sábado, 6 de setembro de 2008

Marta Suplicy segue imbatível

Marta Suplicy mantém liderança em São Paulo com 40% dos votos, diz Datafolha

Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado pela TV Globo revela que a candidata do PT à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, mantém a liderança com 40% das intenções de voto. A pesquisa completa será publicada na edição da Folha deste domingo. O Datafolha entrevistou 1.091 eleitores nos dias 4 e 5 de setembro de 2008. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo sob o número 02200108-SPPE/2008. O candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, está com 22% do eleitorado. Em terceiro lugar está o prefeito e candidato à reeleição, Gilberto Kassab (DEM), com 18%. Como a margem de erro é de 3 pontos percentuais, Alckmin e Kassab estão empatados tecnicamente em segundo lugar. Segundo Datafolha, Paulo Maluf (PP) está com 8% e Soninha Francine (PPS) está com 3%. Os candidatos Ciro Moura (PTC), Edmilson Costa (PCB), Ivan Valente (PSOL), Levy Fidelix (PRTB) e Renato Reichmann (PMN) não atingiram 1% das intenções de voto. Segundo o Datafolha, 4% dos eleitores estão indecisos e 5% pretendem votar em branco. Líder nas pesquisas, Marta Suplicy vai declarar neste sábado à Justiça Eleitoral uma arrecadação superior à de Gilberto Kassab na segunda prestação de contas exigida pela lei. A informação é do blog Campanha no Ar. Segundo informações obtidas pela Folha, só as doações feitas à candidata chegam a R$ 5,3 milhões. Além das contribuições contabilizadas em favor da candidata, o comando de campanha terá ainda que registrar arrecadação de todo o comitê financeiro. Já o comitê financeiro de Kassab deve declarar ao TRE uma receita de cerca de R$ 4 milhões ao longo do mês de setembro. O comando de campanha do prefeito esperava repetir o desempenho do mês passado: R$ 6,4 milhões. O comando de campanha de Geraldo Alckmin não informou o total arrecadado pelo candidato do PSDB. No mês passado, o comitê financeiro de Alckmin declarou uma receita de R$ 770 mil. A candidata do PT à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, disse nesta sexta-feira que não está preocupada com o crescimento do prefeito Gilberto Kassab (DEM), que concorre à reeleição, nas pesquisas de intenção de voto. Questionada pela imprensa sobre a fala de Kassab, que disse que a candidata petista estava "nervosinha", Marta desconversou. "Não estou preocupada com Kassab e sim em apresentar minhas propostas", afirmou. Líder nas pesquisas, a petista acirrou os ataques ao candidato do DEM nos programas gratuitos de rádio e TV, depois que o mesmo subiu para 14% na última pesquisa Datafolha. Nesta sexta-feira, Marta visitou o centro de triagem de coleta seletiva de lixo da Capela do Socorro, em Interlagos, na zona sul. Ela afirmou que, se eleita, pretende ampliar o número de postos de reciclagem. Segundo a candidata, os 15 existentes trabalham apenas 0,5% do lixo de São Paulo. A expectativa é atingir 30%. "Hoje produzimos 13 mil toneladas por mês, então é muito pouco o que se recicla", afirmou. No final da manhã, a petista seguiu para o comércio de Piraporinha, também na zona sul. Em cima de um caminhão, ela falou para mais de cem pessoas que estavam no local. Ela pediu votos para vereadores da região e voltou a vincular sua imagem à do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Lula disse que governa para todos os brasileiros, mas tem carinho especial pelos mais pobres. E nós vamos governar para São Paulo, principalmente para os que andam de ônibus, vão ao centro de saúde e precisam de ensino público", afirmou. Ao som de “Marta nunca mais”, coro dos manifestantes pró-Alckmin, o ex-governador apresentou suas propostas de governo na área de transportes e assumiu o compromisso de expandir o Metrô e as linhas da CPTM. “Vamos ajudar o Governo do Estado a fazer mais uma estação em Parelheiros e ampliar o Metrô o mais depressa possível. Metrô e trem é responsabilidade do Governo, mas o prefeito pode e deve participar”, afirma. Alckmin também se comprometeu a gerar empregos, uma das bandeiras mais importantes para a classe trabalhadora do setor. “São Paulo é a terra do trabalho, onde os sonhos se realizam.Vou criar uma agência de desenvolvimento e farei um grande trabalho de qualificação profissional.” Segundo Raimundo Celestino Gomes -o 'Maguila', líder do movimento Resistência e Ação, na época em que Marta foi prefeita, aproximadamente 22 mil homens ficaram desempregados e 19 empresas de viação foram fechadas. “Estou há 15 anos nessa garagem. Queremos o mínimo de condições para os pais de família. Marta jogou muitos trabalhadores na rua”.Mesmo citar nomes, o tucano voltou a criticar a gestão da candidata do PT, Marta Suplicy. Na opinião de Alckmin, os corredores de ônibus criados pela ex-prefeita são ineficientes, caros e de baixa qualidade. “Os corredores só segregam e prejudicam, pois não é permitido ultrapassar. Corredor tem que dar prioridade e velocidade aos ônibus.” Questionado se a gestão do atual prefeito, Gilberto Kassab (DEM) negligenciou o setor de transportes, Geraldo Alckmin preferiu não analisar. “Não vamos ficar com o farol voltado para trás, o que interessa é que esse é um dos mais graves problemas da cidade. Como o transporte coletivo é deficiente, não tem como resolver o trânsito. Vamos torná-lo eficiente para que as pessoas que possuem carro passarem a usar o coletivo.”

Dilma anuncia verba para metrô em programa eleitoral de Marta
Oposição quer que Justiça barre o que considera uso indevido da máquina em favor da candidatura do PT

A oposição reagiu na sexta-feira, 5, indignada à promessa da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, feita no horário eleitoral gratuito da candidata do PT à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, de que o governo federal vai investir no transporte público da capital paulista, o que inclui o metrô. A propaganda de Marta tem destacado que prefeitura e União vão colaborar para a construção de 47,4 quilômetros de novas linhas para o metrô. Para líderes do PSDB e do DEM, a afirmação da ministra evidencia o uso da máquina pública federal em favor da candidatura da ex-prefeita. Os tucanos estudam acionar a Justiça Eleitoral contra Marta. A declaração de Dilma no horário eleitoral petista foi enfática. "Essa questão do transporte urbano em São Paulo, eu te asseguro que o governo federal não tem só todo interesse, mas como ele compõe o nosso programa. Como nós não trataríamos um dos problemas mais graves?", argumentou a ministra, pela manhã, no programa de rádio petista. "O item não está no Orçamento, pois os primeiros recursos que nós vamos usar não são do Orçamento Geral da União, e sim financiamentos a serem liberados através dos recursos públicos que nós temos via BNDES e Caixa Econômica Federal. São Paulo pode ficar tranqüila no que depender do governo Lula." Dilma é a candidata preferencial do Planalto para a sucessão de Lula em 2010.Líderes da oposição protestaram. "Isso é o uso escancarado da máquina. Só posso imaginar que a ministra Dilma vai desmentir isso", afirmou o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), ao ser informado do contexto e das circunstâncias que levaram Dilma a aparecer fazendo promessas no programa de Marta. O tucano é a favor de que o PSDB acione a Justiça contra o PT. "Vou conversar com o partido em São Paulo para acionarmos a Justiça. Temos de cobrar correção nisso." Guerra falou em "desrespeito ao povo de São Paulo". E prosseguiu: "O povo precisa do investimento, mas utilizar isso dessa maneira é um absurdo. Um claro e escancarado uso da máquina". Na mesma linha reagiu o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ). "Essa gente não tem nenhum pudor. De um governo que faz grampo se pode esperar, infelizmente, de tudo", disse Rodrigo Maia. Foi uma referência ao grampo supostamente feito pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). O governo nega envolvimento.Ele ressaltou ainda ser mentirosa a promessa de Dilma e cobrou atenção da Justiça Eleitoral para o caso. "Espero que a Justiça Eleitoral, sempre tão atenta a tudo, também esteja atenta para esse caso", afirmou o presidente do DEM.Política de governo.Os petistas, por sua vez, contestaram as acusações. O presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), negou uso da máquina federal na campanha de Marta. "Se a ministra Dilma falasse 'vote na Marta que o governo vai fazer metrô em São Paulo' poderiam falar em uso da máquina. Mas não foi nada disso o que aconteceu. A ministra falou da política do governo e ela apareceu como apoiadora, que é, da Marta", defendeu Berzoini. O coordenador da campanha da ex-prefeita, deputado estadual Carlos Zarattini (SP), fez coro a Berzoini e disse não ver problema algum no fato de Dilma ter aparecido no programa da petista para dizer que o governo aplicará recursos no metrô. "Ela está dando a opinião dela como pessoa. Além disso, ela apenas disse que o dinheiro virá, independentemente de quem for o prefeito."As declarações de Dilma vão servir de munição de ataque para os principais adversários de Marta, Geraldo Alckmin (PSDB) e Gilberto Kassab (DEM), segundo o comando das duas campanhas. Ontem mesmo, eles já criticaram a presença de Dilma na eleição paulistana. "Acho um grande equívoco e não acredito que o presidente Lula vá discriminar a cidade de São Paulo se o prefeito não for do PT", afirmou Kassab. Alckmin considerou "estranha" a participação de Dilma. "A Caixa e o BNDES fazem financiamento. Isso não é recurso federal para o metrô", afirmou.Até aqui distante da campanha, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), um dos principais nomes do partido para a sucessão de 2010, também entrou na polêmica. Ele disse acreditar que Marta tenha se confundido. "Fazer metrô não é como fazer uma linha de ônibus. Eu acho que a Marta Suplicy, às vezes por causa da assessoria dela, está se confundindo. Ela não sabe bem o que significa metrô e está sendo mal assessorada."
fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/eleicoes/sao_paulo/noticias/2008/09/05/alckmin
fonte: http://www.estadao.com.br/nacional/eleicoes2008/not_cid237364,0.shtm

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