domingo, 26 de outubro de 2008

A GRANDE VITÓRIA DE KASSAB

O Prefeito, a revolução política do ano, derrota a até então imbatível candidata do PT, Marta Suplicy. Confira aqui no blog esta vitória e também as do Rio de Janeiro e Belo Horizonte
Está confirmada a reeleição de Gilberto Kassab (DEM) para a Prefeitura de São Paulo. Com 86,57% das urnas apuradas, o prefeito paulistano tem 61,40% dos votos válidos contra 38,6% de Marta Suplicy (PT) e não pode mais ser superado pela petista no segundo turno das eleições municipais. Votos brancos somam 2,62% e nulos, 5,05%. O índice de abstenção até aqui é de 17,67%. Em entrevista que concedeu logo após saber dos resultados das pesquisas de boca-de-urna, Kassab agradeceu à população paulistana e disse dividir a alegria com o governador de São Paulo, José Serra (PSDB). Mais tarde, após divulgação de parcial com 82% da urnas apuradas, mesmo antes de a vitória de Kassab se confirmar matematicamente, Marta Suplicy admitiu a derrota. Ela falou por apenas 41 segundos e deixou a entrevista coletiva chorando.Marta agradeceu aos eleitores, à militância, aos sindicatos e partidos que a apoiaram e disse que "agora cabe ao povo de São Paulo fiscalizar e cobrar os compromissos assumidos pelo novo prefeito". "Da minha parte, eu desejo o melhor para nossa cidade", concluiu.Até há pouco tempo desconhecido dos paulistanos, o prefeito Gilberto Kassab (DEM), que substituiu o governador José Serra (PSDB) em 2006, torna-se, com a vitória na disputa pela prefeitura da maior cidade do país, uma das maiores lideranças do antigo PFL. O prefeito cresceu ao longo da campanha e abocanhou o lugar de Geraldo Alckmin (PSDB) no 2º turno com Marta Suplicy (PT). Chegou inclusive a ficar à frente dela no dia 5, ao contrário do que diziam as pesquisas. No primeiro turno, o prefeito teve 33,61% dos votos, contra 32,79% da petista.Apesar dos ataques de Marta à sua vida pessoal, em uma peça publicitária na qual perguntava se o eleitor sabia se Kassab era casado e tinha filhos, e a seu passado como secretário do ex-prefeito Celso Pitta (1997-2000), o prefeito reeleito soube aproveitar-se dos altos índices de aprovação a seu governo. Nem mesmo a vinculação de Marta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que vem batendo recordes de popularidade, foi suficiente para derrotar o político do DEM.Mesmo antes de terminada a apuração oficial dos votos, a candidata Marta Suplicy (PT) reconheceu sua derrota em São Paulo, assim como o candidato Fernando Gabeira (PV), no Rio de Janeiro.Por volta das 19 horas, Marta falou com a imprensa. Na frente de sua residência, e em companhia do deputado federal Aldo Rebelo (PC do B), Marta disse que já havia telefonado para o adversário Gilberto Kassab (DEM) para cumprimentá-lo pela vitória."Acabei de telefonar ao prefeito Kassab para parabenizá-lo e quero agradecer aos milhões de eleitores que tiveram confiança e votaram em mim. E à militância do PT, que foi muito aguerrida", disse Marta, que apareceu à porta da sua casa ao lado do candidato a vice, o deputado federal Aldo Rebelo (PC do B). "Agora cabe ao povo de São Paulo apoiar e fiscalizar os compromissos assumidos pelo novo prefeito", completou a petista.

Quem é Kassab, prefeito reeleito de SP?
Engenheiro e economista formado pela USP, Gilberto Kassab, 48 anos, é filho de um médico e uma professora. Nasceu no bairro de Pinheiros e estudou no tradicional colégio Liceu Pasteur.
O prefeito começou na política aos 24 anos participando do Fórum de Jovens Empreendedores da Associação Comercial de São Paulo (FJE-ACSP), criado em 1984 pelo empresário e presidente da ACSP, Guilherme Afif Domingos. Cinco anos depois, trabalhou na campanha de Afif à Presidência da República. Foi diretor do Sindicato dos Corretores de Imóveis e vice-presidente da ACSP.Em 1992, foi eleito vereador em São Paulo pelo PL, partido do padrinho Afif na época. Dois anos depois, chegou à Assembléia Legislativa e, em 1998, à Câmara dos Deputados, onde foi reeleito com a nona maior votação de São Paulo (230.796 votos). Em 2004, foi eleito vice-prefeito na chapa de José Serra, que deixou o cargo em 2006 para disputar o governo estadual.
Antes de ser indicado pelo PFL a vice na chapa de Serra, Kassab chegou a ser cogitado em 2002 como candidato ao governo estadual pelo partido, que apostava na candidatura de Roseana Sarney à Presidência. Com a verticalização das coligações imposta pelo TSE, o PFL não poderia se coligar com o PSDB pela reeleição de Alckmin no Estado se tivesse nome para o Palácio do Planalto. Em maio, o partido voltou atrás e declarou apoio ao tucano, com a concordância de Kassab, na época membro da direção da legenda. O partido também desistiu de lançar nome próprio à Presidência.Em 2004, o PFL paulista pressionou os tucanos a definirem um nome para disputar a prefeitura da capital – preferencialmente Serra –, sob a ameaça de lançarem candidatura própria. À frente do movimento estava Kassab.Os pefelistas lançaram o deputado federal José Aristodemo Pinotti como pré-candidato e Kassab chegou a dizer que a decisão do partido era “irreversível”. Quinze dias depois, o partido já admitia a possibilidade de aliança com o PSDB, quando Kassab passou a ser cotado como vice de Serra. O hoje prefeito dizia não ter interesse. “Um dia quero ser vice, mas não agora”, disse em junho de 2004. A indicação não agradou a vários membros do PSDB pela relação de Kassab com o ex-prefeito Celso Pitta. Ele havia sido secretário municipal de Planejamento do ex-aliado de Paulo Maluf entre 1997 e 1998. Kassab também não agradava a Serra no início. O tucano preferia outros nomes, mas o PFL não concordou.Kassab então comparou a situação com a do ex-ministro José Dirceu e seu assessor Waldomiro Diniz, acusado de receber propina de um empresário. "Assim como o José Dirceu não aceitaria ter o Waldomiro Diniz de volta como assessor, eu não seria secretário do Pitta de novo", disse o hoje prefeito. De 1994 a 1998, seu patrimônio cresceu 316%, descontada a inflação, de R$ 102 mil para R$ 985 mil. Nesse período, Kassab foi secretário de Pitta e deputado estadual. A Promotoria de Justiça da Cidadania de São Paulo chegou a abrir inquérito civil em julho para investigar eventual enriquecimento ilícito de Kassab e de seu sócio, o hoje secretário municipal Rodrigo Garcia (DEM). Kassab alegou que sua atividade empresarial havia crescido. Em dezembro, a Justiça autorizou a quebra de sigilo do vice-prefeito eleito, mas a liminar foi derrubada logo depois. O prefeito declarou patrimônio ao TSE neste ano de R$ 5.107.628,31.A um mês do 1º turno, Serra disse que só deixaria prefeitura antes de terminar o mandato “se Deus lhe tirasse a vida”. Naquela campanha, Marta já insistia em vincular os adversários a Pitta, como fez na eleição de 2008. “É a turma do Pitta de volta na cidade de São Paulo", disse a petista no debate de 2º turno em 2004 na TV Bandeirantes. Quando começaram os rumores da candidatura de Serra à Presidência, em 2006, os aliados de Alckmin criticaram o abandono da prefeitura com um ano e meio de mandato. No dia 31 de março, Serra deixou a prefeitura para disputar o governo estadual. Sobre Kassab, o tucano falou: “Muda o maestro, mas permanece a orquestra”.O prefeito começou seu mandato com uma greve de professores da rede municipal em curso. Kassab mantinha uma administração discreta até o surgimento do projeto Cidade Limpa, polêmico porque ameaçava os lucros das agências de publicidade. O episódio que o tornou menos desconhecido da população ocorreu em razão do projeto. Em fevereiro do ano passado, chamou de “vagabundo” a um homem que protestava contra o serviço de saúde e a Lei Cidade Limpa na inauguração de uma AMA na zona norte.

Como foi a campanha
A ex-prefeita Marta liderou as pesquisas desde o início da campanha. Ela começou com 38% em levantamento feito pelo Datafolha em 5 de julho, contra 31% de Alckmin e apenas 13% de Kassab. Assim que o horário eleitoral na TV e no rádio começou, em 19 de agosto, uma nova rodada registrou a queda do tucano. Marta aparecia com 41%, contra 24% de Alckmin e 14% do prefeito. Em 6 de setembro, o Datafolha já identificava o empate entre os candidatos do PSDB e do DEM. No dia 30, o instituto divulgava a ultrapassagem de Kassab. Enquanto Alckmin mostrava suas realizações como governador, Marta e Kassab comparavam gestões na prefeitura. A polarização da discussão entre os candidatos do PT e do DEM durante toda a eleição já prenunciava o 2º turno. O tucano ficou sem discurso definido, já que não era oposição e poderia ser considerado parcialmente situação – o PSDB integra a administração de Kassab.A ex-prefeita insistiu em várias ocasiões que Kassab teria feito muito menos com orçamento quase duas vezes maior. O prefeito respondia que Marta teria deixado a prefeitura com milhões em dívidas e quase nenhum dinheiro em caixa. Marta apoiou sua campanha nas realizações de sua gestão na área de transportes (bilhete único e corredores de ônibus) e educação (CEUs), e sua principal bandeira foi o projeto de internet banda larga sem fio e gratuita para todos. Já o prefeito exibiu a criação das AMAs, a lei Cidade Limpa, a expansão dos CEUs, a construção de dois hospitais e o investimento no metrô. A forte identificação de Marta com o bilhete único, criado em sua administração, levou Kassab a ampliar o prazo de duração do benefício de duas para três horas. A medida foi tomada em julho, em plena campanha eleitoral, mas o prefeito negou as acusações de interesse eleitoral.

PSDB x DEM
As brigas no PSDB paulistano sobre lançar candidatura própria ou apoiar o prefeito tomaram conta do noticiário político desde o início do ano. A ala dos tucanos que fazia parte da administração Kassab ficou com o DEM e foi acusada de infidelidade partidária pelos aliados de Alckmin. Alguns dos principais líderes nacionais dos tucanos, como o governador José Serra e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, defenderam o apoio ao prefeito e pouco se empenharam na campanha de Alckmin. Mais tarde, formalmente, disseram aderir a Alckmin. No início da campanha, Alckmin chegou a dizer que Kassab não era seu adversário e que ele, Alckmin, teria o apoio de todo o PSDB no 2º turno. Quando o prefeito o ultrapassou nas pesquisas, o tucano mudou de idéia, trocou de marqueteiro e adotou um tom mais agressivo. Na propaganda na TV, lembrava sua história de “coerência” no PSDB e associava Kassab ao ex-prefeito Celso Pitta.

Quem é Marta
Kassab derrotou a petista Marta Suplicy, 63 anos, que perdeu a segunda eleição sucessiva para e prefeitura (em 2004, José Serra venceu a candidata). Formada em psicologia pela PUC-SP, Marta tem mestrado nos Estados Unidos e especialização em psicanálise. Foi casada por 37 anos com o senador Eduardo Suplicy (PT), de quem se separou em 2001. Tornou-se conhecida na década de 80 ao apresentar um quadro sobre sexologia no programa TV Mulher, da Rede Globo. A sexóloga filiou-se ao PT em 1983 e foi eleita deputada federal onze anos depois. Disputou o governo estadual em 1998 e dois anos depois foi eleita prefeita. Em 2004, foi derrotada por José Serra na disputa pela reeleição. No início de junho, Marta deixou o cargo de ministra do Turismo, que ocupava desde março de 2007.

UM TRIUNFO TAMBÉM PARA JOSÉ SERRA
Um dos grandes beneficiados com a vitória de Kassab é o governador de São Paulo, José Serra (PSDB). Discípulo do tucano, Kassab é presidente do Conselho Político do Democratas, instância partidária responsável por orientar a articulação de alianças. Ele deve se tornar o principal defensor do apoio do partido à candidatura presidencial de Serra.O governador se manteve distante da campanha em São Paulo no primeiro turno. Após a decisão do PSDB em lançar candidatura própria, Serra encontrou na discrição a melhor estratégia. O tucano gravou apenas um único depoimento para a propaganda de Alckmin e apareceu num jantar que reuniu a cúpula tucana na capital paulista.Sem a existência de duas candidaturas com a mesma base de apoio, Serra pôde figurar sem constrangimento ao lado de Kassab. Numa cerimônia oficial, o prefeito deixou-se fotografar ao lado do governador segurando um cheque simbólico de R$ 198 milhões, valor referente aos recursos municipais destinados às obras do metrô. O PT acusou Kassab de utilizar a máquina pública e entrou com um pedido de cassação da candidatura. A Justiça rejeitou a impugnação, mas atribuiu uma multa de R$ 5 mil ao democrata.

RIO DE JANEIRO
Eduardo Paes (PMDB) tornou-se o novo prefeito do Rio de Janeiro neste domingo, com 50,78% dos votos válidos, após uma acirrada disputa com Fernando Gabeira (PV), que terminou com 49,22%. A diferença de votos entre os dois foi de 50.000. Durante a apuração, a liderança chegou a trocar de mãos quatro vezes, mas na reta final o peemedebista assumiu a liderança.
Gabeira já concedeu uma entrevista coletiva para admitir a derrota. Ele agradeceu ao povo do Rio de Janeiro pelos votos recebidos e manteve seu compromisso de ajudar a cidade, mesmo sem o governo. Gabeira afirmou que vai articular com a iniciativa privada medidas na campanha contra a dengue.Até o dia da votação, as pesquisas de intenção de voto apontavam um empate técnico entre os candidatos. Paes aparecia com 51% das intenções, enquanto Gabeira tinha 49%, segundo a pesquisa divulgada no sábado pelo Ibope. Até mesmo no domingo a pesquisa de boca-de-urna do instituto apontava o mesmo empate técnico.Gabeira saiu da lanterninha para o segundo lugar com uma campanha que conquistou a rica e escolarizada Zona Sul e, depois, contagiou a Zona Norte. Graças a esse desempenho, ele conseguiu reduzir a vantagem de Paes a apenas 6 pontos no primeiro turno, quando mesmo as pesquisas mais favoráveis a Gabeira apontavam 12 pontos de diferença entre os dois candidatos. Paes fechou a votação com 31,98% e Gabeira com 25,61%, derrotando o senador Marcelo Crivella (PRB), que teve 19,06% dos votos. Crivella chegou a liderar as primeiras pesquisas de intenção de voto.Já Eduardo Paes sofreu um processo de impugnação movido pela adversária Solange Amaral (DEM), que o acusou de ter deixado o cargo de secretário estadual após o prazo legal para a desincompatibilização. O processo chegou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Paes saiu vitorioso. Sua arrancada começou com o apoio do governador do Rio, Sérgio Cabral, que também é do PMDB.No segundo turno, a disputa acirrou-se ainda mais. A batalha mais emblemática entre Paes e Gabeira teve palco na Zona Oeste do Rio, a mais pobre da cidade. Gabeira perdeu votos nessa área ao chamar a vereadora Lucinha, a mais votada da cidade e sua aliada, de "analfabeta política, com uma visão suburbana". Na reta final, Paes conseguiu ainda sublinhar que o conhecimento de Gabeira sobre o Rio é falho. A partir de então a campanha do PV começou a perder fôlego.Diante do quadro, os candidatos tomaram o cuidado de não fazer qualquer tipo de comemoração antecipada. Neste domingo, logo após votar, Gabeira admitiu que o pleito seria decidido voto a voto. "Essa eleição é uma corrida de cavalos. Vai ser uma decisão apertada, mas como tenho nariz grande, quem sabe eu saia na frente", afirmou. Paes deixou claro que as últimas pesquisas de intenção de voto impediam qualquer tipo de "já ganhou" de ambas as partes. "O importante é que o Rio de Janeiro saia unido após a eleição. Esta é uma cidade que tem muitos contrastes, mas que tem seu charme na união das diferenças", disse. Gabeira concedeu uma entrevista coletiva para admitir a derrota. Ele agradeceu ao povo do Rio de Janeiro pelos votos recebidos e manteve seu compromisso de ajudar a cidade, mesmo sem o governo. Gabeira afirmou que vai articular com a iniciativa privada medidas na campanha contra a dengue. Ele aproveitou para criticar o que considerou uma "campanha suja" de seu adversário. Gabeira disse que desviar material de merenda escolar para fazer boca-de-urna é algo "além do aceitável".

BELO HORIZONTE
Fruto da polêmica dobradinha delineada pelo governador Aécio Neves (PSDB) e pelo prefeito Fernando Pimentel (PT) em Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB) sai do anonimato político para comandar uma das capitais mais importantes do país, a partir de 2009.
Pesquisa boca-de-urna deste domingo (26) apontava a vitória de Lacerda com 56%. Levantamento realizado pelo Datafolha de 21 e 22 de outubro, o último destas eleições, também mostrou o candidato na frente, com 45%, ultrapassando o adversário. No último debate da eleição, transmitido pela TV Globo, Lacerda disse ser muito difícil concluir as obras somente com recursos públicos e sinalizou com parceria público-privada. O socialista prometeu dez mil novas moradias para pessoas que vivem em áreas de risco. Com a vitória, o novo prefeito cacifa os idealizadores da sua candidatura - Aécio e Pimentel - para a disputa do pleito de 2010 (os dois são possíveis nomes a concorrer à Presidência da República e ao governo de Minas, respectivamente).A despeito de angariar opositores ao processo de união entre PT e PSDB dentro e fora do Estado, o governador e o prefeito conseguiram, apesar dos percalços, salvar a imagem política empenhada na eleição de Marcio Lacerda.Mineiro de Leopoldina, o novo prefeito de Belo Horizonte tem 62 anos, é casado e pai de três filhos. Iniciou sua carreira política nos movimentos estudantis e passou quatro anos preso durante o regime militar. Ao sair, conseguiu construir trajetória bem-sucedida como empresário do setor de telecomunicações (anunciou patrimônio ao TRE-MG de cerca de R$ 55 milhões).Foi secretário-executivo do Ministério da Integração, durante a gestão de Ciro Gomes (considerado seu padrinho político), no primeiro mandato do presidente Lula. Em 2007, a convite de Aécio, assumiu a Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Recém-admitido no PSB, Lacerda foi exonerado este ano para concorrer ao pleito majoritário. O ex-secretário encabeçou a chapa Aliança por BH, com o vice do PT, deputado estadual Roberto Carvalho.Apesar de cotado para vencer ainda no primeiro turno, Lacerda foi obrigado a confrontar Leonardo Quintão (PMDB), que empreendeu arrancada surpreendente na reta final da primeira etapa e forçou a realização de segundo turno. O peemedebista encostou e quase emparelhou a disputa ao conseguir 41% dos votos, contra 43% de Lacerda. Além da surpresa causada pelo insucesso do primeiro turno, Lacerda partiu ao ataque motivado por pesquisas de intenção de voto que anunciaram sua retirada da liderança, conquistada agora por Quintão no reinício da disputa.Lacerda adotou tom bem mais agressivo na campanha e passou a trocar constantes acusações contra Leonardo Quintão (PMDB), adversário do segundo turno.A campanha assim atingia seu clímax de animosidade. De um lado, Quintão pedia proteção à PF (Polícia Federal) por suposta ameaça de morte recebida. Coordenadores de campanha do peemedebista atribuíram ao novo comandante da campanha de Lacerda no segundo turno, o deputado federal Virgílio Guimarães (PT), a conclamação de militantes para atos de agressão ao concorrente. O petista negou as acusações.Por sua vez, Lacerda foi ao STF (Supremo Tribunal Federal) com interpelação para que o adversário se retratasse de comentário dado a um jornal de Belo Horizonte no qual Quintão havia minimizado a resistência de Lacerda durante a ditadura militar. O peemedebista declarou que Lacerda foi um detento comum e não preso político durante o regime.A campanha de Lacerda ainda incorporou nas inserções veiculadas na TV vídeo no qual Quintão conclama vitória e dizia ainda que iria "chutar a bunda" dos adversários. As imagens foram capturadas durante convenção do PMDB na cidade de Ipatinga, administrada pelo pai, Sebastião Quintão (PMDB), que tentava a reeleição, mas foi derrotado por candidato do PT.
Na reta final da campanha no segundo turno, para aumentar o clima de tensão, hackers invadiram o site de campanha do socialista, que ficou 12 horas fora do ar.
Outro reforço de peso no segundo turno foi a incorporação do marqueteiro político Duda Mendonça, que foi chamado para ser uma espécie de "consultor" da campanha de Lacerda.

fontes: http://eleicoes.uol.com.br/2008/belo-horizonte/lacerda_eleito.jhtm
http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/eduardo-paes-eleito-50-78-votos-395055.shtml

Um comentário:

Francisco Castro disse...

Olá,Sandro.Gostei muito do seu blog. Ele é muito bom. É excelente.

Parabéns!

Um abraço