financeiro.
Além de anunciar um aprofundamento da recente guinada intervencionista americana, Paulson frisou também o papel dos demais países para conter a atual crise. O secretário do Tesouro afirmou ainda que o G7 está comprometido a encontrar soluções coletivas para garantir a estabilidade financeira global e resgatar a saúde da economia mundial. ''Os eventos recentes mostraram que a turbulência dos mercados é um evento global'', afirmou Paulson.
O secretário do Tesouro acrescentou que os países do G7 estão buscando um plano internacional e abrangente de regulamentação do sistema financeiro.
Plano de ação do G7
O G7 lançou nesta sexta um comunicado com cinco pontos de ação.
Entre eles o de ''usar todas as ferramentas possíveis para apoiar sistematicamente importantes instituições financeiras e impedir suas falências'' e ''tomar todos os passos para garantir que bancos e outras instituições financeiras tenham pleno acesso à liquidez e ao financiamento''.
O grupo dos países ricos também destacou a necessidade de ''garantir que os bancos de nações diversas possam, quando necessário, levantar capital de fontes públicas, bem como privadas''.
O quarto ponto de ação foi o de ''assegurar que as garantias dos depósitos sejam robustas e consistentes". O último ponto foi de se comprometer ''a tomar medidas, quando apropriado, para reativar os mercados secundários de hipotecas, e outros ativos titularizados''.
O G7 lançou nesta sexta um comunicado com cinco pontos de ação.
Entre eles o de ''usar todas as ferramentas possíveis para apoiar sistematicamente importantes instituições financeiras e impedir suas falências'' e ''tomar todos os passos para garantir que bancos e outras instituições financeiras tenham pleno acesso à liquidez e ao financiamento''.
O grupo dos países ricos também destacou a necessidade de ''garantir que os bancos de nações diversas possam, quando necessário, levantar capital de fontes públicas, bem como privadas''.
O quarto ponto de ação foi o de ''assegurar que as garantias dos depósitos sejam robustas e consistentes". O último ponto foi de se comprometer ''a tomar medidas, quando apropriado, para reativar os mercados secundários de hipotecas, e outros ativos titularizados''.
EUA confirmam reunião do G20 sobre crise financeira
O governo dos Estados Unidos confirmou nesta quarta-feira a realização no sábado de uma reunião do G20, grupo atualmente presidido pelo Brasil, sobre a crise econômica mundial.
O G20 reúne representantes das nações mais ricas do mundo e das principais economias emergentes: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coréia do Sul, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Rússia, Turquia e União Européia. ''Em consulta com o Brasil, o presidente do G20, estou pedindo uma reunião especial do G20 que incluirá altos oficiais de Finanças, presidentes de bancos centrais e reguladores das principais economias emergentes para coordenar maneiras de amenizarmos os efeitos da turbulência global e da desaceleração econômica em todos os nossos países'', afirmou o secretário do Tesouro americano, Henry Paulson, em uma coletiva.
A reunião improvisada será realizada em Washington, na sede do Fundo Monetário Internacional (FMI), que realiza, nesta semana, o seu evento semestral na capital americana.
O G20 reúne representantes das nações mais ricas do mundo e das principais economias emergentes: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coréia do Sul, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Rússia, Turquia e União Européia. ''Em consulta com o Brasil, o presidente do G20, estou pedindo uma reunião especial do G20 que incluirá altos oficiais de Finanças, presidentes de bancos centrais e reguladores das principais economias emergentes para coordenar maneiras de amenizarmos os efeitos da turbulência global e da desaceleração econômica em todos os nossos países'', afirmou o secretário do Tesouro americano, Henry Paulson, em uma coletiva.
A reunião improvisada será realizada em Washington, na sede do Fundo Monetário Internacional (FMI), que realiza, nesta semana, o seu evento semestral na capital americana.
Telefonemas
O encontro acabou sendo fechado após conversas telefônicas entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o líder americano, George W. Bush, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, nesta quarta-feira. Bush também manteve contatos por telefone a respeito da crise com o premiê britânico, Gordon Brown, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi. A possibilidade de realizar uma reunião de emergência vinha sendo levantada nos últimos dias por diferentes líderes internacionais e ganhou fôlego após chefes de governo diversos terem feito apelos para que se chegasse a uma solução coordenada para conter a crise.
Nesta sexta-feira se dará também em Washington um encontro do G7 - o grupo constituído pelas maiores economias globais - para discutir medidas que podem ser tomadas para acalmar os mercados.
O encontro acabou sendo fechado após conversas telefônicas entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o líder americano, George W. Bush, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, nesta quarta-feira. Bush também manteve contatos por telefone a respeito da crise com o premiê britânico, Gordon Brown, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi. A possibilidade de realizar uma reunião de emergência vinha sendo levantada nos últimos dias por diferentes líderes internacionais e ganhou fôlego após chefes de governo diversos terem feito apelos para que se chegasse a uma solução coordenada para conter a crise.
Nesta sexta-feira se dará também em Washington um encontro do G7 - o grupo constituído pelas maiores economias globais - para discutir medidas que podem ser tomadas para acalmar os mercados.
Ação conjunta
Henry Paulson defendeu a necessidade de se agir coletivamente para amainar os efeitos da turbulência financeira que se originou nos Estados Unidos. Os governos têm agido tanto individualmente como coletivamente e precisam continuar a fazê-lo, para gerar uma liquidez muito necessária, fortalecer as instituições financeiras por meio da geração de capital e proteger as poupanças de nossos cidadãos. Henry Paulson, secretário do Tesouro dos Estados Unidos"Os governos têm agido tanto individualmente como coletivamente e precisam continuar a fazê-lo, para gerar uma liquidez muito necessária, fortalecer as instituições financeiras por meio da geração de capital e proteger as poupanças de nossos cidadãos'', afirmou. Paulson acrescentou ainda que as diferentes nações devem ter a cautela de ''assegurar que nossas ações são coordenadas de perto e comunicadas, para que a ação de um país não se dê às custas de outro ou às custas da estabilidade do sistema com um todo''. Nas últimas semanas, Bancos Centrais dos diferentes países vêm mantendo consultas a fim de adotarem soluções conjuntas capazes de atenuar os efeitos do atual caos econômico. Nesta quarta-feira, os bancos centrais dos Estados Unidos (Fed), Inglaterra, Suécia, Suíça e Canadá deram uma amostra de como são capazes de agir em conjunto, ao anunciarem um corte emergencial das taxas de juros.
FMI
Também nesta quarta-feira, o governo da Grã-Bretanha anunciou detalhes de um pacote no valor de até 500 bilhões de libras esterlinas (o equivalente a cerca de US$ 880 bilhões) para resgatar o sistema bancário do país. Em outro desdobramento relacionado à crise financeira global, o FMI divulgou um novo relatório anual, o Panorama Econômico Mundial, em que afirma que haverá um desaquecimento acelerado da economia global neste ano. Depois de mais um dia de instabilidade, as principais bolsas de valores do mundo encerraram a quarta-feira no vermelho, refletindo o persistente pessimismo em relação à economia. Em Nova York, o índice Dow Jones fechou o dia em -2%. Na Europa, o índice FTSE da bolsa de Londres ficou em -5,18% e, em Tóquio, o Nikkei teve mais uma queda acentuada, de -9,38% (a maior queda desde 1987).
Henry Paulson defendeu a necessidade de se agir coletivamente para amainar os efeitos da turbulência financeira que se originou nos Estados Unidos. Os governos têm agido tanto individualmente como coletivamente e precisam continuar a fazê-lo, para gerar uma liquidez muito necessária, fortalecer as instituições financeiras por meio da geração de capital e proteger as poupanças de nossos cidadãos. Henry Paulson, secretário do Tesouro dos Estados Unidos"Os governos têm agido tanto individualmente como coletivamente e precisam continuar a fazê-lo, para gerar uma liquidez muito necessária, fortalecer as instituições financeiras por meio da geração de capital e proteger as poupanças de nossos cidadãos'', afirmou. Paulson acrescentou ainda que as diferentes nações devem ter a cautela de ''assegurar que nossas ações são coordenadas de perto e comunicadas, para que a ação de um país não se dê às custas de outro ou às custas da estabilidade do sistema com um todo''. Nas últimas semanas, Bancos Centrais dos diferentes países vêm mantendo consultas a fim de adotarem soluções conjuntas capazes de atenuar os efeitos do atual caos econômico. Nesta quarta-feira, os bancos centrais dos Estados Unidos (Fed), Inglaterra, Suécia, Suíça e Canadá deram uma amostra de como são capazes de agir em conjunto, ao anunciarem um corte emergencial das taxas de juros.
FMI
Também nesta quarta-feira, o governo da Grã-Bretanha anunciou detalhes de um pacote no valor de até 500 bilhões de libras esterlinas (o equivalente a cerca de US$ 880 bilhões) para resgatar o sistema bancário do país. Em outro desdobramento relacionado à crise financeira global, o FMI divulgou um novo relatório anual, o Panorama Econômico Mundial, em que afirma que haverá um desaquecimento acelerado da economia global neste ano. Depois de mais um dia de instabilidade, as principais bolsas de valores do mundo encerraram a quarta-feira no vermelho, refletindo o persistente pessimismo em relação à economia. Em Nova York, o índice Dow Jones fechou o dia em -2%. Na Europa, o índice FTSE da bolsa de Londres ficou em -5,18% e, em Tóquio, o Nikkei teve mais uma queda acentuada, de -9,38% (a maior queda desde 1987).
Os mercados europeus operam com fortes perdas nesta sexta-feira, seguindo uma seqüência de resultados no vermelho registrados na Ásia.
As bolsas abriram com perdas em torno de 10%, mas se recuperaram levemente e, às 14h de Londres (10h de Brasília), a queda registrada pelo índice FTSE 100 da bolsa de Londres alcançava 8,1%. Em Frankfurt, o DAX recuava 9%, e em Paris o índice CAC 40 caía 8,5%. As perdas nos mercados europeus acompanham a acentuada queda das bolsas asiáticas. Em Tóquio, a bolsa mais importante da região, o índice Nikkei 225 chegou a cair 11%, terminando negativo em 9,62% aos 8.276,43 pontos, o pior resultado desde o que os japoneses chamam de “Sexta-Feira Negra”, em outubro de 1987. Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu para abaixo de 15 mil pontos pela primeira vez desde janeiro de 2006. Fechou com queda de 7,19% aos 14.796,87 pontos. Na Bolsa de Xangai o índice Composite terminou com perdas de 3,57% aos 2.000,57 pontos.“É uma completa perda de confiança”, disse o gerente geral da Fulbright Securities em Hong Kong, Francis Lun.“Acho que o mercado ainda está procurando pelo fundo do poço, procurando suporte, e o fundo não virá até que os investidores estejam convencidos de que a estabilidade voltou aos mercados financeiros. Nesse momento, na Europa e nos Estados Unidos os mercados financeiros estão em turbulência.” Na Rússia, as negociações na Bolsa de Valores de Moscou foram suspensas indefinidamente, em uma tentativa de conter a volatilidade do mercado.
As bolsas abriram com perdas em torno de 10%, mas se recuperaram levemente e, às 14h de Londres (10h de Brasília), a queda registrada pelo índice FTSE 100 da bolsa de Londres alcançava 8,1%. Em Frankfurt, o DAX recuava 9%, e em Paris o índice CAC 40 caía 8,5%. As perdas nos mercados europeus acompanham a acentuada queda das bolsas asiáticas. Em Tóquio, a bolsa mais importante da região, o índice Nikkei 225 chegou a cair 11%, terminando negativo em 9,62% aos 8.276,43 pontos, o pior resultado desde o que os japoneses chamam de “Sexta-Feira Negra”, em outubro de 1987. Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu para abaixo de 15 mil pontos pela primeira vez desde janeiro de 2006. Fechou com queda de 7,19% aos 14.796,87 pontos. Na Bolsa de Xangai o índice Composite terminou com perdas de 3,57% aos 2.000,57 pontos.“É uma completa perda de confiança”, disse o gerente geral da Fulbright Securities em Hong Kong, Francis Lun.“Acho que o mercado ainda está procurando pelo fundo do poço, procurando suporte, e o fundo não virá até que os investidores estejam convencidos de que a estabilidade voltou aos mercados financeiros. Nesse momento, na Europa e nos Estados Unidos os mercados financeiros estão em turbulência.” Na Rússia, as negociações na Bolsa de Valores de Moscou foram suspensas indefinidamente, em uma tentativa de conter a volatilidade do mercado.
Setor produtivo
Segundo analistas, as incertezas em relação à extensão da crise financeira para a economia global ainda permanece como fonte de preocupação. As ações de bancos lideram as perdas, mas papéis de setores produtivos também sofrem.No mercado americano, as ações da fabricante automotiva GM, uma das 30 que compõe o índice Dow Jones, já vale o mesmo que valia há 58 anos. O papel caiu 31% de seu valor na quinta-feira, fechando cotado a US$ 4,76. “O importante agora não é o que acontece com as ações, é o que acontece com o crédito, porque, a não ser que o dinheiro circule na economia através dos mercados de crédito, através do sistema bancário, é essencialmente como um ser humano sem o sangue circulando nas veias”, disse Gillian Tett, um dos jornalistas que cobriu a crise bancária do Japão nos anos 1990. “Nossa economia não pode funcionar se o crédito não a mantiver em movimento, e infelizmente, ao longo das semanas passadas, tivemos uma situação em que o crédito coagulou.”
Segundo analistas, as incertezas em relação à extensão da crise financeira para a economia global ainda permanece como fonte de preocupação. As ações de bancos lideram as perdas, mas papéis de setores produtivos também sofrem.No mercado americano, as ações da fabricante automotiva GM, uma das 30 que compõe o índice Dow Jones, já vale o mesmo que valia há 58 anos. O papel caiu 31% de seu valor na quinta-feira, fechando cotado a US$ 4,76. “O importante agora não é o que acontece com as ações, é o que acontece com o crédito, porque, a não ser que o dinheiro circule na economia através dos mercados de crédito, através do sistema bancário, é essencialmente como um ser humano sem o sangue circulando nas veias”, disse Gillian Tett, um dos jornalistas que cobriu a crise bancária do Japão nos anos 1990. “Nossa economia não pode funcionar se o crédito não a mantiver em movimento, e infelizmente, ao longo das semanas passadas, tivemos uma situação em que o crédito coagulou.”
Ações
A queda nas bolsas nesta sexta-feira ocorre apesar de tentativas de líderes mundiais de garantir a estabilidade das economias e acalmar os mercados financeiros. Nesta sexta-feira, o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, pediu a líderes de todo o mundo que atuem para aumentar a liquidez do sistema bancário, e reconstruam a confiança do sistema bancário para reativar os empréstimos entre os bancos. “Este é um problema global, que requer uma solução global”, escreveu Brown em um artigo no jornal The Times. Ministros das Finanças do G7, o grupo de economias mais industrializadas do mundo, se encontrarão para discutir a crise mundial em Washington no sábado. Está também previsto um encontro do chamado G20, grupo de formado pelas nações mais ricas do mundo e as principais economias emergentes. Além dos países do G7, o grupo inclui Brasil, África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, China, Coréia do Sul, Índia, Indonésia, México, Rússia, Turquia e União Européia. O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, disse que a instituição ativou um mecanismo de emergência que disponibiliza imediatamente US$ 200 bilhões para ajudar países seriamente afetados pela crise financeira global. O mecanismo, criado em 1995, foi usado pela primeira vez durante a crise asiática de 1997, quando Tailândia, Filipinas, Indonésia e Coréia do Sul foram beneficiados. Para um analista de mercado, ainda tardará até que os mercados respondam às medidas anunciadas pelos líderes e instituições internacionais.
“Claramente, os mercados estão em crise. Não se pode simplesmente jogar uma pílula mágica neles e de repente tudo fica bem”, disse o economia Don Smith, da corretora ICAP.
“Eles têm de estar confiantes, e confiança é algo potencialmente frágil que leva muito tempo para restaurar. É preciso tempo.”
A queda nas bolsas nesta sexta-feira ocorre apesar de tentativas de líderes mundiais de garantir a estabilidade das economias e acalmar os mercados financeiros. Nesta sexta-feira, o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, pediu a líderes de todo o mundo que atuem para aumentar a liquidez do sistema bancário, e reconstruam a confiança do sistema bancário para reativar os empréstimos entre os bancos. “Este é um problema global, que requer uma solução global”, escreveu Brown em um artigo no jornal The Times. Ministros das Finanças do G7, o grupo de economias mais industrializadas do mundo, se encontrarão para discutir a crise mundial em Washington no sábado. Está também previsto um encontro do chamado G20, grupo de formado pelas nações mais ricas do mundo e as principais economias emergentes. Além dos países do G7, o grupo inclui Brasil, África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, China, Coréia do Sul, Índia, Indonésia, México, Rússia, Turquia e União Européia. O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, disse que a instituição ativou um mecanismo de emergência que disponibiliza imediatamente US$ 200 bilhões para ajudar países seriamente afetados pela crise financeira global. O mecanismo, criado em 1995, foi usado pela primeira vez durante a crise asiática de 1997, quando Tailândia, Filipinas, Indonésia e Coréia do Sul foram beneficiados. Para um analista de mercado, ainda tardará até que os mercados respondam às medidas anunciadas pelos líderes e instituições internacionais.
“Claramente, os mercados estão em crise. Não se pode simplesmente jogar uma pílula mágica neles e de repente tudo fica bem”, disse o economia Don Smith, da corretora ICAP.
“Eles têm de estar confiantes, e confiança é algo potencialmente frágil que leva muito tempo para restaurar. É preciso tempo.”
Bush diz a Lula que pacote contra crise terá efeito em 20 dias
Lula disse a Bush que o Brasil enfrenta a crise num momento de solidez, o que foi confirmado pelo americano
BRASÍLIA - O presidente dos Estados Unidos George W.Bush telefonou às 14h10 para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para comentar a crise financeira mundial, informou nesta quarta-feira, 8, fonte do Palácio do Planalto. No telefonema, Lula perguntou se Bush tinha idéia de quanto tempo levaria para que as medidas do pacote tivessem efeito no mercado. Bush respondeu que as medidas teriam efeito em duas semanas e meia. No final de semana, o presidente Lula telefonou para Bush que só hoje retornou a ligação. Na conversa, de quinze minutos, Lula felicitou o presidente americano pela aprovação do pacote de ajuda financeiro pelo Congresso e disse que, na avaliação dele, é um passo para o reequilíbrio da economia.Segundo a mesma fonte, Lula disse a Bush que o Brasil enfrenta a crise num momento de solidez econômica, o que faz com que o país esteja mais preparado para enfrentar possíveis abalos que em momentos anteriores.Bush, ainda segundo a fonte do Planalto, concordou que o Brasil tem plataforma sólida devido aos bons fundamentos da economia. O presidente americano ressaltou que os Estados Unidos tem uma desvantagem a mais por ter sido atingido pela crise num momento de declínio de suas atividades econômicas.Ainda na conversa, Lula disse a Bush que era preciso criar mecanismos de controle do mercado financeiro, como já havia ressaltado no discurso que fez em setembro na abertura da assembléia anual da Organização das Nações Unidas (ONU). Lula ainda ressaltou a importância da conclusão da rodada comercial Doha, para o livre comércio mundial. Um acordo, segundo o presidente Lula, seria um forte sinal positivo para minimizar os efeitos da crise na economia mundial.
Lula disse a Bush que o Brasil enfrenta a crise num momento de solidez, o que foi confirmado pelo americano
BRASÍLIA - O presidente dos Estados Unidos George W.Bush telefonou às 14h10 para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para comentar a crise financeira mundial, informou nesta quarta-feira, 8, fonte do Palácio do Planalto. No telefonema, Lula perguntou se Bush tinha idéia de quanto tempo levaria para que as medidas do pacote tivessem efeito no mercado. Bush respondeu que as medidas teriam efeito em duas semanas e meia. No final de semana, o presidente Lula telefonou para Bush que só hoje retornou a ligação. Na conversa, de quinze minutos, Lula felicitou o presidente americano pela aprovação do pacote de ajuda financeiro pelo Congresso e disse que, na avaliação dele, é um passo para o reequilíbrio da economia.Segundo a mesma fonte, Lula disse a Bush que o Brasil enfrenta a crise num momento de solidez econômica, o que faz com que o país esteja mais preparado para enfrentar possíveis abalos que em momentos anteriores.Bush, ainda segundo a fonte do Planalto, concordou que o Brasil tem plataforma sólida devido aos bons fundamentos da economia. O presidente americano ressaltou que os Estados Unidos tem uma desvantagem a mais por ter sido atingido pela crise num momento de declínio de suas atividades econômicas.Ainda na conversa, Lula disse a Bush que era preciso criar mecanismos de controle do mercado financeiro, como já havia ressaltado no discurso que fez em setembro na abertura da assembléia anual da Organização das Nações Unidas (ONU). Lula ainda ressaltou a importância da conclusão da rodada comercial Doha, para o livre comércio mundial. Um acordo, segundo o presidente Lula, seria um forte sinal positivo para minimizar os efeitos da crise na economia mundial.
A cronologia da crise financeira
SÃO PAULO - Entre 2004 e 2006: problemas no subprime
Depois de dois anos, entre 2004 e 2006, quando a taxa de juros subiu de 1% para 5,35%, o mercado imobiliário americano começou a sofrer, com preços dos imóveis caindo e aumento na inadimplência de mutuários. A inadimplência em empréstimos do tipo subprime - hipotecas de alto risco para pessoas com histórico ruim de crédito - atingiu níveis recordes.
Abril a agosto de 2007: contágio do subprime
Abril
A New Century Financial, especializada em empréstimos subprime, pediu concordata e demitiu metade dos seus funcionários.Com suas dívidas sendo repassadas para outros bancos, o mercado subprime começou a entrar em colapso.
Julho
O banco de investimentos Bear Stearns diz que seus investidores não conseguirão resgatar o dinheiro investido em seus fundos hedge. O diretor do Federal Reserve (o banco central americano), Ben Bernanke, diz que a crise do subprime pode custar US$ 100 bilhões.
Agosto 2007: Tamanho da crise é revelado
9 de agosto
O banco de investimentos PNB Paribas diz a seus investidores que eles não conseguirão resgatar seus investimentos, devido à "completa evaporação da liquidez" do mercado. É um sinal claro de que os bancos estão se recusando a emprestar dinheiro uns aos outros. O Banco Central Europeu investe 95 bilhões de euros no setor bancário, para melhorar a liquidez. Em seguida, mais 108,7 bilhões de euros são investidos. Os bancos centrais dos Estados Unidos, Canadá e Japão começam a intervir.
17 de agosto
O Federal Reserve corta pela metade a taxa de juros para empréstimos a bancos, para 5,75%.
Setembro 2007: Corrida aos bancos
13 de setembro
O banco britânico Northern Rock pediu e recebeu ajuda financeira emergencial do banco central britânico. No dia seguinte, os correntistas retiraram mais de US$ 2 bilhões, em uma das maiores fugas de capital da Grã-Bretanha.
18 de setembro
O Federal Reserve corta a taxa de juro em meio ponto percentual, para 5,75%.
Outubro de 2007: perdas começam a surgir
No dia 1º, o banco suíço UBS revelou perdas de US$ 3,4 bilhões. Em seguida, o gigante Citigroup divulgou que perdeu US$ 3,1 bilhões com o mercado subprime - US$ 40 bilhões no acumulado de seis meses. No fim do mês, o diretor do Merrill Lynch se demite, depois de revelar que o banco tinha US$ 7,9 bilhões de dívidas que incluíam papéis podres.
Dezembro 2007: Ajuda do governo
No dia 6, o presidente americano, George W. Bush, anunciou um plano para ajudar milhões de mutuários com problemas. O Federal Reserve coordenou ao lado de cinco bancos centrais uma ação para empréstimos a outros bancos.
Fevereiro e março 2008: Nacionalizações e compras
7 de fevereiro
Ben Bernanke alerta para os efeitos da crise do sistema financeiro na economia real. Os líderes do G7 (grupo dos sete países mais industrializados do mundo) dizem que as perdas com o mercado subprime podem chegar a US$ 400 bilhões. O governo britânico nacionaliza o banco Northern Rock.
Em março, o Federal Reserve disponibiliza mais US$ 200 bilhões para bancos em dificuldade. No dia 17, o quinto maior banco americano, Bear Stearns, é comprado pelo JP Morgan Chase por US$ 240 milhões (um ano antes, o banco valia US$ 18 bilhões).
Abril 2008: Mais efeitos na Europa
8 de abril
O Fundo Monetário Internacional (FMI) alerta que as perdas devido à crise financeira internacional podem chegar a US$ 1 trilhão ou até ultrapassar esta marca. Segundo o FMI, os efeitos da crise estão se espalhando para outros setores como crédito ao consumidor e dívidas de empresas. Dois dias depois o Banco da Inglaterra diminui sua taxa de juros para 5%, um corte de 0,25%.
21 de abril
O Banco da Inglaterra divulga os detalhes de um plano ambicioso, da ordem de 50 bilhões de libras (cerca de R$ 171 bilhões) para ajudar bancos, um plano que permitiria que estes bancos trocassem dívidas de hipoteca que potencialmente arriscadas por títulos do governo, mais seguros.
Abril a junho de 2008: Bancos tentam conseguir dinheiro
22 de abril
O banco britânico Royal Bank of Scotland anuncia o plano para levantar dinheiro junto aos acionistas, lançando novas ações no mercado, que chegam ao valor 12 bilhões de libras (mais de R$ 41 bilhões), o maior lançamento de ações da história corporativa da Grã-Bretanha.
2 de maio
O banco UBS, um dos mais afetados pela crise financeira mundial, também lança ações no valor de US$ 15,5 bilhões para cobrir parte de suas perdas, que chegaram a US$ 37 bilhões, mais do que qualquer outro banco afetado pelas turbulências do mercado internacional.
19 de junho
O FBI prende 406 pessoas, incluindo corretores e empreiteiros, como parte de uma operação contra supostas fraudes em financiamentos habitacionais, que alcançaram valor de US$ 1 bilhão.
25 de junho
Outro banco britânico, desta vez o Barclays, anuncia os planos para levantar 4,5 bilhões de libras (cerca de R$ 15,4 bilhões) com lançamento de ações.
Julho de 2008: Grandes financiadores no limite
13 de julho
O banco de hipotecas americano IndyMac entra em colapso e se torna o segundo maior banco a falir na história dos Estados Unidos.
14 de julho
Autoridades financeiras dos Estados Unidos prestam assistência às duas gigantes do setor de hipotecas, Fannie Mae e Freddie Mac. Juntas, as duas companhias são responsáveis por quase metade das hipotecas dos Estados Unidos e detêm ou garantem cerca de US$ 5,3 trilhões em financiamentos e são cruciais para o mercado imobiliário americano.
Agosto a setembro de 2008: Outros gigantes sofrem
4 de agosto
O gigante do setor bancário HSBC alertou que as condições dos mercados financeiros são as mais difíceis "das últimas décadas", depois de sofrer uma queda de 28% em seus lucros semestrais. Dos grandes bancos europeus, o HSBC estava entre os mais atingidos pela crise do mercado imobiliário e de crédito dos Estados Unidos.
30 de agosto
O ministro da Fazenda britânico, Alistair Darling, afirma que a economia da Grã-Bretanha enfrenta sua pior crise dos últimos 60 anos em uma entrevista ao jornal The Guardian.
1º de setembro
Dados oficiais do Banco da Inglaterra mostram queda na aprovação de hipotecas em julho.
5 de setembro
Números do mercado de trabalho americano mostram que a taxa de desemprego no país subiu para 6,1%, causando ainda mais turbulência nos mercados financeiros.
Depois de dois anos, entre 2004 e 2006, quando a taxa de juros subiu de 1% para 5,35%, o mercado imobiliário americano começou a sofrer, com preços dos imóveis caindo e aumento na inadimplência de mutuários. A inadimplência em empréstimos do tipo subprime - hipotecas de alto risco para pessoas com histórico ruim de crédito - atingiu níveis recordes.
Abril a agosto de 2007: contágio do subprime
Abril
A New Century Financial, especializada em empréstimos subprime, pediu concordata e demitiu metade dos seus funcionários.Com suas dívidas sendo repassadas para outros bancos, o mercado subprime começou a entrar em colapso.
Julho
O banco de investimentos Bear Stearns diz que seus investidores não conseguirão resgatar o dinheiro investido em seus fundos hedge. O diretor do Federal Reserve (o banco central americano), Ben Bernanke, diz que a crise do subprime pode custar US$ 100 bilhões.
Agosto 2007: Tamanho da crise é revelado
9 de agosto
O banco de investimentos PNB Paribas diz a seus investidores que eles não conseguirão resgatar seus investimentos, devido à "completa evaporação da liquidez" do mercado. É um sinal claro de que os bancos estão se recusando a emprestar dinheiro uns aos outros. O Banco Central Europeu investe 95 bilhões de euros no setor bancário, para melhorar a liquidez. Em seguida, mais 108,7 bilhões de euros são investidos. Os bancos centrais dos Estados Unidos, Canadá e Japão começam a intervir.
17 de agosto
O Federal Reserve corta pela metade a taxa de juros para empréstimos a bancos, para 5,75%.
Setembro 2007: Corrida aos bancos
13 de setembro
O banco britânico Northern Rock pediu e recebeu ajuda financeira emergencial do banco central britânico. No dia seguinte, os correntistas retiraram mais de US$ 2 bilhões, em uma das maiores fugas de capital da Grã-Bretanha.
18 de setembro
O Federal Reserve corta a taxa de juro em meio ponto percentual, para 5,75%.
Outubro de 2007: perdas começam a surgir
No dia 1º, o banco suíço UBS revelou perdas de US$ 3,4 bilhões. Em seguida, o gigante Citigroup divulgou que perdeu US$ 3,1 bilhões com o mercado subprime - US$ 40 bilhões no acumulado de seis meses. No fim do mês, o diretor do Merrill Lynch se demite, depois de revelar que o banco tinha US$ 7,9 bilhões de dívidas que incluíam papéis podres.
Dezembro 2007: Ajuda do governo
No dia 6, o presidente americano, George W. Bush, anunciou um plano para ajudar milhões de mutuários com problemas. O Federal Reserve coordenou ao lado de cinco bancos centrais uma ação para empréstimos a outros bancos.
Fevereiro e março 2008: Nacionalizações e compras
7 de fevereiro
Ben Bernanke alerta para os efeitos da crise do sistema financeiro na economia real. Os líderes do G7 (grupo dos sete países mais industrializados do mundo) dizem que as perdas com o mercado subprime podem chegar a US$ 400 bilhões. O governo britânico nacionaliza o banco Northern Rock.
Em março, o Federal Reserve disponibiliza mais US$ 200 bilhões para bancos em dificuldade. No dia 17, o quinto maior banco americano, Bear Stearns, é comprado pelo JP Morgan Chase por US$ 240 milhões (um ano antes, o banco valia US$ 18 bilhões).
Abril 2008: Mais efeitos na Europa
8 de abril
O Fundo Monetário Internacional (FMI) alerta que as perdas devido à crise financeira internacional podem chegar a US$ 1 trilhão ou até ultrapassar esta marca. Segundo o FMI, os efeitos da crise estão se espalhando para outros setores como crédito ao consumidor e dívidas de empresas. Dois dias depois o Banco da Inglaterra diminui sua taxa de juros para 5%, um corte de 0,25%.
21 de abril
O Banco da Inglaterra divulga os detalhes de um plano ambicioso, da ordem de 50 bilhões de libras (cerca de R$ 171 bilhões) para ajudar bancos, um plano que permitiria que estes bancos trocassem dívidas de hipoteca que potencialmente arriscadas por títulos do governo, mais seguros.
Abril a junho de 2008: Bancos tentam conseguir dinheiro
22 de abril
O banco britânico Royal Bank of Scotland anuncia o plano para levantar dinheiro junto aos acionistas, lançando novas ações no mercado, que chegam ao valor 12 bilhões de libras (mais de R$ 41 bilhões), o maior lançamento de ações da história corporativa da Grã-Bretanha.
2 de maio
O banco UBS, um dos mais afetados pela crise financeira mundial, também lança ações no valor de US$ 15,5 bilhões para cobrir parte de suas perdas, que chegaram a US$ 37 bilhões, mais do que qualquer outro banco afetado pelas turbulências do mercado internacional.
19 de junho
O FBI prende 406 pessoas, incluindo corretores e empreiteiros, como parte de uma operação contra supostas fraudes em financiamentos habitacionais, que alcançaram valor de US$ 1 bilhão.
25 de junho
Outro banco britânico, desta vez o Barclays, anuncia os planos para levantar 4,5 bilhões de libras (cerca de R$ 15,4 bilhões) com lançamento de ações.
Julho de 2008: Grandes financiadores no limite
13 de julho
O banco de hipotecas americano IndyMac entra em colapso e se torna o segundo maior banco a falir na história dos Estados Unidos.
14 de julho
Autoridades financeiras dos Estados Unidos prestam assistência às duas gigantes do setor de hipotecas, Fannie Mae e Freddie Mac. Juntas, as duas companhias são responsáveis por quase metade das hipotecas dos Estados Unidos e detêm ou garantem cerca de US$ 5,3 trilhões em financiamentos e são cruciais para o mercado imobiliário americano.
Agosto a setembro de 2008: Outros gigantes sofrem
4 de agosto
O gigante do setor bancário HSBC alertou que as condições dos mercados financeiros são as mais difíceis "das últimas décadas", depois de sofrer uma queda de 28% em seus lucros semestrais. Dos grandes bancos europeus, o HSBC estava entre os mais atingidos pela crise do mercado imobiliário e de crédito dos Estados Unidos.
30 de agosto
O ministro da Fazenda britânico, Alistair Darling, afirma que a economia da Grã-Bretanha enfrenta sua pior crise dos últimos 60 anos em uma entrevista ao jornal The Guardian.
1º de setembro
Dados oficiais do Banco da Inglaterra mostram queda na aprovação de hipotecas em julho.
5 de setembro
Números do mercado de trabalho americano mostram que a taxa de desemprego no país subiu para 6,1%, causando ainda mais turbulência nos mercados financeiros.
7 de setembro
O governo dos Estados Unidos anuncia que está assumindo o controle das empresas de hipoteca Freddie Mac e Fannie Mae, numa operação que foi considerada uma das maiores do gênero na história americana. O secretário do Tesouro americano, Henry Paulson, afirma que os níveis das dívidas das duas companhias significavam um "risco sistêmico" para a estabilidade econômica e que, se o governo não agisse, a situação poderia piorar.
10 de setembro
O Lehman Brothers, o quarto maior banco de investimentos dos Estados Unidos, registra perdas de US$ 3,9 bilhões nos três meses anteriores a agosto. O anúncio ocorre em meio a mais alertas econômicos feitos pela Comissão Européia, afirmando que Grã-Bretanha, Alemanha e Espanha poderão entrar em recessão até o final de 2008.
15 de setembro
Depois de dias em busca por um comprador, o Lehman Brothers entra com pedido de concordata, se transformando no primeiro grande banco a entrar em colapso desde o início da crise financeira. O ex-presidente do Fed Alan Greenspan afirma que outras grandes companhias também poderão cair. No mesmo dia, o Merrill Lynch, um dos principais bancos de investimento americanos, concordou em ser comprado pelo Bank of America por US$ 50 bilhões para evitar prejuízos maiores.
16 de setembro
O Federal Reserve anuncia um pacote de socorro de US$ 85 bilhões para tentar evitar a falência da seguradora AIG, a maior do país. Em retorno, o governo assumirá o controle de quase 80% das ações da empresa e o gerenciamento dos negócios. Lehman Brothers fecha acordo para vender partes suas as operações de brokers e dealers para o britânico Barclays.
17 de setembro
Imprensa noticia que o Washington Mutual (WaMu), financiador de hipotecas e maior instituição de poupança dos Estados Unidos, se colocou em leilão como forma de ampliar os esforços para se salvar, em meios aos graves problemas financeiros que atravessa.
23 de setembro
O japonês Nomura Holdings chega a um acordo para comprar por US$ 225 milhões a filial do Lehman Brothers na Ásia Pacífico.
25 de setembro
Outro gigante do setor de hipotecas dos Estados Unidos, o Washington Mutual, é fechado por agências reguladoras e vendido para seu adversário, o Citigroup.
28 de setembro
A crise se alastra mais pelo setor bancário europeu com a nacionalização parcial do grupo belga Fortis, para garantir sua sobrevivência. Autoridades na Holanda, Bélgica e Luxemburgo aceitaram investir 11,2 bilhões de euros na operação. Nos Estados Unidos, legisladores anunciaram que chegaram a um acordo bipartidário para aprovação do pacote de US$ 700 bilhões para salvar instituições financeiras afetadas pela crise.
29 de setembro
A Câmara dos Representantes (deputados) dos Estados Unidos rejeita o pacote de US$ 700 bi proposto pelo governo americano para socorrer instituições financeiras afetadas pela crise. Os legisladores retomam as negociações para realizar uma nova votação na casa.
O Wachovia, o quarto maior banco americano, é comprado pelo Citigroup, em um acordo de resgate que conta com o apoio das autoridades americanas. Segundo este acordo o Citigroup vai absorver até US$ 42 bilhões dos prejuízos do Wachovia.
Na Grã-Bretanha, o governo confirmou a nacionalização do banco de hipotecas Bradford & Bingley. O governo assume o controle de financiamentos e empréstimos do banco no valor de 50 bilhões de libras (cerca de R$ 171 bilhões) enquanto suas operações de poupança e agências são vendidas para o Santander, da Espanha.
O governo da Islândia assume o controle do terceiro maior banco do país, Glitnir, depois que a companhia teve problemas com fundos de curto-prazo.
O governo dos Estados Unidos anuncia que está assumindo o controle das empresas de hipoteca Freddie Mac e Fannie Mae, numa operação que foi considerada uma das maiores do gênero na história americana. O secretário do Tesouro americano, Henry Paulson, afirma que os níveis das dívidas das duas companhias significavam um "risco sistêmico" para a estabilidade econômica e que, se o governo não agisse, a situação poderia piorar.
10 de setembro
O Lehman Brothers, o quarto maior banco de investimentos dos Estados Unidos, registra perdas de US$ 3,9 bilhões nos três meses anteriores a agosto. O anúncio ocorre em meio a mais alertas econômicos feitos pela Comissão Européia, afirmando que Grã-Bretanha, Alemanha e Espanha poderão entrar em recessão até o final de 2008.
15 de setembro
Depois de dias em busca por um comprador, o Lehman Brothers entra com pedido de concordata, se transformando no primeiro grande banco a entrar em colapso desde o início da crise financeira. O ex-presidente do Fed Alan Greenspan afirma que outras grandes companhias também poderão cair. No mesmo dia, o Merrill Lynch, um dos principais bancos de investimento americanos, concordou em ser comprado pelo Bank of America por US$ 50 bilhões para evitar prejuízos maiores.
16 de setembro
O Federal Reserve anuncia um pacote de socorro de US$ 85 bilhões para tentar evitar a falência da seguradora AIG, a maior do país. Em retorno, o governo assumirá o controle de quase 80% das ações da empresa e o gerenciamento dos negócios. Lehman Brothers fecha acordo para vender partes suas as operações de brokers e dealers para o britânico Barclays.
17 de setembro
Imprensa noticia que o Washington Mutual (WaMu), financiador de hipotecas e maior instituição de poupança dos Estados Unidos, se colocou em leilão como forma de ampliar os esforços para se salvar, em meios aos graves problemas financeiros que atravessa.
23 de setembro
O japonês Nomura Holdings chega a um acordo para comprar por US$ 225 milhões a filial do Lehman Brothers na Ásia Pacífico.
25 de setembro
Outro gigante do setor de hipotecas dos Estados Unidos, o Washington Mutual, é fechado por agências reguladoras e vendido para seu adversário, o Citigroup.
28 de setembro
A crise se alastra mais pelo setor bancário europeu com a nacionalização parcial do grupo belga Fortis, para garantir sua sobrevivência. Autoridades na Holanda, Bélgica e Luxemburgo aceitaram investir 11,2 bilhões de euros na operação. Nos Estados Unidos, legisladores anunciaram que chegaram a um acordo bipartidário para aprovação do pacote de US$ 700 bilhões para salvar instituições financeiras afetadas pela crise.
29 de setembro
A Câmara dos Representantes (deputados) dos Estados Unidos rejeita o pacote de US$ 700 bi proposto pelo governo americano para socorrer instituições financeiras afetadas pela crise. Os legisladores retomam as negociações para realizar uma nova votação na casa.
O Wachovia, o quarto maior banco americano, é comprado pelo Citigroup, em um acordo de resgate que conta com o apoio das autoridades americanas. Segundo este acordo o Citigroup vai absorver até US$ 42 bilhões dos prejuízos do Wachovia.
Na Grã-Bretanha, o governo confirmou a nacionalização do banco de hipotecas Bradford & Bingley. O governo assume o controle de financiamentos e empréstimos do banco no valor de 50 bilhões de libras (cerca de R$ 171 bilhões) enquanto suas operações de poupança e agências são vendidas para o Santander, da Espanha.
O governo da Islândia assume o controle do terceiro maior banco do país, Glitnir, depois que a companhia teve problemas com fundos de curto-prazo.
Outubro
06/10/2008
Dow Jones tem a maior queda em pontos de sua história
O mercado norte-americano de ações fechou em queda forte, com o índice Dow Jones registrando sua maior queda em pontos de todos os tempos e fechando no nível mais baixo desde 27 de outubro de 2005. O S&P-500 teve sua maior queda porcentual desde o "crash" de 26 de outubro de 1987. O Nasdaq fechou no nível mais baixo desde 13 de maio de 2005, pouco depois de estourar a "bolha" das ações de tecnologia. O mercado reagiu à rejeição, pela Câmara dos EUA, do pacote de US$ 700 bilhões em socorro às instituições financeiras. A rejeição, com 205 votos a favor e 228 contra, surpreendeu os participantes do mercado, que haviam acompanhado as negociações entre as lideranças partidárias durante o fim de semana e estavam otimistas quanto à aprovação. A presidência da Câmara chegou a manter a votação aberta por 40 minutos (depois de esgotados os 15 minutos regulamentares para votação) e alguns deputados, pressionados, chegaram a mudar seus votos, mas isso não afetou o resultado final. "É de estraçalhar os nervos. Acho que a maioria das pessoas previa que o projeto do Congresso seria aprovado", comentou Thomas Benfer, da BMO Capital Markets. Scott Peterson, porta-voz da Bolsa de Nova York, observou que uma onda de ordens de venda no momento do fechamento causou uma demora de mais de 20 minutos, depois de soar o sino que marca o encerramento do pregão, para que todos os ajustes no Dow se processassem. "Havia desequilíbrios enormes no fechamento, maiores do que o mercado podia absorver", disse Peterson. As ações do banco Wachovia, cuja aquisição pelo Citigroup havia sido anunciada no fim de semana, foram suspensas e só passaram a ser negociadas depois das 15h30 (de Brasília); elas fecharam em queda de 81,60%; as do Citigroup, por sua vez, recuaram 11,91%. As do banco regional National City Corp., objeto de rumores sobre sua saúde financeira, perderam 63,34%. Outros destaques negativos no setor financeiro foram Fifth Third Bancorp (-43,63%) e Bank of New York Mellon (-18,77%). Além de Citigroup, as outras componentes do Dow que tiveram quedas maiores do que 10% foram JPMorgan Chase (-15,01%), Intel (-10,05%), General Motors (-12,81%), Chevron (-10,87%), Bank of America (-17,58%) e American Express (-17,60%). O índice Dow Jones fechou em queda de 777,68 pontos (-6,98%), em 10.365,45 pontos (mínima do dia); a máxima foi em 11.139,94 pontos. O Nasdaq fechou em queda de 199,61 pontos (-9,14%), em 1.983,73 pontos (mínima do dia); a máxima foi em 2.152,69 pontos. O S&P-500 caiu 106,59 pontos (-8,79%), para fechar em 1.106,42 pontos (mínima do dia).
O mercado norte-americano de ações fechou em queda forte, com o índice Dow Jones registrando sua maior queda em pontos de todos os tempos e fechando no nível mais baixo desde 27 de outubro de 2005. O S&P-500 teve sua maior queda porcentual desde o "crash" de 26 de outubro de 1987. O Nasdaq fechou no nível mais baixo desde 13 de maio de 2005, pouco depois de estourar a "bolha" das ações de tecnologia. O mercado reagiu à rejeição, pela Câmara dos EUA, do pacote de US$ 700 bilhões em socorro às instituições financeiras. A rejeição, com 205 votos a favor e 228 contra, surpreendeu os participantes do mercado, que haviam acompanhado as negociações entre as lideranças partidárias durante o fim de semana e estavam otimistas quanto à aprovação. A presidência da Câmara chegou a manter a votação aberta por 40 minutos (depois de esgotados os 15 minutos regulamentares para votação) e alguns deputados, pressionados, chegaram a mudar seus votos, mas isso não afetou o resultado final. "É de estraçalhar os nervos. Acho que a maioria das pessoas previa que o projeto do Congresso seria aprovado", comentou Thomas Benfer, da BMO Capital Markets. Scott Peterson, porta-voz da Bolsa de Nova York, observou que uma onda de ordens de venda no momento do fechamento causou uma demora de mais de 20 minutos, depois de soar o sino que marca o encerramento do pregão, para que todos os ajustes no Dow se processassem. "Havia desequilíbrios enormes no fechamento, maiores do que o mercado podia absorver", disse Peterson. As ações do banco Wachovia, cuja aquisição pelo Citigroup havia sido anunciada no fim de semana, foram suspensas e só passaram a ser negociadas depois das 15h30 (de Brasília); elas fecharam em queda de 81,60%; as do Citigroup, por sua vez, recuaram 11,91%. As do banco regional National City Corp., objeto de rumores sobre sua saúde financeira, perderam 63,34%. Outros destaques negativos no setor financeiro foram Fifth Third Bancorp (-43,63%) e Bank of New York Mellon (-18,77%). Além de Citigroup, as outras componentes do Dow que tiveram quedas maiores do que 10% foram JPMorgan Chase (-15,01%), Intel (-10,05%), General Motors (-12,81%), Chevron (-10,87%), Bank of America (-17,58%) e American Express (-17,60%). O índice Dow Jones fechou em queda de 777,68 pontos (-6,98%), em 10.365,45 pontos (mínima do dia); a máxima foi em 11.139,94 pontos. O Nasdaq fechou em queda de 199,61 pontos (-9,14%), em 1.983,73 pontos (mínima do dia); a máxima foi em 2.152,69 pontos. O S&P-500 caiu 106,59 pontos (-8,79%), para fechar em 1.106,42 pontos (mínima do dia).
Títulos
Os preços dos títulos do Tesouro dos EUA (Treasuries) dispararam, com queda forte nos juros. Os investidores buscaram a suposta segurança dos Treasuries em reação à rejeição do pacote de socorro às instituições financeiras pela Câmara. "Se essa lei não for aprovada, as conseqüências serão graves para o mercado financeiro e para a economia. O crédito vai ficar ainda mais apertado, o que vai levar a demissões e falências em massa. O Congresso deveria saber quão sérios são os problemas que estamos enfrentando neste momento", comentou o estrategista Josh Stiles, da IdeaGlobal. Outro participante do mercado disse acreditar que o mercado de títulos de curto prazo deverá "congelar" nesta terça-feira. No fechamento em Nova York, o juro projetado pelos T-Bonds de 30 anos estava em 4,160% ao ano, de 4,357% na sexta-feira; o juro das T-Notes de 10 anos estava em 3,628%, de 3,851% na sexta-feira; o juro das T-Notes de 2 anos estava em 1,720%, de 2,132% na sexta-feira. As informações são da Dow Jones.
Os preços dos títulos do Tesouro dos EUA (Treasuries) dispararam, com queda forte nos juros. Os investidores buscaram a suposta segurança dos Treasuries em reação à rejeição do pacote de socorro às instituições financeiras pela Câmara. "Se essa lei não for aprovada, as conseqüências serão graves para o mercado financeiro e para a economia. O crédito vai ficar ainda mais apertado, o que vai levar a demissões e falências em massa. O Congresso deveria saber quão sérios são os problemas que estamos enfrentando neste momento", comentou o estrategista Josh Stiles, da IdeaGlobal. Outro participante do mercado disse acreditar que o mercado de títulos de curto prazo deverá "congelar" nesta terça-feira. No fechamento em Nova York, o juro projetado pelos T-Bonds de 30 anos estava em 4,160% ao ano, de 4,357% na sexta-feira; o juro das T-Notes de 10 anos estava em 3,628%, de 3,851% na sexta-feira; o juro das T-Notes de 2 anos estava em 1,720%, de 2,132% na sexta-feira. As informações são da Dow Jones.
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