segunda-feira, 13 de outubro de 2008

A guerra entre Kassab e Marta

KASSAB, UM DOS FENÔMENOS POLÍTICOS DA DÉCADA, E MARTA SUPLICY, TRAVAM DUELO CRUCIAL EM DEBATE NA BAND.

Os candidatos à Prefeitura de São Paulo Gilberto Kassab (DEM) e Marta Suplicy (PT) participaram neste domingo do primeiro debate do segundo turno em São Paulo. A presença de apenas dois concorrentes fez a disputa ficar mais acirrada e a troca de ataques começou na chegada à TV Bandeirantes e se estendeu até o final do debate. Antes mesmo do debate, no momento em que chegaram à sede da TV, Kassab e Marta já trocavam farpas. Como fez durante praticamente todo o debate, logo na chegada, a candidata tentou comparar as biografias. "O que é importante nesse debate é que as pessoas possam acreditar no que vai ser proposto e aí tem a ver com a trajetória de cada um e com as promessas cumpridas de cada um”.Marta deu o tom da campanha no 2º turnoMarta aproveitou para atacar o seu adversário ao dizer que "muitos eleitores não conhecem a associação com o (ex-prefeito da capital) Celso Pitta". A candidata ainda alfinetou o atual prefeito ao associá-lo às gestões de Pitta e Paulo Maluf. "A minha biografia todo mundo conhece", disse Marta. Frase praticamente idêntica usou Kassab para definir seu passado e mostrando que está disposto a discutir esse assunto com a petista. "A minha vida todos conhecem", afirmou. O prefeito disse não se preocupar com a entrada de dois grandes cabos eleitorais na campanha de Marta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Questionado sobre como enfrentaria essa tropa de choque, respondeu: "Da mesma maneira que estamos enfrentando até agora. Apresentando propostas, realizações e comparando a minha gestão com a dela. Nada mudará o nosso plano de governo." Marta minimizou uma inserção de sua campanha veiculada hoje na televisão, que questionava a vida pessoal de Kassab, que é solteiro e não tem filhos. A petista disse não ter visto a propaganda e emendou: "Se não é casado, não tem tanta importância." Visivelmente incomodado, Kassab respondeu à investida de Marta: "Tenho muita tranquilidade de discutir qualquer questão da minha vida. Formação, profissão e administração”.Quem também criticou a propaganda foi o ex-marido da candidata, o senador Eduardo Suplicy. "Me surpreende muito. A Marta sempre defendeu que não se discuta questões de comportamento em campanha" disse Suplicy.


Debate
O candidato do DEM teve um direito de respostaQuando o debate começou, os dois candidatos trataram de partir para o ataque. Marta usou a estratégia de ler textos de vetos de projetos que Kassab apresentou sobre a licença-maternidade e a criação de cursos–técnicos em escolas municipais. Kassab se defendeu dizendo que os dois vetos foram por problemas na execução dos projetos.O atual prefeito usou o programa para falar dos projetos da sua gestão. Cidade Limpa, construção de CEUs, hospitais e investimentos no Metrô foram sempre usados por Kassab para tentar conquistar o eleitor. Marta contra-atacou dizendo que o prefeito não criou corredores de ônibus e afirmou que com o atual orçamento poderia fazer muito mais.A candidata do PT insistiu em todos os blocos em associar a imagem de Kassab a Pitta e Maluf. Também criticou o DEM dizendo que é o que sobrou do PFL, "partidos do coronéis do Nordeste", e que esteve "ao lado da ditadura militar". Marta também disse que Kassab se "veste de Tucano", comentando sua proximidade com Serra.Kassab também atacou o partido de Marta. "A candidata faz um debate pequeno, talvez seja o desespero pelas pesquisas. Ela vem aqui falar sobre companhias, mas esquece que está ao lado do Delúbio, que a esposa dele é sua principal assessora e ainda vem aqui agredir".Os constante troca de ataques entre os candidatos gerou três pedidos de direito de resposta. Kassab fez um pedido e foi atendido por ter sido chamada de "mentiroso" por Marta. A candidata do PT fez dois pedidos e os dois foram negados. Após o debate, o deputado estadual do PT Rui Falcão protestou e disse que "o departamento jurídico da Band deve ser um advogado de porta de cadeia".A crise finaceira internacional também foi debatida. Kassab afirmou que tem tranquilidade em dizer que cidade está preparada, mesmo enfrentando crise mundial. "São Paulo é voltada a serviços, crise vai afetar indústrias e tenho tranquilidade de dizer que estamos preparados”.Para a candidata do PT, se a crise chegar, ela saberá administrar a cidade. “Eu quero dizer que acredito que Lula está tomando as medidas necessárias. Acho que a crise vai chegar ao Brasil, mas sem muitos efeitos. Mas se ocorrer, eu já provei que sei administrar com menos”.
fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/eleicoes

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