quinta-feira, 11 de setembro de 2008

11 de Setembro: sete anos depois e ainda sem um memorial

Uma das mais ousadas e cruéis ações terroristas de toda a História aconteceu em 11 de setembro de 2001. Nesse dia, o mundo inteiro parou perplexo para acompanhar o ataque que pôs abaixo um dos símbolos do poderio econômico norte americano: as torres gêmeas do World Trade Center (WTC). Pelo local costumavam transitar cerca de 200 mil pessoas, 50 mil dos quais trabalhadores. O WTC tinha, no subterrâneo, um dos grandes entroncamentos de trens urbanos da cidade de Nova York. Momentos mais tarde, em Washington, o Pentágono, Sede do Ministério da Defesa e do Comando das Forças Armadas dos Estados Unidos, também era atacado.Numa espantosa ação coordenada, e tendo como armas grandes jatos comerciais seqüestrados - carregados de combustível -, terroristas lançaram na terça-feira, 11 de setembro de 2001, um gigantesco e devastador ataque contra os Estados Unidos. Às 08h45min, um Boeing 767-200 da United Airlines - que decolara de Boston às 7h59 para o vôo 175, rumo a Los Angeles, com 65 passageiros e nove tripulantes a bordo - é desviado e se choca contra a torre sul do World Trade Center, em Nova York. Pouco depois, às 9h03min, um segundo Boeing 767-200, da American Airlines - que partira de Boston às 8h10 para o vôo 11, rumo a Los Angeles, com 92 pessoas a bordo - atinge a torre norte do World Trade Center, diante das câmeras de TV. WTC foi o primeiro alvo. Pentágono seria atacado em seguida. Às 9h40 ocorre o ataque ao Pentágono. Em Washington, um outro jato da American Airlines (um Boeing 757) choca-se com instalações do Pentágono, nas proximidades da área de pouso de helicópteros. Faria o vôo 77, do Aeroporto de Dulles a San Francisco, com 58 passageiros e 11 tripulantes. Parte de um dos edifícios do Pentágono ficou muito danificada. Em seguida, as autoridades determinaram a evacuação da Casa Branca, Capitólio e Departamento de Estado. Pouco depois, o 4º avião sequestrado, vôo 93, caiu na Pensilvânia. Heróis americanos enfrentaram os terroristas, que lançaram o boeing ao chão. A exemplo das armas usadas - Boeings 767 e 757 da American e United Airlines, as duas maiores empresas aéreas americanas - os alvos escolhidos para a horripilante seqüência de atentados não poderiam ser mais simbólicos do poderio econômico e militar dos EUA: as torres gêmeas World Trade Center, de 110 andares, no coração do distrito financeiro de Nova York, que desabaram menos de uma hora depois de serem atingidas nos andares superiores por dois aviões, com 18 minutos de intervalo; e o Pentágono, a sede do Ministério da Defesa e do comando das forças armadas do país, nos arredores de Washington. Conseqüências - Os atentados foram atribuídos à rede Al-Qaeda, de Osama Bin Laden, um terrorista que há 5 anos morava nas montanhas do Afeganistão. Naquela que foi chamada "cruzada contra o terror" pelo presidente americano George W. Bush, foi ordenado um ataque que devastou o país do centro-oeste asiático, na operação militar batizada de "Liberdade Duradoura". Vinte e seis dias depois de sofrer um devastador ataque contra os principais símbolos do imenso poder econômico e militar – o primeiro contra o território continental em quase 200 anos -, e após intensos preparativos militares e diplomáticos, os Estados Unidos desencadearam no domingo, 07 de outubro, a resposta militar com uma noite de bombardeio maciço contra instalações da rede terrorista Al Queda no Afeganistão. As primeira explosões foram ouvidas às 9 horas da noite (13h de Brasília) em Cabul, a capital do Afeganistão, e Kandahar, cidade mais ao sul que é a principal base política do mulá Mohamed Omar, o líder do Taleban. A operação durou pouco mais de dois meses. No sábado, 29 de dezembro de 2001, o Pentágono anunciava o fim da fase militar da guerra contra o terrorismo, anunciando planos para substituir os mais de mil fuzileiros navais estacionados em Kandahar por soldados do Exército.
Sete anos depois da destruição do World Trade Center nos atentados de 11 de Setembro, as complicações administrativas, logísticas e financeiras atrasam cada vez mais a reconstrução do chamado «Ground Zero», onde nem sequer as fundações da obra foram concluídas, segundo relata a agência AFP. Do majestoso projecto arquitectónico aprovado pelo governador do Estado de Nova Iorque, George Pataki, em Setembro de 2006, apenas as estruturas metálicas da «Torre da Liberdade» começaram a sair das entranhas da terra no local onde cerca de três mil pessoas encontraram a morte nos mais trágicos atentados da história dos Estados Unidos. No lugar das outras três torres desenhadas pelos arquitectos Norman Foster, Richard Rogers e Fumihiko Maki, as escavações ainda estão em curso. A construção da estação de metro do World Trade Center também está em modo pausa e o Memorial deverá ser inaugurado apenas em 2011. O bairro voltou a atrair novos empreendimentos e habitantes, mas o número de pessoas empregadas no comércio que vive à sombra do local de impacto é inferior ao que era antes de 2001, quando as Torres Gémeas ainda dominavam o horizonte de Manhattan, segundo dados recolhidos pela associação comunitária «Downtown Alliance». O orçamento inicial para a reconstrução do «Ground Zero» foi fixado em 15 mil milhões de dólares, mas as organizações que acompanham o projecto já calculam os gastos em pelo menos 18 mil milhões. À espera de um museu - Um enorme estaleiro é o que os visitantes encontram quando chegam ao local onde se erguia o World Trade Center. Muito foi prometido, mas muito há ainda a fazer. O Memorial irá ocupar metade do espaço que anteriormente recebia as Torres Gémeas. Para já, ainda só foi lançada a primeira pedra, mas já existe um museu temporário, mantido pela associação que reúne as famílias das vítimas dos atentados de 2001. O «WTC Tribute Center» está instalado perto do «Ground Zero» e tenta prestar homenagem aos que morreram. Mas, muitos dos artefactos que sobraram daquele dia 11 de Setembro, continuam à espera de um verdadeiro museu, que os possa guardar. São ambulâncias destruídas, malas cheias de pó, colunas de aço gigantes, muitas fotos, registos de áudio e vídeo.
fonte: http://diario.iol.pt/internacional/nova-iorque-torres-gemeas-11-setembro-eua
fonte: http://www.unificado.com.br/calendario/09/especial.htm

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